Uma semana turbulenta ganha novo capítulo. Depois de ser criticada por usar a música Juno, a Casa Branca publicou outro vídeo com Sabrina Carpenter, desta vez pescado de uma esquete do Saturday Night Live (SNL).
A postagem, que trocou a palavra “hot” por “illegal”, acompanha imagens de prisões feitas pelo ICE e incendiou ainda mais o debate sobre direitos autorais e mensagens políticas.
Entenda a polêmica entre Sabrina Carpenter e Casa Branca
A polêmica entre Sabrina Carpenter e Casa Branca começou quando, no início da semana, o governo divulgou nas redes sociais um clipe misturando a faixa Juno com cenas de uma operação do Serviço de Imigração e Controle de Alfândega (ICE). No vídeo, a letra divertida ganhou um contexto completamente diferente: defender deportações.
Carpenter reagiu de imediato. Em posts firmes, chamou a peça de “maligna e repugnante” e pediu que sua música jamais fosse associada a “uma agenda imoral”. O comentário repercutiu entre fãs de pop, doramas e novelas, públicos habituais do Salada de Cinema.
Nova postagem: o que a Casa Branca mostrou no X
Mesmo com a resposta dura da cantora, o perfil oficial do governo no X (antigo Twitter) publicou outro conteúdo nesta sexta. Desta vez, usou um trecho promocional do SNL de outubro, em que Carpenter brinca com o comediante Marcello Hernández. No original, ela diz que poderia “prender alguém por ser hot”.
No vídeo editado, “hot” foi substituído por “illegal”. Na sequência, surgem imagens de prisões realizadas pelo ICE, reforçadas pela legenda: “PSA: Se você é um criminoso ilegal, será preso e deportado”. A legenda mantém o tom assertivo já adotado anteriormente pela administração Biden.
Resposta do governo: tom agressivo e sem pedidos de desculpas
Logo depois da primeira crítica de Carpenter, Abigail Jackson, vice-secretária de imprensa da Casa Branca, divulgou nota ríspida. Ela afirmou que o governo “não vai se desculpar” por deportar criminosos violentos, citando assassinos, estupradores e pedófilos.
Mais do que isso, Jackson insinuou falta de entendimento por parte da artista, perguntando se quem se opõe à ação do ICE seria “estúpido ou lento”. A declaração adicionou combustível ao debate sobre o limite entre comunicação oficial e ataques pessoais.
Artistas na mira do governo
Sabrina Carpenter não está sozinha. Kenny Loggins protestou contra o uso de Danger Zone em um vídeo gerado por IA, veiculado no Truth Social do ex-presidente Donald Trump. Olivia Rodrigo, por sua vez, repudiou a presença de All-American Bitch em material do Departamento de Segurança Interna voltado à “autodeportação”.
Em todos os casos, os músicos alegam não ter dado permissão para utilização das faixas, destacando a recorrente controvérsia em torno de direitos autorais e campanhas políticas.
Reação do público e impacto nas redes
Nas plataformas digitais, a polêmica entre Sabrina Carpenter e Casa Branca rendeu tópicos em alta. Fãs questionam a legalidade de modificar clipes de humor para defender políticas migratórias. Já opositores à deportação criticam o tom considerado desumano da campanha.
A discussão resvala em outro ponto: até que ponto o governo pode reinterpretar conteúdos de entretenimento sem autorização explícita? Especialistas em propriedade intelectual reforçam que, mesmo para fins políticos, a regra do “fair use” nos Estados Unidos não é um passe livre.
O que pode acontecer agora?
Carpenter ainda não comentou o novo vídeo. Advogados ligados à cantora analisam medidas, que podem incluir notificações por uso indevido da imagem e da obra. Para além das questões jurídicas, o desgaste de imagem para ambos os lados é evidente.
Imagem: Divulgação
Por enquanto, o material continua disponível no perfil oficial. Caso surjam ações legais, será mais um teste sobre onde começam os direitos de artistas e terminam os limites do marketing estatal.
Perspectiva para a indústria do entretenimento
Para quem acompanha novelas e doramas – público que costuma se engajar em discussões de bastidores –, o caso serve de alerta. Trilhas sonoras e clipes promocionais, antes vistos apenas como parte da divulgação, tornaram-se armas políticas poderosas.
Enquanto isso, fãs de Sabrina Carpenter aguardam um posicionamento claro da artista, que tem agenda de shows marcada para o segundo semestre. Se a controvérsia crescer, a turnê pode transformar-se em palco de novos protestos contra práticas governamentais.
Resumo do acontecimento
- Casa Branca publicou vídeo editado do SNL com Sabrina Carpenter, trocando “hot” por “illegal”.
- Postagem acompanha cenas de prisões do ICE e mensagem sobre deportação de criminosos.
- Cantora já havia chamado uso de sua música Juno de “maligno”.
- Vice-secretária de imprensa reagiu dizendo que não pedirá desculpas e insultou críticos.
- Outros artistas, como Kenny Loggins e Olivia Rodrigo, também protestam contra uso político de suas músicas.
Para leitores do Salada de Cinema, a situação revela como cultura pop e política se entrelaçam de forma inesperada, colocando celebs no centro de debates que extrapolam o universo do entretenimento.
Ficha técnica
Cantora citada: Sabrina Carpenter
Data de nascimento: 11 de maio de 1999
Origem: Filadélfia, Pensilvânia, EUA
Data da nova postagem: Sexta-feira, 14 de junho de 2024 (estimativa)
Rede social utilizada: X (antigo Twitter)
Autores da publicação: Perfil oficial da Casa Branca e equipe de comunicação


