American Primeval: a minissérie de faroeste que dominou a Netflix em 2025

Thais Bentlin
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Nem todo lançamento da Netflix consegue furar a bolha, mas, em 2025, uma minissérie de faroeste sanguinolenta surpreendeu ao conquistar o topo do ranking mundial logo na estreia. Por seis episódios, American Primeval levou os assinantes a um recorte brutal da História dos Estados Unidos, retratando a Guerra de Utah de 1857 sem poupar violência nem polêmica.

Mesmo gerando controvérsia pela representação do movimento mórmon, o projeto alcançou popularidade imediata. A repercussão dividiu críticos, mas a maioria do público manteve a produção entre os títulos mais assistidos da plataforma durante semanas – feito que chamou a atenção do Salada de Cinema e de praticamente todos os veículos especializados em entretenimento.

American Primeval: trama e contexto histórico

Ambientada no então Território de Utah, American Primeval dramatiza o confronto entre o Exército dos Estados Unidos e a milícia mórmon Nauvoo Legion, liderada pelo influente Brigham Young. A série mistura personagens reais e fictícios para explorar o clima de tensão religiosa e territorial que marcou o período.

O protagonista é Isaac Reed, interpretado por Taylor Kitsch, um caçador solitário que tenta enterrar um passado traumático enquanto cruza as montanhas geladas do Oeste. Já Betty Gilpin vive Sara Rowell, uma viajante rumo à Califórnia que se vê presa no conflito após sua caravana ser atacada. Os destinos dos dois se entrelaçam em meio a emboscadas, traições e uma sangrenta reconstituição do Massacre de Mountain Meadows, episódio que vitimou 120 civis em setembro de 1857.

Com direção de Peter Berg e roteiro de Mark L. Smith, a minissérie adota ritmo intenso, fotografia granulada e violência gráfica que remetem a longas como O Regresso, de Alejandro González Iñárritu. A atenção a detalhes de época – figurinos, cenários rústicos e linguagem coloquial – reforça o realismo da produção, frequentemente comparada à premiada Deadwood, da HBO.

Apesar da atmosfera sombria, a narrativa equilibra ação e desenvolvimento de personagens. Isaac Reed carrega o peso da culpa enquanto busca redenção, enquanto Brigham Young surge como figura quase gótica, manipulando seguidores e espalhando terror religioso. Essas camadas dão profundidade ao texto, diferenciando a obra de outros faroestes contemporâneos, como os neo-westerns de Taylor Sheridan.

American Primeval: futuro da produção na Netflix

Assim que o último episódio foi disponibilizado, começaram a pipocar teorias sobre uma possível season two. A audiência robusta parecia motivar a continuidade, mas, até o fim de 2025, a Netflix não confirmou novos capítulos. Nos bastidores, o criador Mark L. Smith reiterou que concebeu American Primeval como história fechada, o que reforça a tese de que a série permanecerá como minissérie.

Especialistas lembram que, quando a plataforma pretende renovar produções de grande audiência, o anúncio costuma vir nos primeiros meses. A ausência de sinal verde sugere que a narrativa já disse a que veio. Para muitos, isso não é necessariamente ruim: a estrutura enxuta evita enrolação e preserva o impacto do desfecho.

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Imagem: Divulgação

Se novas tramas ambientadas no Velho Oeste surgirem no catálogo, American Primeval certamente será parâmetro de comparação. Seja pela ambientação crua, seja pelo questionamento religioso que provoca, a obra consolidou espaço entre as melhores séries western disponíveis no streaming.

Resultado? Mesmo sem continuação, o faroeste segue firme entre os conteúdos recomendados da plataforma e deve permanecer por lá graças à recepção calorosa do público global.

Para quem busca um mergulho na história americana, com adrenalina e atuações viscerais, a minissérie continua sendo escolha certeira. Vale a pena conferir cada um dos seis episódios e descobrir por que essa produção ainda ressoa tanto tempo depois de sua estreia.

Ficha técnica:

• Título original: American Primeval
• Gênero: Drama, Western
• Formato: Minissérie (6 episódios)
• Lançamento: janeiro de 2025
• Plataforma: Netflix
• Criação e roteiro: Mark L. Smith
• Direção: Peter Berg
• Elenco principal: Taylor Kitsch (Isaac Reed), Betty Gilpin (Sara Rowell), Jai Courtney (Wild Bill Hickman)
• Ambientação histórica: Guerra de Utah (1857) e Massacre de Mountain Meadows
• Status: sem confirmação de segunda temporada

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Sou formada em Marketing Digital e criadora de conteúdo para web, com especialização no nicho de entretenimento. Trabalho desde 2021 combinando estratégias de marketing com a criação de conteúdo criativo. Minha fluência em inglês me permite acompanhar e desenvolver materiais baseados em tendências globais do setor.
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