Nove séries de zumbi que dão um banho em qualquer filme do gênero

Thais Bentlin
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Filmes de zumbi continuam lotando salas e dominando o streaming, mas, quando o assunto é profundidade, as séries de zumbi levam a melhor. O formato episódico permite mergulhar na vida dos sobreviventes, experimentar ritmos variados e testar mitologias ousadas sem a pressa de um longa.

Nos últimos anos, produções de países e estilos diferentes provaram que o apocalipse fica ainda mais assustador (e divertido) na TV. Se você curte mortos-vivos, gore criativo e personagens bem trabalhados, vale conferir o seleto grupo abaixo, já favorito da redação do Salada de Cinema.

Por que as séries de zumbi superam os filmes

Antes de conhecer os títulos, vale entender o que faz as séries de zumbi funcionarem tão bem. Primeiro, a narrativa prolongada. Em vez de condensar colapso social, drama familiar e ação frenética em duas horas, a TV distribui esses elementos ao longo de episódios, criando uma montanha-russa de tensão que sobe e desce no ritmo ideal.

Além disso, o espectador ganha tempo para se apegar — ou odiar — cada personagem. Isso eleva o impacto de escolhas duvidosas, mortes abruptas ou reviravoltas políticas. Outro ponto crucial é a liberdade de tom. Em um único seriado cabem humor escrachado, terror visceral e até críticas sociais afiadas, algo difícil de equilibrar em um filme.

Nove produções imperdíveis para maratonar já

Ash vs. Evil Dead (2015-2018)
Bruce Campbell volta como o atrapalhado Ash Williams em uma avalanche de gore, slapstick e piadas sem filtro. A cada episódio, o absurdo escala de maneira que um longa jamais sustentaria, tornando a série um festival de sangue e risadas.

Black Summer (2019-2021)
Realismo brutão define este spin-off de Z Nation. Planos longos, diálogos mínimos e violência repentina criam a sensação de que ninguém está a salvo. A falta de “armadura de roteiro” deixa tudo mais angustiante que muito blockbuster de cinema.

Dead Set (2008)
O criador de Black Mirror, Charlie Brooker, prende participantes de um reality show enquanto zumbis velozes devastam o Reino Unido. A sátira à cultura televisiva é ácida, e o ritmo curto impede qualquer folga na tensão.

In the Flesh (2013-2014)
Aqui, os mortos-vivos foram medicados e tentam retomar a vida em sociedade. O foco sai do terror físico e entra no psicológico: culpa, preconceito e política entram em choque, algo raramente explorado com tanta calma no cinema.

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Imagem: Divulgação

iZombie (2015-2019)
Procedural policial com pitada sobrenatural? Sim, e funciona. Ao devorar cérebros de vítimas para resolver crimes, a médica zumbi Liv Moore conduz tramas de segregação, ética e conspiração que evoluem temporada após temporada.

Z Nation (2014-2018)
Se o seu negócio é loucura sem freio — pense em tornados de zumbis e mutantes radioativos — essa é a pedida. O seriado abraça o exagero semanalmente, provando que excesso pode ser divertido quando feito com autoconsciência.

All of Us Are Dead (2022-presente)
Produção sul-coreana que mistura drama adolescente com horror acelerado. Ao confinar a maior parte da história em uma escola, a série amplia conflitos juvenis e cria cenas de ação de tirar o fôlego, sempre com alto custo emocional.

The Walking Dead (2010-2022)
Amado e criticado na mesma medida, o fenômeno global mostrou que uma história de zumbi pode durar mais de uma década. Entre episódios memoráveis e fases irregulares, a obra se destaca pelo vasto desenvolvimento de mundo e personagens.

Kingdom (2019-2020)
Ambientado na Coreia feudal, o drama histórico adiciona luta pelo trono a uma praga de mortos-vivos. Fotografia de cinema, figurinos impecáveis e roteiro afiado entregam suspense político e ação sangrenta em doses iguais.

Ficha técnica
Total de séries listadas: 9
Período contemplado: 2008 a 2022
Gêneros abordados: horror, comédia, drama, suspense histórico
Fonte das datas: catálogos oficiais de cada produção

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Sou formada em Marketing Digital e criadora de conteúdo para web, com especialização no nicho de entretenimento. Trabalho desde 2021 combinando estratégias de marketing com a criação de conteúdo criativo. Minha fluência em inglês me permite acompanhar e desenvolver materiais baseados em tendências globais do setor.
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