Suspense de ação da Netflix reúne Saoirse Ronan e Cate Blanchett em caçada eletrizante

Thais Bentlin
5 Leitura mínima

A neve cobre a cabana isolada, mas a quietude dura pouco. Em apenas 110 minutos, o suspense de ação da Netflix faz o espectador acompanhar cada passo de uma adolescente que nasceu para lutar, fugir e, principalmente, descobrir quem realmente é.

Dirigido por Joe Wright, o longa coloca Saoirse Ronan como Hanna, criada pelo ex-agente Erik em completo sigilo, enquanto Cate Blanchett vive Marissa, a força implacável que quer apagá-la do mapa. Prepare-se para uma jornada de ritmo acelerado que prende desde o primeiro clique no controle remoto.

Treinada para sobreviver desde criança

No coração gelado do norte, Erik (Eric Bana) dedica anos a preparar Hanna como se fosse soldado e refém ao mesmo tempo. Na cabana, ela aprende golpes, idiomas, técnicas de fuga e leitura de perigo tão bem quanto qualquer agente veterano. Quando decide ativar um transmissor improvisado, aceita deixar o esconderijo, consciente de que dominará o mundo exterior apenas na prática.

Já o pai entende que ficar parado significa ser localizado. A ação de ligar o aparelho serve como gatilho para sistemas de vigilância ocidentais e também como despedida: ela parte sozinha, ele tenta despistar perseguidores. Assim começa a caçada que sustenta o suspense de ação da Netflix do começo ao fim.

Choque entre preparo e burocracia

Minutos depois, tropas invadem o abrigo e capturam a garota, transferindo-a para um centro de detenção subterrâneo. Ali, o enredo explora o contraste entre o treinamento rígido de Hanna e a frieza burocrática das instalações secretas. Interrogadores alternam simpatia calculada e ameaça velada, mas ela confia apenas no que sabe: escapar.

Do outro lado, Marissa mobiliza toda a máquina de segurança para encobrir um antigo experimento genético. O obstáculo transcende grades físicas; envolve protocolos, relatórios confidenciais e todo um aparato disposto a eliminar provas vivas. É nesse ponto que o Salada de Cinema destacaria o poder dramático do roteiro ao equilibrar ação frenética com tensão psicológica.

Fuga pela Europa coloca identidades em xeque

Ao fugir do complexo e emergir num deserto, Hanna transforma a estrada em guia. Com pouco dinheiro e sem documentos, atravessa continentes em direção a um ponto específico da Europa. Cada encontro testa sua formação incompleta: uma família de turistas oferece abrigo barulhento, afeto negociado, e confronta a disciplina rígida ensinada por Erik.

Pousadas decadentes em Berlim, parques de diversões vazios à noite e campings improvisados reforçam a sensação de deslocamento. Corredores estreitos, esquinas alongadas e mudanças bruscas entre silêncio e explosões sonoras mantêm a protagonista em alerta, como se qualquer passo pudesse ceder sob seus pés.

A perseguição não dá trégua

Nos momentos de maior adrenalina, a narrativa encurta a distância entre descoberta e confronto: informação sussurrada em quarto minúsculo vira emboscada em contêiner no porto; rosto visto de relance em parque temático volta como ameaça concreta na estação seguinte. Hanna erra cálculos, confia em estranhos, interpreta sinais pela metade, enquanto Marissa subestima a rapidez da jovem e aplica protocolos pensados para alvos adultos.

O resultado é uma sequência de ações curtas: carros avançam, tiros ecoam, portas se abrem e fecham sem espaço para arrependimento. A câmera acompanha um corpo por vez, sublinhando o perigo imediato: ou Hanna cruza o labirinto, ou desaparece como dado inconveniente de um arquivo antigo.

Reta final revela segredos dolorosos

Entre trens lotados e trilhos enferrujados, a protagonista experimenta intervalos de descoberta pessoal: dançar em boate, ouvir música, ensaiar expressões diante do espelho de banheiro público. Não são ritos de passagem típicos, mas tentativas urgentes de compreender o sujeito por trás do condicionamento.

Quando Hanna se aproxima da origem de sua história, as perguntas guardadas desde a cabana retornam com força. Adultos à sua volta hesitam em nomear o que foi feito, e a jovem precisa escolher entre seguir em fuga ou encarar quem arquivou seu passado em galpões industriais. O filme encerra sem oferecer respostas mastigadas, mantendo a imagem de um corpo jovem em constante deslocamento, carregando ao mesmo tempo o peso da corrida e o peso de saber demais.

Ficha técnica

Filme: Hanna
Direção: Joe Wright
Elenco principal: Saoirse Ronan, Cate Blanchett, Eric Bana
Duração: 110 minutos
Ano de lançamento: 2011
Gênero: Ação, Aventura, Drama, Thriller
Onde assistir: Netflix

Seguir:
Sou formada em Marketing Digital e criadora de conteúdo para web, com especialização no nicho de entretenimento. Trabalho desde 2021 combinando estratégias de marketing com a criação de conteúdo criativo. Minha fluência em inglês me permite acompanhar e desenvolver materiais baseados em tendências globais do setor.
Nenhum comentário