Kelsey Grammer elogia Trump e surpreende Hollywood: “Talvez o maior presidente”

Thais Bentlin
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Kelsey Grammer, rosto conhecido das sitcoms Frasier e Cheers, voltou a quebrar o consenso de Hollywood ao tecer fortes elogios a Donald Trump.

Durante um jantar após a entrega das medalhas do Kennedy Center, o ator classificou o ex-presidente como “extraordinário” e sugeriu que ele pode ter sido “o maior” que os Estados Unidos já tiveram.

A declaração, feita em conversa prévia com o canal Fox News Digital, viralizou e colocou o nome do intérprete de Frasier Crane no centro do debate político-cultural.

A seguir, o Salada de Cinema detalha o que foi dito, por que a opinião chama atenção em meio ao showbiz e quais são os posicionamentos já assumidos anteriormente pelo artista.

Por que o elogio de Kelsey Grammer a Trump foge ao padrão?

Falar bem de Donald Trump continua sendo incomum entre celebridades de primeira linha. Em boa parte dos círculos de Hollywood, críticas ao ex-presidente são regra, enquanto apoios públicos são raros e, muitas vezes, recebidos com surpresa ou reprovação. Dentro desse contexto, o fato de Kelsey Grammer elogiar Trump tão abertamente reforça sua posição como uma das poucas vozes conservadoras assumidas na indústria do entretenimento.

O ator já vinha manifestando simpatia pelo republicano desde a campanha eleitoral de 2016, mas agora foi além: chamou-o de “extraordinário” e apontou a ambição de Trump em cumprir metas como qualidade essencial de liderança. Essa postura contrasta com a maioria dos colegas, que costuma criticar a retórica e as políticas do ex-mandatário.

Kelsey Grammer elogia Trump em detalhes

No rápido bate-papo antes do jantar em Washington, Grammer afirmou que considera “revigorante” ter um líder disposto a dizer exatamente o que pensa, ainda que isso gere desconforto. Para ele, a firmeza de Trump torna a política “mais interessante” e evidencia metas claras para o futuro do país.

“Há muita coisa que ele ainda quer fazer, o que acho ótimo”, declarou, segundo a tradução livre. “Precisamos de alguém com esse apetite por mudanças, mesmo que o terreno seja íngreme.” A frase reforça a percepção de que, para Grammer, o ex-presidente não apenas marcou época, mas também deixou projetos em aberto, justificando eventual retorno à vida pública.

Declarações anteriores seguem linha semelhante

Em entrevista ao The Sunday Times, no início do ano, o ator defendeu a autenticidade de Trump, dizendo que é “bom ver alguém que realmente cumpre o que promete”. Apesar de reconhecer que o estilo combativo do político não agrada a todos, Grammer pediu mais “gentileza” no debate público e o direito de cada lado expressar suas ideias sem represálias.

Visão conservadora além da política presidencial

O posicionamento pró-Trump se encaixa na visão de mundo mais ampla do artista. Grammer costuma enfatizar valores como distinção clara entre certo e errado, desconfiando de áreas “cinzentas” que, na sua ótica, alimentam conflitos desnecessários. Ele compara a postura a princípios aprendidos em grupos de apoio, lembrando que “sentimentos não são fatos”.

Essa linha de raciocínio reforça a defesa da liberdade de expressão: o ator pontua que alguém pode discordar de uma ideia sem rotular o outro de inimigo. Ao sugerir calma e diálogo, tenta minimizar o clima de hostilidade que domina parte das discussões políticas nos EUA.

Efeito na carreira e reação do público

Até o momento, não houve relatos de boicotes formais ao trabalho de Grammer, mas as redes sociais registraram reações polarizadas. Enquanto admiradores conservadores celebraram a coragem do artista, críticos questionaram a análise positiva sobre o governo Trump. Ainda assim, projetos recentes como a continuação de Frasier na plataforma Paramount+ indicam que, pelo menos por ora, o prestígio profissional do ator permanece intacto.

Quem é Kelsey Grammer além de Frasier?

Nascido em 21 de fevereiro de 1955, em Charlotte Amalie, nas Ilhas Virgens Americanas, Grammer soma quase cinco décadas de carreira. Além do icônico papel de Frasier Crane, que atravessou Cheers (1984-1993) e Frasier (1993-2004), ele emprestou a voz ao vilão Sideshow Bob em Os Simpsons e participou de produções como X-Men: O Confronto Final, Toy Story 2 e Transformers: A Era da Extinção.

Com 1,86 m de altura, o artista coleciona Emmys, Globos de Ouro e diversas indicações por atuação, produção e direção. A diversidade de gêneros no currículo — de comédia a animação e ação — reforça seu alcance, inclusive entre fãs de novelas e doramas que buscam referências de atores versáteis para seus maratonas de conteúdo internacional.

Planos futuros

Na TV, Grammer está à frente do revival de Frasier, já disponível em streaming, e tem projetos de cinema em pós-produção. Seu nome também circula em eventos políticos e beneficentes, mantendo a imagem de figura pública engajada.

O que fica do episódio

A defesa enfática de Donald Trump reforça a coerência do posicionamento conservador de Kelsey Grammer e comprova que, mesmo em um ambiente majoritariamente contrário ao ex-presidente, ainda há espaço para vozes divergentes. A repercussão do caso deve continuar alimentando debates sobre diversidade ideológica em Hollywood e sobre os limites — ou a ausência deles — de se manifestar politicamente no meio artístico.

Ficha técnica

Entrevistado: Kelsey Grammer
Data da declaração: 4 de dezembro de 2023 (jantar pós-Kennedy Center Honors)
Local: Washington, D.C., EUA
Fontes consultadas: Entrevista a Fox News Digital e registros de imprensa relacionados
Revisão e adaptação: Redação Salada de Cinema

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Sou formada em Marketing Digital e criadora de conteúdo para web, com especialização no nicho de entretenimento. Trabalho desde 2021 combinando estratégias de marketing com a criação de conteúdo criativo. Minha fluência em inglês me permite acompanhar e desenvolver materiais baseados em tendências globais do setor.
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