Jamie Lee Curtis relembra como a mãe a impediu de viver possessões em O Exorcista aos 12 anos

Thais Bentlin
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Jamie Lee Curtis contou uma história curiosa sobre o início de carreira que nunca aconteceu.
A estrela de Halloween disse que esteve perto de protagonizar O Exorcista ainda criança, mas foi vetada pela mãe.
Décadas depois, a atriz reconhece que esse “não” mudou o rumo de sua vida profissional e pessoal.

O relato surgiu durante participação no programa de Drew Barrymore.
Ali, Curtis detalhou como o convite para interpretar Regan MacNeil chegou até sua família em 1973.
Segundo ela, o produtor Ray Stark acreditava que a jovem de 12 anos seria perfeita para o papel – e ligou diretamente para a mãe da futura vencedora do Oscar.

Jamie Lee Curtis quase esteve em O Exorcista: convite, veto materno e alívio posterior

Na conversa televisionada, Jamie Lee Curtis explicou que Ray Stark, produtor de O Exorcista, avistou a menina em um evento social de Hollywood.
Ele se encantou com o jeito “sassy”, nas palavras da própria atriz, e resolveu propor um teste para o papel de Regan MacNeil, que viria a ser um dos mais icônicos do cinema de terror.

A ligação para a mãe de Curtis, também atriz, foi direta e clara: “Estou produzindo a adaptação do livro O Exorcista; posso fazer um teste com a Jamie?”.
A resposta foi igualmente direta: não.
A matriarca temia expor a filha de 12 anos a cenas de violência psicológica e física, algo pouco comum para artistas infantis em 1973.

O susto que poderia ter se tornado realidade ganhou outra dimensão quando Jamie analisou os bastidores do filme.
Linda Blair, que acabou assumindo o papel, estava com 14 anos.
Durante as gravações, ela sofreu fratura na coluna, desenvolveu escoliose e, depois, enfrentou quadros de depressão e abuso de substâncias, além de ameaças de morte.

Com essas informações à mesa, Jamie Lee Curtis afirma, hoje, sentir gratidão pela proteção recebida.
“Minha mãe quis que eu tivesse uma infância, algo que você, Drew, não teve”, disse a convidada, referindo-se à própria apresentadora, famosa desde muito cedo.
Esse ponto de vista também ecoa entre fãs que acompanham a trajetória da intérprete de Laurie Strode em Halloween e recentemente de Deirdre Beaubeirdre em Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo.

Vale lembrar que a carreira de Curtis deslanchou apenas cinco anos depois, quando ela protagonizou o slasher Halloween, de John Carpenter, em 1978.
Ali, aos 19 anos, já conseguia administrar melhor o peso de cenas intensas, além de contar com melhores medidas de segurança nos sets.

Proteção familiar e impacto no futuro da atriz

O veto materno não afastou Jamie Lee Curtis do terror, mas adiou sua entrada no gênero até que estivesse emocionalmente preparada.
A decisão reforça debates atuais sobre proteção a menores em produções de alto impacto, tema caro aos espectadores de novelas, doramas e cinema que acompanham o Salada de Cinema.

Ao partilhar a história, Curtis provoca reflexão sobre quantos talentos mirins enfrentam pressões e riscos desnecessários.
Nos anos 1970, não existiam protocolos claros de segurança ou acompanhamento psicológico para crianças em gravações intensas.
Hoje, produções sul-coreanas, mexicanas ou brasileiras, populares entre fãs de dramalhões, já trabalham com psicólogos setoriais, horários limitados e contratos mais rígidos.

A atriz concluiu que, se tivesse vivido Regan, talvez não tivesse energia para assumir Laurie Strode e, por consequência, não se tornaria o “grande nome do horror” que é hoje.
Ao mesmo tempo, seu relato joga luz sobre o preço que Linda Blair pagou pela fama precoce, lembrando que nem todo sucesso compensa o trauma gerado no percurso.

Entre uma lembrança e outra, Jamie Lee Curtis mantém o bom-humor, mas não esconde o alívio.
“Foi a melhor coisa que minha mãe fez por mim”, resumiu a artista, reforçando que a negativa, na época frustrante, se transformou em escudo contra possíveis danos psicológicos e físicos.

Por fim, a história serve como alerta: oportunidades gigantescas nem sempre valem o custo para crianças artistas.
Curtis virou referência sem precisar lidar com crucifixos, possessões demoníacas e horas de maquiagem pesada aos 12 anos; começou sua trajetória com segurança e segue, até hoje, colhendo bons frutos.

Para os fãs de cinema e amantes de tramas intensas, a curiosidade fica registrada: e se Jamie Lee Curtis tivesse aceitado o Exorcismo?
Talvez o gênero terror nunca soubesse quem é Laurie Strode — e o slasher clássico Halloween teria um rosto diferente.

Mas, graças a um simples “não”, a trajetória da atriz ganhou novo rumo, provando que, às vezes, recusar um papel é a verdadeira porta de entrada para o sucesso.

FICHA TÉCNICA
Data do relato: 2024
Personagem principal: Jamie Lee Curtis
Fato destacado: veto materno ao teste para O Exorcista em 1973
Idade da atriz na época: 12 anos
Produção envolvida: O Exorcista (1973), direção de William Friedkin
Atriz que ficou com o papel: Linda Blair, 14 anos
Consequências conhecidas: lesões físicas e traumas psicológicos de Blair

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Sou formada em Marketing Digital e criadora de conteúdo para web, com especialização no nicho de entretenimento. Trabalho desde 2021 combinando estratégias de marketing com a criação de conteúdo criativo. Minha fluência em inglês me permite acompanhar e desenvolver materiais baseados em tendências globais do setor.
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