Depois de um longo período sem novidades, a aguardada série live-action de Assassin’s Creed finalmente deu sinais concretos de vida. O projeto da Netflix, considerado um dos mais ousados da plataforma, acaba de confirmar seu primeiro nome no elenco principal.
A escolha do ator Toby Wallace como co-protagonista indica que a pré-produção está em marcha e que o serviço de streaming pretende acelerar as próximas etapas. Para fãs do game e para o mercado de entretenimento, trata-se do passo mais sólido desde a aquisição dos direitos pela empresa.
Contratação marca avanço da produção
Em novembro de 2025, cinco anos depois de a Netflix assegurar os direitos de adaptação, Toby Wallace foi escalado como um dos protagonistas da Assassin’s Creed série da Netflix. A confirmação veio acompanhada do compromisso de manter o enredo centrado na rivalidade entre duas facções históricas — elementos que remetem diretamente ao conflito entre Assassinos e Templários nos jogos.
Detalhes sobre o personagem de Wallace, ambientações específicas ou cronologia permanecem em sigilo, prática comum em estágios iniciais de desenvolvimento. Ainda assim, a movimentação nos bastidores sugere que roteiros, cenários e diretrizes criativas já estão delineados, uma vez que a escalação de elenco costuma ocorrer após esses processos.
Por que a adaptação é considerada arriscada
A franquia de games, lançada em 2007, sempre foi reconhecida pelo enredo complexo, viagens temporais e mecânicas de parkour e combate. Transpor essa bagagem para a televisão é um desafio que carrega histórico de turbulências: em 2016, o filme Assassin’s Creed, estrelado por Michael Fassbender, fracassou em bilheteria e crítica.
Além do retrospecto do longa, o cenário para a Assassin’s Creed série da Netflix inclui a recepção mista ao jogo mais recente, Assassin’s Creed: Shadows. O título enfrentou polêmica antes mesmo do lançamento e registrou vendas inferiores às de capítulos anteriores, sinalizando desgaste da marca. Nesse contexto, a produção televisiva se torna um investimento de alto risco para Ubisoft e Netflix.
Histórico de adaptações de games
Adaptações de videogames costumam oscilar entre sucessos pontuais e decepções notórias. Produções como Fallout demonstraram que é possível agradar público e crítica, enquanto Halo, Warcraft e Mortal Kombat tiveram desempenho modesto. O caso de Assassin’s Creed, com desempenho abaixo do esperado nas telonas, pesa ainda mais sobre a expectativa em torno da versão seriada.
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Formato da série pode favorecer narrativa
A estrutura dos jogos oferece elementos que se encaixam naturalmente na linguagem televisiva. A premissa de reviver memórias ancestrais via Animus — tecnologia central da trama — permite explorar diferentes períodos históricos em episódios ou arcos inteiros. Isso amplia possibilidades de locações, personagens e linhas do tempo sem comprometer a coerência do enredo.
Informações iniciais sugerem que parte das filmagens ocorrerá na Itália, país que já serviu de cenário para a fase estrelada por Ezio Auditore, uma das mais populares entre os fãs. Se confirmado, o retorno a esse ambiente pode reforçar o apelo nostálgico e reacender o interesse no universo da franquia, ponto destacado por observadores do setor.
Próximos passos
Com o primeiro nome de peso anunciado, a equipe de produção deve avançar na seleção de elenco, definição de showrunner e cronograma de gravações. Esses anúncios costumam vir em sequência, especialmente quando a plataforma de streaming pretende acelerar a campanha de marketing.
Enquanto isso, o público aguarda mais informações sobre sinopse, ambientação e quantidade de episódios. Para o Salada de Cinema e demais veículos especializados, a confirmação de Toby Wallace já representa manchete relevante: sinal de que a Assassin’s Creed série da Netflix não está mais apenas no papel e começa, de fato, a tomar forma.


