5 séries de vampiros esquecidas que merecem uma nova mordida

Thais Bentlin
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Entre um capítulo de dorama e outro, às vezes bate aquela vontade de ver algo igualmente envolvente, mas com direito a presas afiadas. O universo das séries de vampiros esquecidas oferece justamente isso: tramas intensas, personagens carismáticos e mitologias riquíssimas.

Neste artigo do Salada de Cinema, resgatamos cinco produções pouco lembradas que provaram, em épocas diferentes, como o mito do vampiro pode ganhar formatos surpreendentes na TV. Se você quer variar sua maratona de novelas, anote essas dicas — a próxima obsessão pode estar aqui.

Kindred: The Embraced (1999)

Pouca gente se recorda, mas esta adaptação de Vampire: The Masquerade chegou à televisão aberta dos Estados Unidos em plena década de 1990. Em apenas oito episódios, Kindred: The Embraced mergulhou o público numa complexa sociedade de clãs, reunidos sob a Camarilla, que controlavam São Francisco nas sombras.

O charme da série está na escala épica: rivalidades políticas, romances proibidos e conspirações se misturam sem jamais diminuir o ritmo. O detetive Frank Kohanek (C. Thomas Howell) serve como porta de entrada para esse submundo, enquanto o Príncipe Julian Luna (Mark Frankel) sustenta o enredo com autoridade e vulnerabilidade na mesma medida. Quem curte séries de vampiros esquecidas com atmosfera gótica vai encontrar aqui um prato cheio.

Por que vale rever?

Mesmo curta, a atração mostrou que o público aceita mitologias densas, desde que sejam narradas com confiança. Fica a sensação de que, com mais temporadas, Kindred teria se tornado a grande saga vampírica dos anos 90.

Moonlight (2007)

Antes de detetives sobrenaturais virarem moda, Moonlight apresentou Mick St. John (Alex O’Loughlin), um investigador particular que tenta equilibrar a própria sede de sangue com um forte senso de ética. A cada caso em Los Angeles, ele esbarra em segredos da comunidade vampírica e lida com o sentimento crescente pela jornalista Beth Turner (Sophia Myles).

O tom neon-noir, embalado por trilha moderna, dá à produção um visual diferenciado. A narrativa mistura romance, mistério e ação numa receita irresistível para quem procura séries de vampiros esquecidas que sejam acessíveis e emocionalmente cativantes. Apesar de ter durado só uma temporada, entrega um arco fechado — perfeito para maratonar sem compromisso longo.

Destaque de atmosfera

Los Angeles ganha contornos de cyberpunk suave, com letreiros luminosos e becos enevoados. Esse estilo ajuda a contar a história de um vampiro que prefere salvar pessoas a usá-las como lanche.

Ultraviolet (1998)

Muito antes de “tecnothriller” virar palavra da moda, a TV britânica lançou Ultraviolet. Aqui, o vampirismo é tratado como uma ameaça biológica, monitorada por uma agência governamental ultra-secreta. O detetive Michael Colefield (Jack Davenport) se une à unidade depois que o melhor amigo desaparece.

A proposta elimina quase todo o romantismo tradicional: os “Code V” são estrategistas que manipulam DNA e gadgets para expandir sua influência. Essa abordagem fria coloca a trama entre as séries de vampiros esquecidas mais originais, questionando limites éticos em missões que envolvem crianças infectadas ou políticos comprometidos.

Tensão sem mostrar o monstro

Em grande parte do tempo, os vampiros nem aparecem em tela. A ausência visual gera sensação constante de perigo, tornando o suspense ainda mais palpável.

Being Human (2009-2013)

A versão britânica de Being Human nasceu como um “sitcom de colegas de quarto” e evoluiu para drama sobrenatural complexo. A trama acompanha o vampiro Mitchell (Aidan Turner), o lobisomem George e a fantasma Annie, todos tentando viver de forma normal em Bristol.

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Imagem: Divulgação

O ponto alto é a metáfora sobre dependência: a luta de Mitchell contra o desejo de sangue se assemelha a um vício. O roteiro alcança equilíbrio raro entre humor, horror e sensibilidade, fazendo da série um exemplo de como usar o vampirismo para discutir humanidade. Para quem procura séries de vampiros esquecidas com profundidade emocional, esta é a pedida.

Evolução constante

A cada temporada, novos vilões, mudanças de elenco e ameaças antigas surgem sem que a essência se perca. O resultado é um seriado que cresce junto com seus personagens.

The Strain (2014-2017)

Em parceria com Chuck Hogan, Guillermo del Toro levou à TV uma epidemia vampírica de proporções apocalípticas. The Strain acompanha o epidemiologista Ephraim Goodweather (Corey Stoll) tentando conter um vírus que transforma vítimas em criaturas com ferrões e comportamento de colmeia.

Os efeitos práticos e o design de criaturas — marca registrada de del Toro — afastam qualquer glamour associado aos sugadores de sangue. Somem castelos e surgem laboratórios, esgotos e ruas devastadas. Entre as séries de vampiros esquecidas, essa é a mais visceral, com violência gráfica e mitologia que remonta a textos antigos e caçadores lendários.

Escala de horror épico

Com o passar dos episódios, Nova York se transforma em zona de guerra. A produção mostra até onde a narrativa vampírica pode ir quando tratada como filme-catástrofe de várias horas.

Ficha técnica resumida

Kindred: The Embraced
Ano: 1999 | País: EUA | Episódios: 8 | Exibição original: Fox

Moonlight
Ano: 2007 | País: EUA | Episódios: 16 | Exibição original: CBS

Ultraviolet
Ano: 1998 | País: Reino Unido | Episódios: 6 | Exibição original: Channel 4

Being Human (UK)
Anos: 2009-2013 | País: Reino Unido | Episódios: 37 | Exibição original: BBC Three

The Strain
Anos: 2014-2017 | País: EUA | Episódios: 46 | Exibição original: FX

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Sou formada em Marketing Digital e criadora de conteúdo para web, com especialização no nicho de entretenimento. Trabalho desde 2021 combinando estratégias de marketing com a criação de conteúdo criativo. Minha fluência em inglês me permite acompanhar e desenvolver materiais baseados em tendências globais do setor.
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