LGBT no Cinema | Transexualidade: cadê suas histórias no cinema?
“Desde que nos entendemos como humanidade as minorias vem buscando seus direitos, à igualdade, a representatividade, a ter um espaço digno na sociedade. Essa luta acontece também nas Artes”. Esse é um trecho do Manifesto “Representatividade Trans Já”, publicado na página Representatividade Trans no Facebook. E já diz muito se você é fã de cinema. […]
“Desde que nos entendemos como humanidade as minorias vem buscando seus direitos, à igualdade, a representatividade, a ter um espaço digno na sociedade. Essa luta acontece também nas Artes”. Esse é um trecho do Manifesto “Representatividade Trans Já”, publicado na página Representatividade Trans no Facebook. E já diz muito se você é fã de cinema.
Históricamente atores e atrizes cis interpretravam personagens trans em filmes e séries. Se dermos um salto lá pro começo de tudo, na Grécia antiga, todos os papéis no teatro eram interpretados por homens. Sim, você não leu errado. Já viu como o patriarcado vem ferrando com tudo desde sempre, né?
Pois bem, quando falamos e pedimos por mais representatividade nas artes, nós queremos isso não somente na tela, mas por trás dela também. Atores, atrizes, diretores, roteiristas…enfim, queremos espaços para que todos possam exercer e contar suas histórias.
Foto: Divulgação
Aqui já fica a referência da premiada série “Pose”, de Ryan Murphy, que além de trazer protagonistas majoritariamente transgênero também possui uma equipe de produção bastante diversa. Destaque para a Janet Mock, que também trabalhou na série “Hollywood” (disponível na Netflix).
Migrando para a telona agora, quando comecei a escrever esse texto, o primeiro filme que me veio à mente foi “Tangerine”, de 2015. Filmado inteiramente com um IPhone, e estrelado por Kitana Kiki Rodriguez e Mya Taylor, o longa narra a história de uma mulher transgênero que trabalha na indústria do sexo em Los Angeles enquanto tenta rastrear um cafetão que a rejeitou. O filme participou de diversos festivais e foi bem recebido tanto pela crítica quanto pelo público.
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Lançado em 2017, “Uma Mulher Fantástica” conta a história de Marina, que após a morte de seu namorado, precisa lidar com a hostilidade da família do falecido.
Ambos foram protagonizados por atrizes trans. Mas tá, e depois disso? Onde estão as ofertas de novos trabalhos? É sobre isso, as oportunidades.
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Quando surge a discussão de que “atores não tem sexo, podem interpretar qualquer papel” há um perigo. Não há equidade nesse quesito, logo, atores e atrizes trans vão perdendo espaço. Vamos de exemplos: quantos atores ou atrizes trans são chamados para papéis de personagens não trans? Quando isso começar acontecer talvez possamos voltar à discussão do começo do parágrafo.
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Fica aqui o exemplo do filme “Vento Seco”, de Daniel Nolasco. E também a série “Manhãs de Setembro” que traz como protagonista a cantora Liniker.
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