Lanterns: nova série da DC repete truque de nome da Arrowverse

Thais Bentlin
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Os fãs de super-heróis sempre estranharam o espaço limitado dado aos Lanternas Verdes no cinema e na TV. Essa lacuna começa a ser preenchida com Lanterns, produção agendada para 2026 que coloca Hal Jordan e John Stewart no centro das atenções do novo DC Universe.

A escolha do título já chama atenção: sai o tradicional “Green Lantern” e entra apenas Lanterns. A jogada repete a fórmula usada em Arrow, série que inaugurou a Arrowverse ao encurtar “Green Arrow”. Mas o que está por trás dessa decisão aparentemente simples?

Lanterns corta o “Green” e segue a mesma lógica que fez Arrow brilhar

De acordo com informações oficiais da DC Studios, Lanterns acompanhará o veterano Hal Jordan (vivido por Kyle Chandler) treinando o novato John Stewart (interpretado por Aaron Pierre). O enredo deve explorar mistérios na Terra e, claro, toda a mitologia da Tropa dos Lanternas Verdes. Ainda assim, o estúdio preferiu abandonar a palavra “Green”, echoando o movimento de 2012, quando Arrow optou por um nome mais curto e sombrio.

No caso de Arrow, o objetivo era oferecer uma abordagem mais pé-no-chão e adulta do Arqueiro Verde, criando distância do tom colorido dos quadrinhos. A estratégia deu certo: o seriado foi a porta de entrada para todo o universo compartilhado da CW. Agora, a série Lanterns pretende seguir caminho parecido dentro do reboot cinematográfico comandado por James Gunn e Peter Safran.

Há pelo menos três motivos práticos para o novo título:

  • Tom mais maduro: Lanterns sugere narrativa séria, alinhada aos comentários do ator Nathan Fillion, que revelou “várias F-bombs” no roteiro.
  • Diferenciação de projetos antigos: o filme de 2011, batizado Green Lantern, recebeu críticas duras; um nome novo ajuda a afastar comparações imediatas.
  • Foco coletivo: sem “Green”, o título enfatiza o conceito de corporação intergaláctica, não apenas a cor ou um único herói.

Por que a mudança favorece a série Lanterns no DC Universe

Ao optar por Lanterns, a DC cria um produto que soa novo para quem já conhece os quadrinhos e, simultaneamente, mais convidativo ao público que nunca leu uma HQ. O encurtamento evita carregar adjetivos e, segundo especialistas de mercado, torna o título mais fácil de lembrar — algo valioso na era do streaming. Além disso, o estúdio aproveita para reforçar a pegada detectivesca e adulta prometida pelo showrunner Chris Mundy, responsável pelos roteiros ao lado de Damon Lindelof.

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Imagem: Divulgação

Embora o DC Universe não tenha ligação direta com a Arrowverse, a herança se faz presente. Se Arrow pavimentou o caminho para séries centradas em heróis menos conhecidos, Lanterns surge como a aposta que pode redefinir a presença da Tropa dos Lanternas Verdes em live-action. Para o leitor do Salada de Cinema, vale ficar de olho: a produção tem tudo para influenciar futuros filmes e séries do novo calendário da DC.

Programada para chegar à HBO em 2026, a série Lanterns ainda não recebeu data exata de estreia, mas já conta com os nomes de James Hawes na direção e Tom King na criação. Caso siga os passos de Arrow, o título encurtado pode ser o primeiro sinal de que a DC aprendeu a valorizar simplicidade e identidade própria na hora de batizar seus projetos.

Resta saber se Hal Jordan e John Stewart conseguirão conquistar o público televisivo como Oliver Queen fez há pouco mais de uma década. Por enquanto, fica a curiosidade: será que outros heróis da editora também perderão adjetivos em futuros títulos? A resposta — e muitas F-bombs — deve chegar em 2026.

Ficha técnica

  • Título: Lanterns
  • Estreia prevista: 2026 (HBO)
  • Formato: série live-action
  • Protagonistas: Hal Jordan (Kyle Chandler) e John Stewart (Aaron Pierre)
  • Criadores: Tom King, Chris Mundy
  • Roteiristas: Chris Mundy, Damon Lindelof
  • Direção: James Hawes
  • Gênero: mistério, ação, aventura, ficção científica
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Sou formada em Marketing Digital e criadora de conteúdo para web, com especialização no nicho de entretenimento. Trabalho desde 2021 combinando estratégias de marketing com a criação de conteúdo criativo. Minha fluência em inglês me permite acompanhar e desenvolver materiais baseados em tendências globais do setor.
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