Bruce Willis volta à linha de frente em Desejo de Matar, 109 minutos de pura adrenalina na Netflix

Thais Bentlin
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Chicago está dominada por assaltos, tiroteios e uma sensação de impunidade que atravessa ruas, rádios e redes sociais. É nesse cenário que Desejo de Matar coloca Bruce Willis no papel de um médico comum forçado a se reinventar como justiceiro.

Lançado em 2018, o longa de Eli Roth atualiza o clássico de 1974 ao incluir celulares, vídeos virais e discussões televisivas que inflamam a opinião pública em tempo real. Quem busca um suspense direto, cheio de ação e reflexões rápidas sobre justiça armada encontra aqui 109 minutos intensos, já disponíveis na Netflix.

Trama apresenta cirurgião que troca o bisturi pelas armas

Paul Kersey (Bruce Willis) é um cirurgião de trauma habituado a costurar ferimentos provocados por balas. Fora do hospital, ele evita conflitos e protege a família com rotinas rígidas. A pacata fachada, no entanto, desmorona quando criminosos invadem sua casa, matam a esposa (Elisabeth Shue) e deixam a filha em coma.

Frustrado com a lentidão policial, Kersey cruza a linha entre vítima e agressor. Tudo começa de forma quase acidental: durante uma cirurgia, um revólver cai do corpo de um paciente ligado ao crime organizado. Ele decide esconder a arma, leva o objeto para casa e inicia treinos clandestinos, transformando o luto em hábito noturno.

De ato isolado a vigilante mascarado nas ruas de Chicago

O primeiro disparo de Kersey acontece no meio da rua, quando ele reage a um assalto. Um pedestre grava a cena, e o vídeo viraliza nas redes. Rapidamente a mídia cria um apelido para o encapuzado, elevando-o a símbolo de resistência — ou de ameaça, dependendo do ponto de vista.

Cenas de ação se alternam entre corredores hospitalares e ruas escuras. O roteiro repete o ciclo de observar, escolher o alvo e desaparecer, enquanto os detetives Raines (Dean Norris) e Jackson (Kimberly Elise) tentam ligar pontos que a polícia parece ignorar. O cerco se fecha, mas o protagonista insiste em agir sozinho.

A experiência de Eli Roth intensifica cenas gráficas

Conhecido pelo terror visceral, Roth expõe ferimentos, quedas e o impacto dos tiros sem suavizar a brutalidade. Uma montagem paralela mostra o contraste entre as mãos que salvam vidas de dia e puxam o gatilho à noite, reforçando o dilema ético que alimenta Desejo de Matar.

Bruce Willis entrega performance contida e eficaz

Longe de frases de efeito excessivas, Willis aposta em sutileza. No começo, a postura cansada combina com um médico exausto por longos plantões. Conforme o vigilante se fortalece, o olhar do ator endurece, os gestos encolhem e o silêncio se torna ferramenta de tensão.

Vincent D’Onofrio surge como o irmão endividado, funcionando como contraponto emocional que tenta puxar Paul de volta à dúvida. A química entre os dois sustenta momentos em que o roteiro ensaia questionar o fascínio pela justiça feita com as próprias mãos.

Recepção dividida reacende debate sobre armas nos EUA

Lançado em meio a sucessivos tiroteios em massa, o longa recebeu críticas que apontaram suposta glorificação da violência. Ao mesmo tempo, encontrou público que valoriza a narrativa direta: um homem comum, um gatilho e uma cidade à beira do colapso.

Os talk-shows dentro do filme reproduzem a polêmica. Em estúdio, comentaristas medem a figura do “vigilante” entre herói e criminoso, refletindo a própria audiência. Quando a violência retorna à porta de Kersey, a produção aposta em sequências de puro tiroteio, deixando de lado discussões morais mais profundas.

Por que Desejo de Matar vale o play na Netflix

Para quem gosta de ação contínua, Bruce Willis em estado letal e reflexões rápidas sobre segurança pública, Desejo de Matar cumpre o prometido. São 109 minutos que não economizam em tensão, sangue e dilemas instantâneos — elementos que colocam o filme entre as boas opções do catálogo.

No Salada de Cinema, muita gente procura novidades do streaming ou reprisa clássicos recentes. Desejo de Matar aparece como recomendação certeira para maratonas de fim de semana, especialmente para quem acompanha a fase final da carreira de Willis.

Frase-chave se mantém viva em cenas de alto impacto

Ao longo da trama, Desejo de Matar ecoa em cada disparo, em cada manchete sensacionalista e na batalha interna de Paul Kersey. A expressão que dá nome ao longa ganha força e se repete, lembrando ao público que, naquele universo, a justiça oficial sempre chega atrasada.

Ficha técnica

Título original: Death Wish (2018)
Título no Brasil: Desejo de Matar
Direção: Eli Roth
Elenco principal: Bruce Willis, Vincent D’Onofrio, Elisabeth Shue, Dean Norris, Kimberly Elise
Duração: 109 minutos
Gênero: Ação, crime, drama, thriller
Disponível em: Netflix (catálogo brasileiro)
Avaliação média: 8/10

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Sou formada em Marketing Digital e criadora de conteúdo para web, com especialização no nicho de entretenimento. Trabalho desde 2021 combinando estratégias de marketing com a criação de conteúdo criativo. Minha fluência em inglês me permite acompanhar e desenvolver materiais baseados em tendências globais do setor.
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