4 séries de zumbis incríveis que quase ninguém lembra

Thais Bentlin
4 Leitura mínima

A televisão nunca cansa de ressuscitar os mortos-vivos, mas nem toda produção comêta o mesmo sucesso estrondoso de The Walking Dead ou The Last of Us. Várias obras menores entregam histórias tão criativas quanto, só que ficaram perdidas no meio da avalanche de lançamentos.

Pensando nisso, o Salada de Cinema reuniu quatro séries de zumbis esquecidas que merecem volta aos holofotes. Todas estrearam entre 2008 e 2021, cada uma com enfoque e tom próprios, provando como o subgênero ainda tem muita lenha para queimar.

In The Flesh (2013-2014): drama íntimo sobre reabilitação zumbi

A britânica In The Flesh aborda um cenário pós-apocalipse incomum: o governo encontra uma cura parcial e reintegra ex-zumbis à sociedade. O protagonista Kieren Walker, vivido por Luke Newberry, lida com culpa e preconceito ao retornar para a minúscula vila de Roarton.

O grande trunfo está no uso dos zumbis como metáfora para temas como identidade, trauma e exclusão social. Nada de batalhas épicas; o foco recai sobre conversas tensas, olhares desconfiados e dilemas morais que transformam qualquer escolha em risco. Mesmo assim, quando o horror aparece, ele serve aos personagens, não ao espetáculo.

Por que vale rever?

Com apenas duas temporadas, In The Flesh mostra que séries de zumbis esquecidas podem ser profundamente humanas. A narrativa íntima reforça que o verdadeiro terror às vezes vem da pressão social, não de garras e dentes.

Daybreak (2019): aventura adolescente irreverente

Lançada pela Netflix, Daybreak mistura apocalipse zumbi com comédia teen e estética de história em quadrinhos. Josh Wheeler (Colin Ford) vaga por um mundo dominado por cliques escolares, enfrentando criaturas semelhantes a zumbis e vilões caricatos.

O ritmo acelerado, cores vibrantes e quebras de quarta parede dão energia única à produção. Por baixo da bagunça, o roteiro explora pertencimento, trauma e reinvenção pessoal, conferindo coração à anarquia proposital.

Destaques da produção

Daybreak foge dos clichês ao abraçar humor, ação e drama juvenil em doses iguais. É a prova de que séries de zumbis podem divertir sem ignorar camadas emocionais, tornando-se opção leve para quem busca algo fora da curva.

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Imagem: Divulgação

Black Summer (2019-2021): sobrevivência crua e realista

Também da Netflix, Black Summer começa nos primeiros dias do colapso global. A trama acompanha Rose (Jaime King), mãe separada da filha, em correria frenética por bairros, armazéns e ruas desertas.

Câmera nervosa, diálogos mínimos e longas tomadas criam sensação documental. Os zumbis surgem velozes e implacáveis, muitas vezes fora de quadro, aumentando a tensão. Cada cena funciona como teste de instinto, sem espaço para discursos grandiosos ou mitologia complexa.

Impacto no espectador

Esse realismo brutal coloca Black Summer entre as melhores séries de zumbis esquecidas da década. Momentos silenciosos entre perseguições revelam quem resiste e quem sucumbe quando normas sociais desaparecem.

Dead Set (2008): sátira ácida dentro de um reality show

Antes de Black Mirror, Charlie Brooker já satirizava a mídia com Dead Set. A minissérie se passa durante o Big Brother britânico; quando o surto começa, participantes e equipe percebem que o estúdio isolado virou refúgio — e prisão.

Ritmo ágil, humor negro e gore sem pudor elevam a narrativa, enquanto críticas à cultura de celebridades surgem naturalmente. Ao prender personagens em um lugar feito para drama artificial, a obra escancara a fragilidade da civilização quando as câmeras param.

Por que ainda impressiona?

Mesmo lançada em 2008, Dead Set continua atual. A fusão de terror visceral e comentário social mostra como séries de zumbis esquecidas podem ser visionárias, merecendo espaço ao lado dos gigantes do gênero.

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Sou formada em Marketing Digital e criadora de conteúdo para web, com especialização no nicho de entretenimento. Trabalho desde 2021 combinando estratégias de marketing com a criação de conteúdo criativo. Minha fluência em inglês me permite acompanhar e desenvolver materiais baseados em tendências globais do setor.
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