Tom Cruise volta a colocar o pé no acelerador – ou melhor, as mãos no manche – no filme eletrizante com Tom Cruise na Netflix que atende pelo nome “Feito na América”. Baseado em fatos reais, o longa de 2017 mostra como o piloto Barry Seal trocou voos comerciais por missões clandestinas, acumulando dólares, perigo e muitos inimigos.
- Quem é Barry Seal e por que ele entrou na mira de tanta gente?
- Dois compromissos, vários patrões: CIA, Noriega e cartel de Medellín
- A chegada dos Contras complica tudo
- Pais e órgãos federais fecham o cerco
- Tom Cruise e Doug Liman apostam em humor para suavizar tensão
- Por que “Feito na América” merece atenção no streaming?
- Como o público reagiu e onde assistir
- Vale a maratona?
Dirigida por Doug Liman, a produção mistura ação, comédia e crime em ritmo tão veloz que o espectador quase sente a turbulência. Para quem adora novelas e doramas, a narrativa entrega intrigas, reviravoltas e personagens dúbios — ingredientes que também fisgam o público desses gêneros.
Quem é Barry Seal e por que ele entrou na mira de tanta gente?
No fim da década de 1970, Barry Seal, ex-piloto da TWA, cansou de rotas previsíveis. Ele começou contrabandeando charutos, pequeno desvio que lhe rendeu lucro extra e chamou a atenção de Monty Schafer, agente da CIA vivido por Domhnall Gleeson.
Schafer oferece a Seal voos de reconhecimento fotográfico sobre a América Central. A promessa é simples: se o piloto for útil, terá carta branca. Sedução ideológica? Zero. Apenas a chance de ganhar muito dinheiro e viver fora do radar.
Dois compromissos, vários patrões: CIA, Noriega e cartel de Medellín
Enquanto cumpre missões oficiais, Barry pousa no quintal de Manuel Noriega no Panamá. Ali, transforma-se em mensageiro de informações estratégicas e, sem muito tempo para refletir, acaba contratado pelo cartel de Medellín para transportar cocaína.
Com a grana fluindo, o piloto recruta amigos para formar sua própria frota. Cada novo pouso improvisado aumenta a autoconfiança de Seal, que acredita apenas precisar “administrar” problemas. Armas, drogas e dólares ocupam o mesmo compartimento de carga — e a casa da família vira depósito de notas sem espaço nem para mobília.
A chegada dos Contras complica tudo
Em meados dos anos 1980, o governo dos Estados Unidos decide armar os Contras, guerrilheiros que lutam contra o regime sandinista na Nicarágua. Barry Seal vira peça central da operação: leva armas à América Central e volta com cocaína do cartel.
Enquanto isso, a CIA protege o piloto porque ele entrega resultados. Porém, a DEA e o FBI observam a movimentação em silêncio, esperando a hora certa de agir. A utilidade de Seal tem prazo de validade, mas ele parece ignorar o aviso de pouso.
Pais e órgãos federais fecham o cerco
Quando a balança pesa mais para o constrangimento político do que para o ganho estratégico, a carta branca some. A prisão de Barry vira disputa de órgãos federais: CIA, DEA e FBI reivindicam jurisdição, cada qual interessada em apagar a própria pegada.
Nesse ponto, o filme eletrizante com Tom Cruise na Netflix expõe a lógica de descartar intermediários. Para as agências, o piloto nunca passou de ferramenta. Sem aliados, Barry percebe que confundiu oportunidade com imunidade — e o preço chega sem desconto.
Imagem: Divulgação
Tom Cruise e Doug Liman apostam em humor para suavizar tensão
Doug Liman conduz a história com ritmo acelerado e pitadas de humor, recurso que torna o drama político mais palatável. Tom Cruise interpreta Barry Seal com energia constante, priorizando o carisma em vez do desgaste psicológico do personagem.
O resultado é entretenimento puro. Mesmo quem já conhece o desfecho real acompanha a saga com a mesma adrenalina, graças à montagem ágil, à trilha sonora empolgante e às cenas de voo filmadas em locações reais.
Por que “Feito na América” merece atenção no streaming?
Primeiro, pelo retrato cru das ambivalências políticas: a fronteira entre oportunismo individual e manipulação estatal é tão fina que parece não existir. Segundo, pela performance de Cruise, que comprova novamente seu talento para papéis que misturam charme e perigo.
Além disso, o longa agrada a quem curte tramas densas, mas não abre mão de um tom leve. É o tipo de história capaz de prender fãs de novelas e doramas que adoram acompanhar personagens em espiral de escolhas arriscadas.
Ficha técnica resumida
- Título original: American Made
- Título no Brasil: Feito na América
- Direção: Doug Liman
- Ano: 2017
- Gênero: Ação, Comédia, Crime, Drama
- Elenco principal: Tom Cruise, Domhnall Gleeson
- Avaliação média: 8/10
Como o público reagiu e onde assistir
Lançado nos cinemas em 2017, o filme arrecadou boa bilheteria mundial e ganhou elogios por balancear fatos históricos e entretenimento. Hoje, “Feito na América” figura entre os títulos mais buscados da Netflix, impulsionado por listas de recomendações e pela presença constante de Tom Cruise nos trending topics.
No Salada de Cinema, ele aparece frequentemente em seleções de “assista agora” voltadas a quem quer adrenalina sem perder a leveza. Para conferir, basta acessar o serviço de streaming, digitar o título e apertar play.
Vale a maratona?
Se você procura um filme eletrizante com Tom Cruise na Netflix que combina ação real, humor ácido e um retrato ácido das engrenagens políticas, “Feito na América” entrega tudo isso em pouco menos de duas horas. Prepare a pipoca, aperte os cintos e embarque nesse voo turbulento.


