‘Quero Ser Grande’: clássico com Tom Hanks que rendeu primeira indicação ao Oscar chega à Netflix

Thais Bentlin
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Quem viveu os anos 80 certamente guarda na memória a imagem de Tom Hanks dançando sobre teclas gigantes de piano. Agora, essa lembrança ganha nova vida: Quero Ser Grande, filme que projetou o ator na corrida pelo Oscar, acaba de estrear na Netflix.

O retorno do longa ao streaming reacende a discussão sobre o impacto das responsabilidades adultas em sonhos infantis. Ao reencontrar Josh Baskin, o público é transportado a um tempo em que crescer parecia ser a solução para todos os problemas.

O que muda com a chegada de Quero Ser Grande à Netflix

Disponibilizar Quero Ser Grande em uma das maiores plataformas de streaming amplia o alcance do título para uma geração que talvez só conheça Tom Hanks por sucessos mais recentes. A inclusão reforça a estratégia da Netflix de apostar em clássicos que equilibram nostalgia e apelo familiar, mantendo o catálogo relevante para diferentes faixas etárias.

Para fãs antigos, a novidade representa a chance de rever o longa em alta definição, observar detalhes de produção que passaram despercebidos no VHS e, claro, apresentar a história a filhos, sobrinhos e amigos que nunca viram a cena do piano gigante em ação.

Enredo que mistura fantasia e crítica à vida adulta

A premissa de Quero Ser Grande é simples: Josh, um garoto de 12 anos interpretado por David Moscow, faz um pedido à misteriosa máquina Zoltar para se tornar adulto. Na manhã seguinte, acorda no corpo de um homem de trinta e poucos anos — vivido por Tom Hanks — sem qualquer compreensão das regras do mundo corporativo.

Ao acompanhar Josh lidando com metas, cubículos e reuniões, o roteiro revela a distância entre o entusiasmo de uma criança e a rigidez do universo profissional. A fantasia serve como ponto de partida para questionar por que tanta gente abandona a espontaneidade quando coloca terno e gravata.

Tom Hanks e a estreia na corrida pelo Oscar

Lançado em 1988 sob direção de Penny Marshall, Quero Ser Grande rendeu a Tom Hanks sua primeira indicação ao Oscar de Melhor Ator. A performance carismática, que mistura ingenuidade e humor físico, foi decisiva para consolidar o artista como um dos nomes mais versáteis de Hollywood.

Quem acompanha a trajetória do ator encontra nesse trabalho os primeiros sinais de uma carreira marcada por personagens com forte carga emocional, como Forrest Gump e Andrew Beckett. Revisitar o longa na Netflix é, portanto, uma aula prática sobre a evolução de Hanks diante das câmeras.

Cenas icônicas que atravessam gerações

Impossível falar de Quero Ser Grande sem lembrar do dueto entre Josh e o dono da loja de brinquedos, MacMillan (Robert Loggia), sobre um piano instalado no chão. A sequência, filmada na FAO Schwarz de Nova York, não depende de efeitos especiais para arrancar sorrisos: a magia vem da simplicidade e da química entre os atores.

Outro momento marcante envolve a dança improvisada durante uma festa corporativa, quando o protagonista mostra que diversão e criatividade podem coexistir mesmo em ambientes formais. Essas passagens ajudam a explicar por que o longa continua a atrair olhares, seja no circuito de reprises da TV paga ou agora no streaming.

Por que Quero Ser Grande continua atual

Embora ambientado no fim dos anos 80, o filme fala de temas atemporais: pressão social, velocidade do amadurecimento e perda da autenticidade. Em um mercado de trabalho cada vez mais competitivo, a jornada de Josh soa ainda mais pertinente, lembrando que valores como empatia e honestidade não precisam ser sacrificados em nome de metas agressivas.

Além disso, a narrativa evita lições moralistas. Quando o protagonista decide retomar sua idade real, não há discurso pronto sobre certo ou errado. O longa apenas lança uma pergunta: até que ponto nossas escolhas são realmente nossas? Esse convite à reflexão garante frescor ao enredo, mantendo-o relevante para discussões atuais sobre saúde mental e equilíbrio entre vida pessoal e profissional.

Onde assistir e informações essenciais

Quero Ser Grande está disponível na Netflix a partir desta semana. Basta acessar a plataforma, digitar o título na busca e dar play para embarcar, ou reembarcar, na aventura de Josh Baskin.

Ficha técnica

Título original: Big

Título no Brasil: Quero Ser Grande

Direção: Penny Marshall

Elenco principal: Tom Hanks, Elizabeth Perkins, John Heard, Robert Loggia, Jared Rushton, David Moscow

Ano de lançamento: 1988

Gênero: Comédia, Drama, Fantasia, Romance

Duração: 104 minutos

Indicação ao Oscar: Melhor Ator (Tom Hanks)

No Salada de Cinema, a chegada deste clássico ao streaming reforça como o poder da nostalgia segue firme, mas sempre pronto para dialogar com as inquietações do presente.

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Sou formada em Marketing Digital e criadora de conteúdo para web, com especialização no nicho de entretenimento. Trabalho desde 2021 combinando estratégias de marketing com a criação de conteúdo criativo. Minha fluência em inglês me permite acompanhar e desenvolver materiais baseados em tendências globais do setor.
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