Reboot de Power Rangers no Disney+ rompe com Super Sentai e promete menos Megazords

Thais Bentlin
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Depois de alguns anos longe da TV, os Power Rangers se preparam para voltar em grande estilo.

Desta vez, o retorno acontece em formato de reboot completo, desenvolvido por Disney e Hasbro para o Disney+.

A série promete mudanças radicais, começando pela decisão de não usar mais cenas da franquia japonesa Super Sentai.

Primeiro reboot sem material de Super Sentai

Pela primeira vez desde 1993, quando Mighty Morphin Power Rangers estreou, o novo projeto não se apoiará em sequências de ação importadas do Japão. A ausência do material original da Toei muda totalmente a estrutura tradicional dos episódios, que sempre terminavam com o vilão gigante e um confronto de Megazord.

Segundo a produção, essa escolha permite liberdade criativa e abre espaço para um enredo mais coeso. Sem a necessidade de adaptar cenas prontas, roteiristas poderão desenvolver histórias e personagens com continuidade, algo pouco comum nas fases anteriores.

Menos batalhas de Megazord, mais foco em roteiro

O formato clássico de “monstro da semana” exigia uma luta gigante em praticamente todo capítulo. Para o reboot do Disney+, a expectativa é de que as batalhas de Megazord sejam eventos pontuais, não uma constante semanal. Essa redução tem dois motivos principais: narrativa e orçamento.

Em termos de narrativa, a equipe pretende criar uma série seriada, voltada para um público um pouco mais velho, com desenvolvimento de arcos dramáticos. Financeiramente, sequências de CGI de alta qualidade em todos os episódios encareceriam a produção e poderiam comprometer a consistência visual.

O que muda nas batalhas

Sem a obrigatoriedade do Megazord, confrontos podem variar: lutas em solo, missões furtivas ou embates pessoais. Quando os Zords aparecerem, a ideia é que o impacto seja maior, reforçando momentos decisivos da trama.

Nova estrutura favorece vilões recorrentes

Ao abandonar a fórmula do vilão descartável, o reboot de Power Rangers pode investir em antagonistas recorrentes. Esse modelo oferece tempo para explorar motivações, elevar o perigo e aumentar o peso das consequências.

Em temporadas antigas, inimigos eram derrotados no mesmo episódio em que surgiam. Agora, a construção lenta de ameaças cria espaço para conflitos mais profundos e para a evolução dos próprios Rangers.

Comparação com séries de fantasia recentes

Produções de grande escala, como “Game of Thrones”, mostraram que a aparição esporádica de criaturas poderosas — dragões, por exemplo — amplia a sensação de grandiosidade. A equipe por trás do novo Power Rangers pretende aplicar lógica semelhante aos Zords, reservando-os para momentos críticos.

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Imagem: Divulgação

Concentrar recursos em menos cenas pode resultar em efeitos mais refinados, com melhor coreografia e animação. Para o público do Salada de Cinema, acostumado a acompanhar novelas e doramas, o ritmo mais serializado deve facilitar o engajamento com personagens e tramas de longo prazo.

Impacto na ambientação

Com menos lutas gigantes para resolver tudo em dez minutos, a ambientação pode ganhar riqueza. Cidades, escolas e outros cenários deixam de ser meros planos de fundo e passam a participar ativamente da história.

Objetivo de aproximar-se de um drama televisivo

O reboot mira um tom mais cinematográfico e adulto, mas sem perder o espírito heroico que tornou os Rangers um fenômeno global. Para isso, cada elemento clássico, como morfadores e uniformes, será repensado para dialogar com a nova abordagem.

Mesmo com essas mudanças, os princípios fundamentais da franquia — trabalho em equipe, coragem e diversidade — permanecem no centro da narrativa.

Linha do tempo da franquia

• 1993: estreia de Mighty Morphin Power Rangers.
• 2017: lançamento do último longa, “Power Rangers”.
• 2023: temporada televisiva mais recente, “Cosmic Fury”.
• Próximos anos: chegada do reboot ao Disney+, ainda sem data divulgada.

A produção é conduzida conjuntamente por Disney e Hasbro, marcando a primeira colaboração de grande porte entre as empresas dentro do universo Power Rangers. Detalhes sobre elenco, ambientação e número de episódios continuam sob sigilo.

Expectativas para o lançamento

Sem Super Sentai, sem obrigatoriedade de Megazord por episódio e com foco em história serializada, a nova fase dos heróis coloridos promete redefinir a experiência do público. Agora, resta aguardar a divulgação da data de estreia e do primeiro trailer para conferir como essas mudanças se traduzirão na prática.

Enquanto isso, fãs veteranos e novos curiosos podem acompanhar as atualizações aqui no Salada de Cinema, que seguirá de perto cada passo desse retorno muito antecipado.

Ficha técnica

Criação: Haim Saban, Shuki Levy, Shotaro Ishinomori
Primeira série: Mighty Morphin Power Rangers (1993)
Série mais recente: Power Rangers Cosmic Fury (2023)
Primeiro filme: Mighty Morphin Power Rangers: The Movie (1995)
Último filme: Power Rangers (2017)
Próxima produção: Reboot para Disney+ (data a definir)

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Sou formada em Marketing Digital e criadora de conteúdo para web, com especialização no nicho de entretenimento. Trabalho desde 2021 combinando estratégias de marketing com a criação de conteúdo criativo. Minha fluência em inglês me permite acompanhar e desenvolver materiais baseados em tendências globais do setor.
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