Rob Liefeld, famoso por co-criar o irreverente Deadpool, voltou a usar as redes sociais para disparar contra a Marvel Comics. O desenhista reclama que a editora “tropeça” em 2025 e não estaria sabendo vender quadrinhos, mesmo com o Mercenário Tagarela rendendo bilhões no cinema.
As críticas surgem no mesmo dia em que o artista comemora números animadores de seu selo independente. Segundo ele, a série Youngblood vendeu cinquenta vezes mais do que seu trabalho recente para a Casa das Ideias, sinal de que projetos autorais podem ser a saída em um mercado cada vez mais disputado.
Desabafo público de Rob Liefeld critica a Marvel
Liefeld publicou duas mensagens seguidas no X (antigo Twitter) em 20 de novembro de 2025. Na primeira, afirmou estar “surpreso por ter sobrevivido” às decisões que classifica como equivocadas dentro da editora. Na sequência, disparou que toda uma divisão da empresa “não entende marketing e venda de quadrinhos”. Ele encerra o texto com a pergunta: “Quando é o fundo do poço?”.
O comentário, que rapidamente ganhou milhares de curtidas, reforça a percepção de que o artista não hesita em expor frustrações. Ele já havia se manifestado sobre assuntos parecidos no passado, mas nunca de forma tão direta quanto agora. Para quem acompanha o mercado, a declaração de “Rob Liefeld critica a Marvel” ressalta o clima de tensão entre autores veteranos e grandes conglomerados.
Contexto das reclamações
O ano de 2025 tem sido desafiador para a Marvel no setor de HQs. Enquanto filmes como Deadpool & Wolverine ultrapassam a marca de US$ 1 bilhão nas bilheterias globais, as revistas mensais enfrentam quedas de circulação em vários mercados. Liefeld sugere que esse contraste prova um distanciamento entre a popularidade do personagem no cinema e a estratégia de publicação de quadrinhos.
No passado, o artista ajudou a impulsionar as vendas da editora durante o boom dos anos 1990. Criador de visuais icônicos e de métodos de divulgação agressivos, ele defende que marketing eficaz é vital para atrair leitores que estão acostumados a consumo rápido de mídias digitais.
Liefeld exalta desempenho de Youngblood
A segunda postagem do quadrinista tem tom otimista. Ele descreve 2025 como um “ano de BOOM” para seu trabalho autoral. Segundo o próprio, Youngblood — franquia que lançou em 1992 após sua saída da Marvel — vendeu cinquenta vezes mais do que suas revistas na Casa das Ideias.
Os números exatos não foram divulgados, mas a comparação foi suficiente para animar fãs e investidores. O criador ainda aconselha colegas de profissão a “serem ousados”, ressaltando que a grande virada comercial pode estar “logo ali na esquina”. Essa visão positiva contrasta com a provocação à antiga empregadora, reforçando o mote “Rob Liefeld critica a Marvel” enquanto demonstra confiança no setor independente.
Impacto na indústria de quadrinhos
Embora polêmicas envolvendo autores e grandes editoras não sejam novidade, a fala de Liefeld se destaca por ocorrer em um momento em que o mercado de HQs passa por mudanças estruturais. Plataformas digitais, financiamento coletivo e lojas especializadas disputam a atenção do público. Dentro desse cenário, artistas com forte presença nas redes sociais conseguem divulgar projetos sem depender exclusivamente dos métodos tradicionais.
Imagem: Divulgação
Especialistas apontam que a popularidade de personagens como Deadpool, agora consolidado no MCU, deveria se traduzir em aumento de leitores para a Marvel. No entanto, a divergência entre franquias cinematográficas e títulos impressos se tornou tópico recorrente em convenções e painéis do setor. O alerta de Liefeld joga luz sobre essa desconexão.
Repercussão entre fãs e profissionais
Rapidamente, a hashtag “Rob Liefeld critica a Marvel” passou a circular nos principais fóruns de quadrinhos. Alguns leitores concordam que a editora precisa revisar sua grade de publicações; outros acusam o desenhista de exagerar para promover trabalhos próprios. Profissionais do ramo, por sua vez, evitam comentários públicos, mas reconhecem que a crítica sobre marketing não é isolada.
Para o portal Salada de Cinema, que acompanha de perto lançamentos de filmes e HQs, a situação ilustra a distância que pode existir entre sucesso nas telonas e estabilidade editorial. Enquanto Deadpool segue firme no universo cinematográfico, a Marvel terá o desafio de reconquistar a confiança de criadores e fãs no papel.
Próximos passos
Até o momento, a Marvel Comics não respondeu aos comentários de Liefeld. Não há indicação de processos judiciais ou de rompimento contratual, mas o desabafo chama atenção para possíveis ajustes internos. Observadores do mercado esperam por movimentos da editora nas próximas convenções, onde anúncios de novas séries costumam ser feitos.
Já Rob Liefeld segue divulgando Youngblood e outros projetos independentes. O artista pretende participar de eventos internacionais nos primeiros meses de 2026, mantendo a estratégia de presença constante nas redes. Se a polêmica ajudará a reavaliar práticas de marketing na indústria, só o tempo dirá.
Seja qual for o desfecho, a jornada do co-criador de Deadpool mostra que o debate sobre distribuição, divulgação e modelo de negócios permanece quente no universo das HQs. Por ora, as declarações de “Rob Liefeld critica a Marvel” continuam ecoando entre fãs, editores e artistas, reforçando a necessidade de diálogo transparente no setor.


