Virgin River ganha rivais à altura com adaptações de Wild Love e Chestnut Springs

Thais Bentlin
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Virgin River domina o catálogo de dramas românticos da Netflix, mas esse reinado pode estar prestes a mudar. Duas novas produções baseadas em livros de Elsie Silver — Wild Love e Chestnut Springs — miram exatamente o mesmo público que ama romances em cidades pequenas.

Ambas as séries apostam em cenários pitorescos, casais carismáticos e tramas acolhedoras, fórmula que transformou Virgin River em fenômeno mundial. A seguir, veja como cada projeto foi pensado e por que a disputa promete acirrar a briga pela atenção dos assinantes.

Por que Virgin River virou a referência do romance aconchegante

Estreada em dezembro de 2019, Virgin River logo se firmou como “série-cobertor” da Netflix. O enredo, inspirado na obra literária de Robyn Carr, explora o charme da vida bucólica enquanto alterna momentos leves com temas sérios, mas sempre em tom esperançoso.

Ao longo de seis temporadas, a trama sobre a enfermeira Melinda Monroe (Alexandra Breckenridge) e o ex-fuzileiro Jack Sheridan (Martin Henderson) construiu um universo expansível, repleto de personagens coadjuvantes capazes de sustentar histórias próprias. Esse modelo será replicado em um prelúdio já em desenvolvimento, além de um derivado chamado Thunder Point, o que reforça o tamanho da aposta da plataforma.

Wild Love: o charme de Rose Hill chega ao Prime Video

A primeira ameaça direta a Virgin River atende pelo nome de Wild Love. A adaptação da série de livros de Elsie Silver encontra casa no Prime Video e se passa na fictícia Rose Hill, encravada nas Montanhas Rochosas. Cada temporada deve focar um casal diferente, mantendo o elo através da comunidade local, conceito familiar para quem acompanha dramas campestres.

Nos romances, Elsie Silver equilibra cenas quentes, reviravoltas emocionais e pequenas doses de drama familiar, ingredientes que fazem sucesso entre leitores de new adult e romance contemporâneo. A expectativa é que a versão televisiva mantenha esse tom, entregando episódios cheios de suspiros e tensão romântica, ideais para quem busca conforto depois de um dia longo.

O que esperar da produção

Como as histórias de Wild Love exigem locações de natureza exuberante, a série deve apostar em fotografia panorâmica, tal qual Virgin River. Além disso, a narrativa coral permite participações frequentes dos protagonistas de livros anteriores, recurso que ajuda na fidelização do público.

Chestnut Springs: a aposta do western romântico da Netflix

Se Wild Love vai para o Prime Video, Chestnut Springs fica em casa na Netflix. A escolha é estratégica: além de segurar os assinantes fãs de Virgin River, a plataforma garante conteúdo inédito dentro do mesmo nicho, aproveitando sinergias de divulgação.

Nesse universo, todos os protagonistas pertencem à família Eaton, proprietária de um rancho na pequena Chestnut Springs, no interior do Canadá. Assim, cada temporada apresentará o romance de um irmão — ou de um amigo próximo — mantendo o foco nos laços familiares, no trabalho rural e, claro, na paixão.

DNA de faroeste suave

Chestnut Springs adiciona tempero country à mistura: rodeios, competições e trilhas sonoras com pegada folk entram no repertório. Essa estética ocidental diferenciada pode atrair novos espectadores, inclusive quem acompanha novelas rurais e doramas com ambientação histórica.

Semelhanças que prometem disputa direta

Comparando as três franquias, os paralelos são evidentes:

Virgin River ganha rivais à altura com adaptações de Wild Love e Chestnut Springs - Imagem do artigo original

Imagem: Divulgação

  • Base literária de grande fôlego (21 livros em Virgin River; múltiplos volumes em Wild Love e Chestnut Springs);
  • Estrutura de antologia romântica, em que cada volume destaca um casal diferente;
  • Cenário idílico de cidade pequena, reforçando a sensação de comunidade;
  • Combinação de conflitos reais — luto, trauma, crise financeira — com final feliz reconfortante.

Tudo isso cria um campo de competição natural. Enquanto Virgin River já conquistou uma base fiel, as obras de Elsie Silver chegam com selo “nova geração” e podem cativar quem procura algo fresco, mas sem abrir mão da vibe confortável.

Quando os três dramas podem se encontrar na programação

Virgin River segue firme: a sexta temporada foi confirmada e, considerando o material literário restante, há combustível para muitos anos. Wild Love e Chestnut Springs ainda estão em desenvolvimento, mas dramas românticos costumam ter produção mais rápida do que séries de fantasia ou ação, graças a um cronograma de filmagem mais simples.

Se tudo correr dentro do esperado, é plausível imaginar as estreias de Wild Love e Chestnut Springs antes do fim de Virgin River. Nesse cenário, o público poderá alternar entre episódios no Prime Video e na própria Netflix, ampliando o alcance do subgênero e estimulando maratonas cruzadas. Aqui no Salada de Cinema, por exemplo, já existe expectativa sobre como essa convivência vai influenciar tendências de busca e engajamento nas redes sociais.

Um gênero, diferentes casas

Com cada streaming tentando cravar seu território, a multiplicidade de títulos beneficia o espectador, que terá mais opções de romance acolhedor sem precisar esperar longos hiatos. Ao mesmo tempo, acirra a disputa por renovação, já que métricas de audiência e retention time serão constantemente comparadas.

No fim das contas, Virgin River, Wild Love e Chestnut Springs compartilham muito mais do que o gênero. Elas dividem um mesmo clã de fãs ávidos por histórias de amor em vilarejos encantadores. Resta aguardar qual delas vai conquistar o posto de queridinha número um — ou se haverá espaço na programação para que todas coexistam sem perder brilho.

Ficha técnica resumida

Virgin River
Origem: livros de Robyn Carr
Estreia: 6 de dezembro de 2019 (Netflix)
Temporadas: 6 (em produção a 6ª)

Wild Love
Origem: livros de Elsie Silver
Status: em desenvolvimento (Prime Video)
Ambientação: Rose Hill, Montanhas Rochosas

Chestnut Springs
Origem: livros de Elsie Silver
Status: em desenvolvimento (Netflix)
Ambientação: Chestnut Springs, interior do Canadá

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Sou formada em Marketing Digital e criadora de conteúdo para web, com especialização no nicho de entretenimento. Trabalho desde 2021 combinando estratégias de marketing com a criação de conteúdo criativo. Minha fluência em inglês me permite acompanhar e desenvolver materiais baseados em tendências globais do setor.
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