‘Uma Noite no Museu 3’ marca a despedida de Robin Williams em longa disponível na Netflix

Thais Bentlin
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Robin Williams sempre foi sinônimo de alegria rápida e contagiante. Em seu último trabalho para o cinema, porém, o humor divide espaço com uma atmosfera de despedida que ninguém imaginava viver tão cedo. Desde que ‘Uma Noite no Museu 3: O Segredo da Tumba’ chegou ao catálogo da Netflix, fãs antigos e curiosos voltaram a discutir a importância da produção.

Lançado em 2014, o longa encerra a trilogia comandada por Shawn Levy e, ao mesmo tempo, representa o adeus definitivo de um dos mais queridos comediantes de Hollywood. Para muita gente, inclusive para a equipe do Salada de Cinema, revisitar a trama é quase terapêutico: um jeito de rever o talento de Robin pela última vez em cena.

O último filme de Robin Williams traz humor e melancolia na medida

O tom leve que consagrou as aventuras no Museu de História Natural ainda se faz presente, mas o roteiro de Mark Friedman, David Guion e Michael Handelman acrescenta camadas de reflexão. Não é coincidência: o objetivo declarado da produção foi amarrar pontas soltas e, de quebra, oferecer uma despedida digna ao público e ao elenco, especialmente a Robin Williams.

Dessa vez, a tábua mágica que dá vida às estátuas começa a falhar. Isso ameaça o museu e obriga Larry Daley, vivido por Ben Stiller, a cruzar o Atlântico rumo ao Museu Britânico em Londres. Para quem acompanha a franquia desde 2006, a jornada soa familiar, mas ganha peso emocional extra por retratar o presidente Theodore Roosevelt, personagem de Williams, encarando seu próprio “desligamento”.

Enredo concentra ação em Londres para resolver mistério egípcio

A maldição que recai sobre a tábua egípcia mexe com todas as peças do museu. Visitantes desaparecem, funcionários são demitidos sem motivo aparente e as estátuas, antes aliadas, agora não se entendem. Nessa corrida contra o tempo, Larry confia em Ahkmenrah (Rami Malek) para descobrir a chave do problema, escondida justamente na capital inglesa.

No Reino Unido, o longa expande o leque de referências históricas ao apresentar Lancelote, encarnado por Dan Stevens, e a guardiã noturna de Rebel Wilson. As participações revezam um humor escrachado com piadas mais sutis, conseguindo agradar tanto crianças quanto adultos — um dos motivos de a obra continuar tão popular no streaming.

Humor físico de Ben Stiller garante ritmo

Shawn Levy aposta no timing cômico de Stiller para sustentar a narrativa de 98 minutos. Mesmo com um roteiro considerado previsível por parte da crítica, o ator se destaca em cenas de pura comédia pastelão, contrastando com momentos de ternura compartilhados com Roosevelt. Essa dualidade reforça a sensação de despedida que permeia cada diálogo.

Elenco de peso reforça a despedida do ator

Além de Stiller e Robin Williams, o time de apoio conta com nomes como Ben Kingsley, Owen Wilson, Steve Coogan e os já citados Rami Malek, Dan Stevens e Rebel Wilson. A química entre todos funciona desde o primeiro longa, mas aqui cada personagem ganha tempo de tela suficiente para se despedir do público.

Em especial, Williams entrega um Roosevelt carismático e, ao mesmo tempo, comedido. A cena em que ele aconselha Larry sobre seguir em frente é frequentemente apontada pelos espectadores como uma das mais emocionantes do cinema recente. Não por acaso, o momento viraliza nas redes toda vez que alguém descobre ou revisita o filme na Netflix.

Participações históricas e fictícias lado a lado

A proposta de misturar figuras reais e lendas arturianas cria um contraponto divertido e educativo. Enquanto Átila, o Huno, surge como força bruta, Lancelote encarna o cavalheirismo medieval. Esse mosaico ajuda o público mais jovem a se interessar por História, ao mesmo tempo em que entrega piadas inteligentes para os adultos.

Como foi a recepção e onde assistir ‘Uma Noite no Museu 3’

Lançado mundialmente em 2014, o filme arrecadou mais de 360 milhões de dólares, segundo números de bilheteria. A nota média do público gira em torno de 7/10, resultado que reflete a mistura de diversão familiar e saudade do ator. Parte dos críticos apontou previsibilidade no roteiro, mas reconheceu o valor emocional da produção.

No streaming, o longa voltou aos holofotes graças ao catálogo da Netflix, onde figura consistentemente entre os títulos de aventura mais acessados. Para quem quer conferir a última performance de Robin Williams, basta procurar por ‘Uma Noite no Museu 3: O Segredo da Tumba’ e preparar os lencinhos — risadas e emoção estão garantidas.

Vale a pena revisitar a trilogia?

Mesmo quem assistiu apenas ao terceiro capítulo consegue compreender a trama, mas a experiência fica completa ao maratonar a série inteira. Dessa forma, fica mais fácil notar a evolução dos personagens, perceber as referências históricas e, claro, apreciar a construção do Roosevelt de Williams desde a primeira aparição em 2006.

Técnica impecável e clima familiar continuam atraindo novos públicos

Visualmente, o diretor entrega um espetáculo de efeitos que se mantém atual quase uma década depois. A fotografia vibrante realça vitrines, armaduras e cenários que saltam da tela, enquanto a trilha sonora de Alan Silvestri costura as cenas com leveza. Tudo isso cria um ambiente perfeito para risadas em família ou sessões nostálgicas.

Com pouco mais de uma hora e meia, ‘Uma Noite no Museu 3’ não cansa o espectador e ainda cumpre a missão de homenagear um ícone que mudou a comédia mundial. Para muitos, esta é a maneira ideal de se despedir do ator, relembrando o sorriso que ele fez questão de espalhar durante toda a carreira.

Ficha técnica

Título original: Night at the Museum: Secret of the Tomb

Direção: Shawn Levy

Ano de lançamento: 2014

Gênero: Aventura, Comédia familiar

Duração: 98 minutos

Elenco principal: Ben Stiller, Robin Williams, Rami Malek, Dan Stevens, Ben Kingsley, Rebel Wilson

Disponível em: Netflix (catálogo Brasil)

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Sou formada em Marketing Digital e criadora de conteúdo para web, com especialização no nicho de entretenimento. Trabalho desde 2021 combinando estratégias de marketing com a criação de conteúdo criativo. Minha fluência em inglês me permite acompanhar e desenvolver materiais baseados em tendências globais do setor.
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