Falcão Negro em Perigo: o eletrizante épico de guerra de Ridley Scott que chegou à HBO Max

Thais Bentlin
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O longa Falcão Negro em Perigo, de Ridley Scott, voltou aos holofotes com a chegada ao catálogo da HBO Max. A produção reconstrói uma operação militar dos Estados Unidos na Somália que, planejada para durar 30 minutos, transformou-se em um combate de quase 18 horas.

Premiado com dois Oscars e lembrado pelo realismo sufocante, o filme custou US$ 92 milhões e arrecadou US$ 173 milhões nos cinemas. Mesmo abaixo da expectativa de lucro, ganhou status de referência no gênero de guerra.

Contexto histórico da missão somali

A história começa em 1993, dois anos depois da queda da ditadura de Siad Barre. Sem um governo central, a Somália mergulhou em disputas entre milícias, e o líder Mohamed Farrah Aidid passou a controlar a distribuição de alimentos da ONU.

Quando combatentes de Aidid mataram 24 soldados paquistaneses em missão de paz, a ONU e os Estados Unidos decidiram capturar seus principais tenentes. O plano, que deveria ser rápido, acabou durando cerca de 17 horas e custou a vida de 18 militares norte-americanos, além de deixar mais de 70 feridos.

Como Ridley Scott levou Falcão Negro em Perigo às telas

O roteiro do filme se apoia no livro Black Hawk Down: A Story of a Modern War, do jornalista Mark Bowden, que reuniu documentos militares, entrevistas e relatos orais. Ken Nolan assina o script, mas o texto recebeu retoques de Steven Zaillian e do produtor Jerry Bruckheimer.

Ridley Scott utilizou efeitos visuais discretos, fotografia crua e montagem acelerada — características que renderam Oscars de Edição e Som. O clima opressivo buscou refletir as ruas labirínticas de Mogadíscio, onde helicópteros Black Hawk foram abatidos por RPGs disparados a curta distância.

Elenco repleto de futuros astros

Josh Hartnett, Ewan McGregor e Tom Sizemore lideram o time de protagonistas. O filme ainda reuniu nomes que, à época, engatinhavam rumo ao estrelato, como Eric Bana, Orlando Bloom, Hugh Dancy e Tom Hardy.

Veteranos como Sam Shepard, William Fichtner e Jason Isaacs completam o elenco, oferecendo contraste entre soldados jovens e oficiais experientes — uma dualidade crucial para mostrar o excesso de confiança que marcou a missão.

Recepção: prêmios, bilheteria e crítica

Lançado em 2001, Falcão Negro em Perigo conquistou prêmios de Edição e Som na cerimônia do Oscar de 2002. Apesar de dobrar o orçamento nas bilheterias, o resultado financeiro foi considerado modesto para uma superprodução.

A crítica destacou o ritmo frenético e o realismo das cenas de combate, embora parte dos analistas aponte a ausência de um comentário social mais profundo sobre o impacto do conflito na população somali. O retrato dos moradores de Mogadíscio, reduzidos a uma massa adversária, também gera discussão.

Disponibilidade no streaming

Quem quiser conferir ou revisitar o épico de guerra já pode encontrá-lo na HBO Max. Para fãs do gênero e leitores do Salada de Cinema, a produção combina ação contínua e fidelidade histórica, resultando numa experiência imersiva.

Falcão Negro em Perigo em números

• Orçamento: US$ 92 milhões
• Bilheteria mundial: US$ 173 milhões
• Duração: 2 h 24 min
• Mortes retratadas: 18 soldados dos EUA, número superior de baixas somalis

Ficha técnica resumida

Título original: Black Hawk Down
Título no Brasil: Falcão Negro em Perigo
Direção: Ridley Scott
Ano de lançamento: 2001
Gênero: Ação, Drama, Guerra, História
Roteiro: Ken Nolan (baseado no livro de Mark Bowden)
Elenco principal: Josh Hartnett, Ewan McGregor, Tom Sizemore, Sam Shepard, Eric Bana, Orlando Bloom, Tom Hardy
Prêmios: Oscar de Melhor Edição e Melhor Som (2002)
Avaliação: 9/10 (segundo a nota citada na fonte)

Com seu retrato intenso da batalha urbana e elenco estelar, Falcão Negro em Perigo segue relevante para quem busca compreender os desdobramentos de uma missão que mudou o rumo da política externa dos EUA na década de 1990.

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Sou formada em Marketing Digital e criadora de conteúdo para web, com especialização no nicho de entretenimento. Trabalho desde 2021 combinando estratégias de marketing com a criação de conteúdo criativo. Minha fluência em inglês me permite acompanhar e desenvolver materiais baseados em tendências globais do setor.
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