Sequência de sucesso: O Troll da Montanha 2 chega à Netflix com promessa de repetir recordes

Thais Bentlin
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O gigante de pedra voltou. Dois anos depois de dominar o ranking mundial de produções não faladas em inglês, o monstro da Noruega ressuscita em O Troll da Montanha 2, que acaba de entrar no catálogo global da Netflix.

Dirigido novamente por Roar Uthaug, o longa retoma a história logo após os eventos de 2022, coloca a cientista Nora Tidemann frente a uma nova ameaça e tenta provar que a marca de 100 milhões de visualizações do original pode, sim, ser superada.

Estreia movimenta o streaming nesta quinta-feira

Lançada hoje, a sequência volta a apostar na mistura de ação e mitologia escandinava que consagrou o primeiro filme como o título não anglófono mais visto da plataforma. A Netflix não divulgou números iniciais, mas fontes internas apontam forte projeção para o Top 10 em mais de 80 países ainda nesta semana.

Produzido na Noruega e gravado em locações nos fiordes, O Troll da Montanha 2 chega com classificação indicativa de 14 anos e duração de 1h49. O orçamento não foi revelado oficialmente, porém a imprensa local estima um salto de 40% em relação ao original, refletido principalmente na área de efeitos visuais.

Retorno da paleobióloga Nora Tidemann

Interpretada por Ine Marie Wilmann, Nora continua no centro da narrativa. Agora, a cientista estuda o troll capturado pelas Forças Armadas em uma gigantesca plataforma de contenção erguida nos arredores de Oslo. Movida pelo sentimento de culpa, ela ignora protocolos de segurança e toca a criatura adormecida, gesto que desencadeia o despertar do colosso.

O roteiro, assinado por Uthaug ao lado de Espen Aukan, mantém o foco na personagem, abordando as lembranças de seu pai e as consequências éticas de manipular seres pré-históricos. A escolha reduz a presença da mitologia, mas aprofunda o drama humano em meio ao caos.

Decisão estratégica do roteiro

Segundo a produção, a intenção foi tornar a continuação mais íntima, sem perder o espírito de blockbuster. A aproximação com Nora permite explorar temas de responsabilidade científica e militar, além de criar conexão direta com quem já acompanhava a saga.

Efeitos visuais elevam o padrão da franquia

Para dar vida ao kaiju nórdico, a equipe de computação gráfica investiu em técnicas de captura de movimento de alta resolução. O resultado aparece em detalhes como textura de rochas, musgos e líquens que cobrem o corpo do troll.

As sequências de destruição urbana se beneficiam do novo nível de realismo: ruas estreitas de vilarejos noruegueses se racham, pontes desabam e florestas centenárias ardem sob a fúria da criatura. Em conversa com a imprensa local, Uthaug afirmou que buscou equilibrar espetáculo visual e comentários ambientais, sem sacrificar o ritmo de aventura.

Comparação com o filme de 2022

A primeira produção já havia sido elogiada pela escala, mas a nova entrega traz movimentos mais fluidos, partículas de poeira dinâmicas e integração de iluminação natural, elementos que chamam atenção mesmo em telas menores.

Elenco principal e novos conflitos

Além de Wilmann, o elenco conta com Mads Sjøgård Pettersen, que retorna no papel do Major Kristoffer Holm, oficial responsável pela operação de contenção. A relação entre Holm e Nora ganha nuance romântica, enquanto ambos tentam impedir que a criatura alcance áreas povoadas.

O time de apoio inclui o ator norueguês Gard B. Eidsvold como chefe de pesquisa governamental e a jovem Mathilde Holtedahl Cuhra em participação especial como soldado de reconhecimento. Juntos, eles tentam prever o trajeto do troll e abrir canal de comunicação antes que seja tarde.

Dinâmica interna das Forças Armadas

Conflitos hierárquicos e interesses políticos tornam-se motores secundários do enredo. O comando militar pressiona por uma solução definitiva, enquanto cientistas pedem mais tempo para estudar a criatura, reforçando a tensão entre avanço científico e segurança nacional.

O que esperar do desempenho de audiência

O Troll da Montanha 2 já chega cercado de expectativa: o primeiro longa alcançou 103 milhões de horas vistas nos 28 dias iniciais, de acordo com dados oficiais da Netflix. Embora a concorrência do streaming tenha aumentado, analistas projetam que a combinação de marca forte, nostalgia recente e marketing global garanta bom desempenho nas próximas semanas.

A recepção crítica começa a despontar. Avaliações preliminares apontam nota média de 7/10, com elogios ao avanço técnico e algumas reservas sobre a redução do folclore na trama. Ainda assim, a maioria dos especialistas indica que o filme entrega entretenimento rápido, cenário ideal para o algoritmo da plataforma.

Impacto para a produção norueguesa

O sucesso potencial deve manter o foco internacional sobre o cinema da Noruega, beneficiando projetos locais ameaçados por cortes de incentivo. Produtores já comentam nos bastidores que um eventual terceiro capítulo dependerá da recepção nas primeiras quatro semanas.

Para o público que acompanha novidades aqui no Salada de Cinema, a chegada de O Troll da Montanha 2 representa oportunidade de conferir como uma franquia europeia tenta competir com monstros consagrados de Hollywood, sem abandonar suas raízes folclóricas. Resta saber se o rugido do troll será alto o bastante para abalar novamente os recordes da Netflix.

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Sou formada em Marketing Digital e criadora de conteúdo para web, com especialização no nicho de entretenimento. Trabalho desde 2021 combinando estratégias de marketing com a criação de conteúdo criativo. Minha fluência em inglês me permite acompanhar e desenvolver materiais baseados em tendências globais do setor.
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