Em 2010, a BBC lançou “Sherlock”, adaptação moderna das histórias de Arthur Conan Doyle. A produção conquistou público e crítica rapidamente, transformando Benedict Cumberbatch e Martin Freeman em rostos conhecidos no mundo todo.
Dois anos depois, a série alcançou seu ponto máximo com “The Reichenbach Fall”, terceiro episódio da segunda temporada. Fãs e veículos especializados o apontam até hoje como o final perfeito de Sherlock, apesar de a atração ter continuado por mais duas temporadas.
Por que “The Reichenbach Fall” virou sinônimo de final perfeito de Sherlock
Lançado em 15 de janeiro de 2012, “The Reichenbach Fall” promoveu o aguardado confronto entre Sherlock Holmes (Benedict Cumberbatch) e seu arqui-inimigo Jim Moriarty (Andrew Scott). No episódio, Moriarty executa um plano para arruinar a credibilidade do detetive, culminando em um encontro no telhado do Hospital St. Bartholomew, em Londres.
Moriarty chega a cometer suicídio para forçar Sherlock a se jogar do prédio, deixando John Watson (Martin Freeman) como testemunha. A sequência termina com a aparente morte do protagonista, seguida pela revelação de que ele sobreviveu, criando um cliffhanger poderoso. Esse desfecho, repleto de tensão, reviravoltas e emoção, levou muitos espectadores a classificarem o momento como o final perfeito de Sherlock.
A construção do embate entre Holmes e Moriarty
A introdução de Moriarty foi preparada desde a primeira temporada, aparecendo brevemente em “The Great Game”. Quando finalmente assume o papel de antagonista central, o vilão exibe inteligência comparável à de Holmes, elevando o nível de cada cena em que aparece.
Em “The Reichenbach Fall”, as provas contra Sherlock, forjadas pelo rival, geram conflito público e midiático. O roteiro usa tecnologia contemporânea e redes sociais para modernizar o duelo clássico, mantendo o espírito dos contos originais. Esse cuidado narrativo também contribui para o final perfeito de Sherlock.
Cliffhanger que movimentou teorias na internet
Depois da exibição, fóruns e redes sociais se encheram de teorias sobre como o detetive fingira a morte. A BBC manteve o suspense por quase dois anos, período entre as temporadas 2 e 3, o que só reforçou a fama do episódio como desfecho ideal.
O desafio de manter o nível na terceira e quarta temporadas
Quando “Sherlock” retornou em 2014 com “The Empty Hearse”, grande parte do público esperava uma explicação detalhada sobre a falsa morte. No entanto, o episódio apresentou versões diferentes dos acontecimentos, sem oficializar qual seria a verdadeira, e ainda satirizou as teorias dos fãs.
Essa escolha causou frustração e marcou uma mudança de tom. As tramas ficaram mais focadas em cenas de ação e menos na dinâmica entre Holmes e Watson — justamente o coração de “The Reichenbach Fall”. Consequentemente, a expressão final perfeito de Sherlock passou a se referir ao episódio da segunda temporada, não ao encerramento oficial da série.
Imagem: Divulgação
Elementos introduzidos que não agradaram ao público
Entre os pontos questionados estão a inclusão de uma terceira irmã Holmes, Eurus (Sian Brooke), e um caso final considerado confuso. Ao mesmo tempo, o humor ganhou destaque, afastando-se da tensão investigativa que caracterizava as primeiras histórias.
Legado de “The Reichenbach Fall”
Mesmo após o fim de “Sherlock” em 2017, críticos continuam listando “The Reichenbach Fall” entre os melhores episódios de TV dos anos 2010. A obra se mantém relevante por combinar roteiro afiado, performances intensas e um cliffhanger que resiste ao tempo.
Para quem acompanha notícias de séries no Salada de Cinema, o caso serve como referência de como um único capítulo pode impactar a percepção de toda uma produção. O final perfeito de Sherlock mostra que, às vezes, a excelência chega antes do último episódio oficial.
Repercussão nas avaliações públicas
Plataformas de fãs ainda registram notas elevadas para “The Reichenbach Fall”. No IMDb, por exemplo, o episódio continua acima de 9/10, evidenciando a aprovação duradoura do público.
Informações essenciais para quem quer rever ou conhecer
“Sherlock” está disponível em serviços de streaming no Brasil e conta com quatro temporadas, totalizando 13 episódios. Cada capítulo tem formato de telefilme, com aproximadamente 90 minutos de duração.
A segunda temporada inclui: “A Scandal in Belgravia”, “The Hounds of Baskerville” e “The Reichenbach Fall”. Quem busca entender por que esse capítulo recebe o rótulo de final perfeito de Sherlock pode assistir isoladamente, mas a experiência completa ganha força quando se vê a evolução do embate entre Holmes e Moriarty desde a primeira aparição do vilão.
Ficha técnica
- Produção: BBC
- Exibição original: 15 de janeiro de 2012 (2ª temporada, episódio 3)
- Criadores: Steven Moffat e Mark Gatiss
- Direção do episódio: Toby Haynes
- Elenco principal: Benedict Cumberbatch (Sherlock Holmes), Martin Freeman (John Watson), Andrew Scott (Jim Moriarty)
- Duração: 90 minutos


