Logo que a terceira temporada de One Punch Man estreou, a recepção nas redes ficou longe do herói invencível que o protagonista representa. Os sete primeiros capítulos renderam memes e lamúrias sobre cenas paradas, cortes bruscos e lutas sem impacto.
Passado o susto inicial, o episódio 8 mudou a conversa: a animação ganhou fluidez, novos animadores reforçaram o time e o público começou a questionar se o rótulo de fiasco não foi precipitado. A seguir, o Salada de Cinema detalha como a série virou o jogo.
Primeiros episódios provocam reação negativa
A terceira temporada de One Punch Man, novamente entregue ao estúdio J.C.Staff, chegou carregada de expectativa. O histórico impecável da Madhouse na primeira fase e as críticas acumuladas na segunda aumentaram a pressão sobre a equipe atual.
Entre fãs e críticos, o maior incômodo foi notar repetição de quadros, planos estáticos e uma edição que prejudicava o ritmo dos combates. Até Saitama, famoso por derrotar qualquer oponente com apenas um soco, perdeu o brilho quando a coreografia não acompanhou sua força.
As redes explodiram em reclamações. Muitos pediram que a Bandai Namco Filmworks trocasse de estúdio, enquanto outros chegaram a declarar a temporada um fracasso logo na primeira leva de episódios. O debate só crescia a cada semana.
Episódio 8 marca virada técnica
Foi a partir do oitavo capítulo que a terceira temporada de One Punch Man mudou de figura. O arco da Associação de Monstros passou a exibir animação mais refinada, enquadramentos ousados e efeitos de luz que retomaram o clima épico do mangá.
Informações de bastidores apontam a chegada de animadores extras para reforçar a produção, ajudando a corrigir problemas de cronograma. Com isso, as batalhas ganharam velocidade, impacto visual e, principalmente, coerência com o peso dramático proposto na história.
O resultado imediato foi a reviravolta na percepção do público. Perfis que antes criticavam o trabalho do J.C.Staff reconheceram a evolução técnica, e parte da comunidade passou a apostar que a temporada ainda pode se aproximar do nível que consagrou a série.
Comparação com o desempenho de Blue Lock
One Punch Man não foi o único anime recente a enfrentar turbulências de produção. O futebol de Blue Lock, animado pelo Studio 8bit, também tropeçou na segunda temporada, especialmente no confronto entre a seleção sub-20 do Japão e o time Blue Lock XI.
Imagem: Divulgação
Modelos em computação gráfica destoando do traço tradicional e quedas de frame nos lances decisivos deixaram o público desconfiado. A diferença é que, enquanto Blue Lock ainda busca retomar o ritmo, a terceira temporada de One Punch Man conseguiu dar a volta por cima em pleno andamento.
Ao evitar o uso excessivo de CG nos momentos decisivos e apostar em quadros mais detalhados, J.C.Staff mostrou que aprendeu com os erros iniciais. Esse contraste reforçou a percepção de que a melhora no episódio 8 não foi mero acaso, mas resultado de ajustes concretos.
Expectativa para o restante da temporada
A pergunta que fica é se o estúdio manterá o padrão exibido após a solução emergencial. O arco da Associação de Monstros ainda reserva confrontos decisivos, e cada luta será um teste de consistência para comprovar a evolução da terceira temporada de One Punch Man.
Fãs agora acompanham cada novo capítulo com atenção redobrada. Caso o nível se sustente, a temporada poderá ser lembrada como um exemplo de recuperação rara em produções de alto orçamento. Caso contrário, a frustração inicial pode ressurgir com força.
Por enquanto, o saldo é positivo: o episódio 8 serviu como ponto de virada, reacendeu o entusiasmo da comunidade e colocou o nome de Saitama novamente entre os assuntos mais comentados no universo dos animes. Resta aguardar se o soco certeiro se repetirá até o final.
Ficha técnica
- Anime: One Punch Man – Terceira Temporada
- Arco principal: Associação de Monstros
- Estúdio responsável: J.C.Staff
- Distribuição: Bandai Namco Filmworks
- Episódio de virada: 8
- Status da exibição: temporada em andamento


