Steve Zahn defende reboot de Joy Ride, terror cult de 2001, 24 anos depois

Thais Bentlin
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Steve Zahn voltou aos holofotes do terror ao comentar, em entrevista recente, o futuro de Joy Ride, suspense de estrada lançado em 2001. O ator, que ganhou popularidade na época ao lado de Paul Walker e Leelee Sobieski, diz acreditar que o longa merece ser reimaginado para a geração que cresceu conectada aos celulares.

A fala aconteceu durante a divulgação de Anaconda, novo projeto em que Zahn participa. Questionado sobre qual dos seus trabalhos mereceria continuação ou releitura, ele apontou sem titubear: Joy Ride. Para o intérprete de Fuller Thomas, modernos recursos de comunicação podem atualizar a trama e recuperar a tensão que tornou o filme um clássico cult.

Reboot de Joy Ride: por que Steve Zahn acha a ideia urgente

O suspense original acompanha dois irmãos e uma amiga em viagem pelos Estados Unidos. Após pregarem uma peça via rádio CB em um caminhoneiro desconhecido, o trio passa a ser perseguido de forma assustadora. Apesar de ter arrecadado apenas 37 milhões de dólares frente a um orçamento de 23 milhões, Joy Ride conquistou boa crítica e ganhou espaço em locadoras, canais de TV e, anos depois, em serviços de streaming.

Com o tempo, a produção virou sinônimo de “terror na estrada” e ainda gerou duas sequências lançadas diretamente em vídeo, ambas mal recebidas. Para Zahn, a franquia só não avançou por falta de atualização na premissa: “Hoje quase ninguém usa rádio CB. A comunicação mudou e isso abre novas possibilidades para o medo”, explicou ao repórter Ash Crossan.

Desde a estreia, a tecnologia transformou a forma como motoristas se conectam. Aplicativos de geolocalização, chats de voz em tempo real e redes sociais ao volante poderiam substituir o antigo rádio. A dúvida é como manter a figura enigmática de Rusty Nail, o caminhoneiro vingativo que era ouvido, mas quase nunca visto.

Direitos do filme e caminho até a tela

Um dos obstáculos para o aguardado reboot de Joy Ride envolve os direitos de distribuição. O longa original saiu pela 20th Century Fox, porém a Regency Enterprises detém parcela majoritária da franquia. Após a compra da Fox, a Disney ficou com 20% da Regency, o que deixa indefinido quem teria a palavra final sobre uma nova produção.

Embora a situação pareça confusa, a Disney tem investido em terror por meio dos selos 20th Century Studios e Searchlight. Se surgir um roteiro convincente — seja um reboot total ou um “legacy sequel” que reconheça os eventos de 2001 —, o projeto pode ganhar sinal verde. A presença ou não de Zahn no elenco, contudo, ainda é incerta, e a morte de Paul Walker em 2013 torna uma continuação direta improvável.

Nos bastidores, há quem aposte em abordagem semelhante à de Pânico, que modernizou regras dos anos 1990 e manteve a essência slasher. A reinvenção também poderia transformar Rusty Nail num ponto central, talvez elevando o vilão a status de lenda vivida por novos motoristas.

Enquanto não há anúncio oficial, o interesse do próprio elenco original ajuda a manter a chama acesa. No site Salada de Cinema, fãs especulam sobre possíveis diretores capazes de equilibrar suspense e tecnologia na mesma medida que John Dahl realizou em 2001.

Joy Ride segue listado como uma das produções de terror mais pedidas para remakes nos fóruns especializados. Por ora, continua como lembrança nostálgica de fitas VHS e madrugadas na TV a cabo, mas o apelo por um reboot de Joy Ride ganha força toda vez que Steve Zahn toca no assunto.

Ficha técnica
Título original: Joy Ride (2001)
Gênero: suspense, mistério, drama
Direção: John Dahl
Roteiro: J.J. Abrams, Clay Tarver
Elenco principal: Paul Walker, Steve Zahn, Leelee Sobieski, voz de Ted Levine (Rusty Nail)
Orçamento: US$ 23 milhões
Bilheteria mundial: US$ 37 milhões
Sequências: Joy Ride 2: Dead Ahead (2008) e Joy Ride 3: Road Kill (2014) – lançadas em home video

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Sou formada em Marketing Digital e criadora de conteúdo para web, com especialização no nicho de entretenimento. Trabalho desde 2021 combinando estratégias de marketing com a criação de conteúdo criativo. Minha fluência em inglês me permite acompanhar e desenvolver materiais baseados em tendências globais do setor.
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