“O Chamado da Floresta”: clássico de Jack London estreia na Netflix e promete emocionar em novembro

Thais Bentlin
6 Leitura mínima

Poucas histórias combinam aventura, emoção e paisagens arrebatadoras como “O Chamado da Floresta”.
Em pleno mês de novembro, o longa de 2020 desembarca na Netflix e convida o espectador a revisitar o espírito pioneiro da corrida do ouro.
A relação entre um homem ferido pelo luto e um cão de coração gigante é a força motriz desse drama de tirar o fôlego.

Dirigido por Chris Sanders, o filme adapta o clássico de Jack London, publicado em 1903, e usa tecnologia de computação gráfica para dar vida ao carismático Buck.
Com Harrison Ford no papel de John Thornton, a produção mescla adrenalina, afeto e reflexões sobre lealdade, tema que nunca sai de moda.
Se você procura algo tocante para assistir ainda este mês, vale colocar “O Chamado da Floresta” na sua lista.

O que torna “O Chamado da Floresta” imperdível?

Logo na primeira cena, o espectador percebe que não se trata de mais um filme sobre cachorros. O roteiro de Michael Green, mesmo fiel à obra de London, cria espaço para nuances modernas sem perder a essência do romance centenário. A jornada de Buck, um cruzamento de são-bernardo com pastor escocês, passa por diferentes donos até encontrar Thornton, minerador solitário que tenta curar a dor pela perda do filho.

A química entre o protagonista humano e o cão, totalmente renderizado por CGI, é convincente. Sanders, conhecido por “Como Treinar o Seu Dragão”, sabe usar a tecnologia para ampliar emoções. O resultado? Cenas de ação vibrantes, neve que parece real e, claro, muita fofura vinda do peludo digital.

Trama ambientada na corrida do ouro do século XIX

O cenário escolhido transporta o público para o Yukon, região gelada entre o Canadá e o norte da Califórnia, onde aventureiros buscavam fortuna entre 1896 e 1899. Em meio a essa efervescência histórica, “O Chamado da Floresta” expõe o contraste entre ambição desenfreada e laços genuínos. Thornton, diferentemente de seus contemporâneos, está menos interessado em ouro e mais em encontrar paz.

Buck também carrega marcas do destino: raptado por traficantes de animais, acaba vendido a Perrault e Françoise, casal responsável por entregar correspondências em trenó. Interpretados por Omar Sy e Cara Gee, os dois fornecem leveza e humor, fundamentais para equilibrar as sequências mais emotivas.

Buck: um protagonista que não fala, mas comunica tudo

Mesmo gerado por computador, o cachorro ganhou expressões faciais ricas, o que ajuda o público a entender seus medos, sonhos e alegrias sem recorrer a diálogos. Para amantes de novelas e doramas, acostumados a tramas movidas por emoções intensas, Buck certamente agradará — ele sente, reage e se desenvolve como qualquer outro personagem complexo.

Elenco afiado reforça o apelo emocional

Harrison Ford entrega um John Thornton introspectivo, sem grandes falas, mas com presença potente. Seus silêncios dizem mais que discursos pomposos, criando um contraste belo com o entusiasmo de Buck. Omar Sy e Cara Gee, por sua vez, oferecem ritmo e timing cômico, funcionando como respiro entre as tensões da jornada.

Essa combinação faz com que o título, apontado por muitos críticos como o filme mais bonito de novembro, seja acessível a diferentes públicos. Quem acompanha o Salada de Cinema sabe: produções que misturam aventura clássica e coração têm grande chance de sucesso na Netflix.

Tecnologia a serviço da emoção, não do espetáculo vazio

A computação gráfica aqui não é mero truque visual. Sanders escolhe realçar a expressão dos animais, evitando cair no hiper-realismo que às vezes causa estranhamento. O resultado envolve o espectador, que compra a amizade entre Buck e Thornton sem questionar se o cão é de carne e osso.

Além disso, a trilha sonora orquestral pontua momentos-chave, guiando a transição entre cenas de perigo, contemplação e ternura. Com fotografia que valoriza paisagens árticas, a aventura convida o público a mergulhar na atmosfera de inverno rigoroso, lembrando que a natureza é tão personagem quanto os protagonistas.

Avaliação de público e crítica

Após estrear nos cinemas em 2020, “O Chamado da Floresta” recebeu nota média 8/10 em sites especializados. Muitos elogios apontam a fidelidade ao espírito de Jack London e os efeitos visuais que não ofuscam a narrativa. Se você ficou na dúvida sobre conferir, a chegada ao streaming simplifica: basta dar play e se deixar levar.

Por que assistir agora que está na Netflix?

Novembro costuma marcar a reta final do ano, período em que o público busca histórias inspiradoras para fechar ciclos. “O Chamado da Floresta” cumpre esse papel, lembrando que a lealdade existe, mesmo em um mundo frenético. Ao disponibilizar o longa, a Netflix alimenta seu catálogo com uma obra segura para toda a família, sem perder profundidade.

Entre escolher outro reality ou mergulhar em uma narrativa de amizade incondicional, vale dar chance a Buck. Prepare a pipoca, se acomode e descubra por que essa aventura continua relevante 120 anos depois do lançamento do livro original.

Serviço

Título original: The Call of the Wild

Título em português: O Chamado da Floresta

Direção: Chris Sanders

Elenco principal: Harrison Ford, Omar Sy, Cara Gee

Gênero: Aventura/Drama

Duração: 100 minutos

Lançamento: 2020

Disponível em: Netflix (estreia no catálogo em novembro)

Classificação indicativa: 10 anos

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Sou formada em Marketing Digital e criadora de conteúdo para web, com especialização no nicho de entretenimento. Trabalho desde 2021 combinando estratégias de marketing com a criação de conteúdo criativo. Minha fluência em inglês me permite acompanhar e desenvolver materiais baseados em tendências globais do setor.
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