A Netflix divulgou recentemente os cards de abertura de One Piece temporada 2 e, entre as pistas para Chopper, Laboon e até o Rei dos Piratas, apareceu um detalhe que pegou fãs de surpresa. Um dos cards traz um crânio com violino, alusão direta ao estandarte dos Piratas Rumbar, grupo de onde surgiu Brook, futuro músico dos Chapéus de Palha.
Nos quadrinhos e no anime, esse bando só ganha destaque centenas de capítulos depois, no arco Thriller Bark. A plataforma de streaming, porém, sinaliza que pretende introduzir os Rumbar já no segundo ano da adaptação live-action, alterando a ordem original da aventura criada por Eiichiro Oda.
Piratas Rumbar aparecem já no início da Grand Line
No mangá, os Rumbar são mencionados de passagem durante Reverse Mountain, arco que marca a entrada do navio Going Merry na Grand Line. Ali, Luffy e companhia conhecem Crocus, o faroleiro que cuida de Laboon, baleia-ilha que há décadas aguarda o retorno de seus amigos piratas.
A breve história contada por Crocus explica que o grupo prometeu dar a volta no mundo e voltar para o animal. Sem notícias, Laboon permanece chocando a rocha do farol dia após dia, certa de que um dia reencontrará o bando. Depois disso, a saga avança sem tocar no assunto até Thriller Bark, quando Brook revela o destino trágico da tripulação.
Emoção concentrada em poucos minutos
A recordação de Crocus já é um dos pontos mais emocionantes do começo de One Piece temporada 2. Ainda assim, a série live-action parece querer ir além do relato rápido, reservando tempo de tela para mostrar quem eram esses piratas, sua relação com Laboon e, possivelmente, seus momentos finais.
Antecipar Brook facilita a narrativa futura
Plantando a semente agora, a Netflix repete a estratégia vista no primeiro ano, que revelou cedo a identidade de Garp como avô de Luffy. Se a produção chegar às temporadas em que Brook se une aos Chapéus de Palha, boa parte de seu passado já estará estabelecida, poupando longos flashbacks no futuro.
Com essa decisão, os roteiristas ganham liberdade para emocionar o público que pode nunca ter lido o mangá. Ao mesmo tempo, fãs veteranos se empolgam por ver referências escondidas, um prato cheio para quem acompanha o Salada de Cinema, sempre atrás dessas curiosidades.
A aposta em drama pesado
A tragédia dos Piratas Rumbar envolve armas envenenadas, último concerto e promessa quebrada. Mostrar essa sequência em live-action na mesma temporada de Reverse Mountain ampliaria a carga dramática do início da Grand Line, reforçando a capacidade da série de equilibrar aventura e emoção.
Quando Brook deve, de fato, aparecer?
Nos capítulos originais, Brook entra para o bando apenas no final de Thriller Bark, episódio 381 do anime ou capítulo 489 do mangá. O planejamento divulgado indica que One Piece temporada 2 cobrirá Loguetown, Reverse Mountain, Whiskey Peak, Little Garden e Drum Island. A terceira temporada já estaria focada em Alabasta, deixando ainda Jaya, Skypiea, Water 7 e Enies Lobby antes de Thriller Bark.
Imagem: Divulgação
Seguindo esse ritmo, o esqueleto músico só daria as caras em algo entre a quarta e a quinta temporada. Como a longevidade de séries live-action costuma ser incerta, antecipar elementos de sua história agora garante que parte da recompensa emocional aconteça mesmo que a adaptação seja interrompida antes.
Impacto para a estrutura do seriado
Introduzir os Rumbar cedo cria uma linha narrativa paralela: de um lado, a jornada de Luffy; do outro, o passado que aproxima Crocus, Laboon e Brook. Essa costura ajuda a franquia a manter a coerência, fornece motivação adicional para futuros desdobramentos e faz o público torcer pelo reencontro prometido.
O que já está confirmado pela produção
Informações oficiais apontam que o segundo ano do live-action deve reforçar a importância de arcos iniciais — e Reverse Mountain é peça-chave. A presença de um card exclusivo para os Piratas Rumbar reforça que veremos mais deles do que um simples flashback narrado por Crocus.
Até agora, a Netflix não detalhou como essas cenas serão distribuídas, mas o fato de dar destaque visual ao violino no logotipo sugere comprometimento com essa trama. Se a plataforma optar por mostrar também o avanço da doença que matou o bando, o público já conhecerá a canção Binks’ Sake e entenderá a essência do futuro músico dos Chapéus de Palha.
Expectativa alta entre fãs veteranos
Para quem já conhece a obra, a grande questão é: veremos Brook em carne e osso antes de sua transformação em esqueleto? A lógica indica que sim, ao menos em um episódio de flashback pontual. Assim, quando o personagem retornar anos depois, o choque visual será ainda maior.
Por que essa mudança faz sentido para a Netflix
Num cenário em que produções de alto custo enfrentam cancelamentos rápidos, garantir que histórias marcantes aconteçam logo aumenta o engajamento. Mostrar os Piratas Rumbar em One Piece temporada 2 entrega drama, nostalgia e música — ingredientes perfeitos para manter a audiência fiel.
Ao mesmo tempo, a trama reforça um tema central da obra: promessas e laços que atravessam oceanos e décadas. Com essa decisão, a plataforma mantém a essência da saga enquanto adapta sua gigantesca linha do tempo a um formato mais enxuto e, potencialmente, mais duradouro.


