Clássico de Tom Hanks, Quero Ser Grande estreia na Netflix e relembra primeira indicação do ator ao Oscar

Thais Bentlin
7 Leitura mínima

Tom Hanks tinha 32 anos quando ganhou do cinema a chance de viver um menino que acorda em corpo adulto da noite para o dia.
A comédia dramática Quero Ser Grande, lançada em 1988, rendeu ao ator a primeira indicação ao Oscar e consolidou seu espaço em Hollywood.
Agora, 35 anos depois, o longa desembarca na Netflix e reacende a curiosidade de novos e velhos fãs sobre a história que mistura fantasia, romance e pequenas grandes lições.

Dirigido por Penny Marshall, o filme acompanha Josh Baskin, garoto do subúrbio que vê na vida adulta a solução para escapar de frustrações escolares e regras domésticas.
Em poucas horas, o desejo inocente vira realidade e empurra o protagonista para um universo corporativo repleto de responsabilidades.
Chegou a hora de descobrir como é pagar aluguel, enfrentar chefes exigentes e ainda esconder que, no fundo, continua pensando como adolescente.

Chegada à Netflix reacende interesse pelo clássico

O serviço de streaming incluiu Quero Ser Grande em seu catálogo brasileiro nesta semana, apostando no apelo nostálgico do público.
Nos Estados Unidos, o longa já circulava em plataformas digitais, mas apenas agora ganha espaço oficial no país, facilitando o acesso aos assinantes curiosos pela filmografia de Tom Hanks.

A movimentação também mira quem segue doramas e novelas, acostumado a tramas sobre amadurecimento repentino.
Apesar de ter mais de três décadas, a obra exibe ritmo leve, diálogos ágeis e reflexões atemporais, características que costumam prender a atenção de usuários do Google Discover.

Quem é quem em Quero Ser Grande

No centro da narrativa está Josh Baskin, interpretado por Tom Hanks, que vive conflitos típicos de um garoto de 12 anos preso em corpo de trinta e poucos.
Ao lado dele, Elizabeth Perkins dá vida a Susan, executiva que alterna fascínio e estranhamento diante do colega de trabalho espontâneo demais para o ambiente corporativo.

Robert Loggia completa o trio principal como MacMillan, dono de uma fábrica de brinquedos que percebe potencial no olhar infantil de Josh para criar novos produtos.
A direção de Penny Marshall, primeira mulher a faturar US$ 100 milhões nas bilheterias norte-americanas, garante sensibilidade sem perder o ritmo de comédia romântica.

Elenco de apoio

Além do trio, o elenco traz John Heard como o ambicioso Paul e Jared Rushton na pele de Billy, melhor amigo que serve de elo entre o protagonista e a vida escolar recém-abandonada.
Cada personagem reforça a tensão entre inocência e maturidade, motor temático de Quero Ser Grande.

Por que o filme marcou a carreira de Tom Hanks

Antes de 1988, Hanks era conhecido pela série Bosom Buddies e por papéis cômicos menores.
Quero Ser Grande mudou o jogo: o ator recebeu sua primeira indicação ao Oscar de Melhor Ator e faturou o Globo de Ouro na mesma categoria.

A performance abriu portas para projetos como Sintonia de Amor (1993) e Forrest Gump (1994), consolidando um caminho que o levaria a duas estatuetas consecutivas da Academia.
No Salada de Cinema, fãs lembram que a entrega física do ator nos clássicos fliperamas e na famosa cena do teclado gigante virou referência pop definitiva.

Trama costura humor e melancolia

O roteiro de Anne Spielberg e Gary Ross explora o choque entre uma mente juvenil e obrigações adultas.
Josh precisa lidar com folha de pagamento, trânsito caótico e reuniões de negócio, ao mesmo tempo em que coleciona brinquedos e prefere pizza a jantares elegantes.

Em meio a festas corporativas cheias de protocolos, ele improvisa coreografias desajeitadas e desmonta o verniz de colegas mais velhos.
O resultado é um retrato divertido, mas levemente melancólico, sobre a pressa de crescer – tema que ecoa em novelas, doramas e produções voltadas ao público jovem.

Cena do teclado ainda encanta

Gravada na famosa loja FAO Schwarz, em Nova York, a sequência em que Hanks e Loggia tocam Heart and Soul com os pés continua entre as mais citadas em listas de momentos icônicos do cinema.
A espontaneidade da cena ajudou a fixar Quero Ser Grande no imaginário popular.

Motivos para (re)ver Quero Ser Grande

Além da estreia na Netflix, vale lembrar que o filme traz reflexões sobre responsabilidade, tempo e escolhas, sem perder o humor.
Quem gosta de narrativas de amadurecimento rápido – bastante comum em doramas – encontra aqui um precursor hollywoodiano do tema.

A chegada ao streaming também facilita o acesso a um título que nem sempre aparece em catálogo físico no Brasil.
Para novos espectadores, é oportunidade de conhecer o início da fase premiada de Tom Hanks; para veteranos, um reencontro que revela detalhes antes despercebidos.

Dicas de maratona

Para quem quer ampliar a sessão, combine Quero Ser Grande com produções como 13 Going on 30 (De Repente 30) e Freaky Friday (Sexta-Feira Muito Louca), que também abordam trocas de corpo e amadurecimento acelerado.
A jornada reforça como cada geração revisita a fantasia de virar adulto da noite para o dia – e as consequências disso.

Ficha técnica

Título original: Big (Quero Ser Grande)
Direção: Penny Marshall
Elenco principal: Tom Hanks, Elizabeth Perkins, Robert Loggia
Ano de lançamento: 1988
Gênero: Comédia, Drama, Fantasia, Romance
Duração: 104 minutos
Indicações: Oscar de Melhor Ator; Oscar de Melhor Roteiro Original
Disponível na Netflix: Sim
Nota histórica: arrecadação doméstica de US$ 151 milhões

Seguir:
Sou formada em Marketing Digital e criadora de conteúdo para web, com especialização no nicho de entretenimento. Trabalho desde 2021 combinando estratégias de marketing com a criação de conteúdo criativo. Minha fluência em inglês me permite acompanhar e desenvolver materiais baseados em tendências globais do setor.
Nenhum comentário