Godzilla vai ganhar uma abordagem inédita em animação: em vez do monstro gigante, o foco recai sobre um adolescente que manifesta o lendário sopro atômico. A TOHO Animation confirmou o projeto durante o Anime Festival Asia Singapore 2025, mexendo com a comunidade otaku e todos os fãs de kaijus.
Com isso, a franquia se reinventa após quase sete décadas, deslocando a narrativa do ponto de vista dos monstros para o olhar humano. A mudança promete discutir medo, esperança e responsabilidade sem deixar de lado as cenas de destruição que tornaram o ícone japonês mundialmente famoso.
Garoto com o poder de Godzilla assume o protagonismo
A principal novidade é justamente o protagonista: um menino cuja silhueta surge envolta em energia azul na primeira arte oficial. A ilustração mostra o jovem prestes a liberar um jato de calor idêntico ao sopro atômico, elemento clássico do kaiju. Esse conceito consolida o novo anime de Godzilla como a virada mais radical da série desde sua criação em 1954.
Segundo a TOHO, a produção faz parte de uma série maior batizada provisoriamente de O Menino com o Poder de Godzilla. A companhia afirma que a obra pretende “retratar tanto o terror quanto a esperança desta era com ainda mais profundidade”. Ou seja, os ataques colossais agora ganham escala humana, oferecendo um contraste entre dramas pessoais e catástrofes titânicas.
Impacto na tradição da franquia
Até aqui, filmes e séries sempre colocaram Godzilla como centro ou antagonista. Transferir as habilidades do kaiju para um garoto abre espaço para dilemas de identidade, controle e consequência, lembrou Keiji Ota, diretor executivo da TOHO, no palco do evento em Singapura.
Estúdios responsáveis pela produção
A animação ficará a cargo do estúdio Orange, conhecido pelo 3D de Godzilla Singular Point e por séries de alto nível técnico. A empresa japonesa atuará em parceria com o IGLOO Studio, da Tailândia, reconhecido por sua expertise em CGI para produções internacionais.
Essa colaboração indica que o novo anime de Godzilla deve mesclar modelagem tridimensional detalhada com cores vibrantes e texturas refinadas, elevando o padrão visual. Para quem acompanha as produções do Salada de Cinema, vale lembrar que a Orange costuma priorizar motion capture e shading reais, enquanto o IGLOO investe em expressões faciais minuciosas, receita que tende a agradar tanto veteranos quanto novos espectadores.
Imagem: Divulgação
Equipe ainda sob sigilo
Por enquanto, não há lista oficial de dubladores nem de roteiristas. A empresa adiantou apenas que o anúncio completo do elenco virá “nos próximos meses”, acompanhando o cronograma de marketing escalonado.
O que já foi revelado e o que falta saber
Entre os detalhes confirmados, a obra responde por enquanto ao título provisório de O Menino com o Poder de Godzilla. Além disso, a arte conceitual divulgada reforça que o sopro atômico será adaptado ao porte humano, possivelmente alterando cenários urbanos de forma mais localizada, mas ainda devastadora.
Data de estreia, plataforma de exibição e número de episódios seguem em segredo. A TOHO apenas garante que novas informações serão liberadas “em breve”, estratégia comum para manter a expectativa acesa — especialmente entre fãs de animes, novelas e doramas que costumam acompanhar cronogramas de temporadas.
Resumo do que sabemos
- Nome provisório: O Menino com o Poder de Godzilla;
- Participação dos estúdios Orange (Japão) e IGLOO Studio (Tailândia);
- Primeira imagem mostra adolescente disparando sopro atômico em escala humana;
- Elenco e data de lançamento ainda não divulgados.
Para quem coleciona curiosidades sobre a franquia, essa será a primeira vez que a narrativa se desloca totalmente para a perspectiva de um humano dotado das habilidades de Godzilla. Embora o público já tenha visto interações entre pessoas e kaijus em outras obras, nenhuma delas concedeu poderes diretos a um protagonista humano.
Resta agora acompanhar as próximas conferências e comunicados oficiais para descobrir como essa premissa será desenvolvida em formato de série. Enquanto isso, os rugidos que ecoam há 70 anos encontram uma nova voz — mais jovem, mas potencialmente tão destrutiva quanto o original.


