Henrique Balbi | 5 de fevereiro de 2012

Tim Burton

Frequentemente comparado às temáticas sombrias e peculiares e sempre automaticamente relacionado com seu grande parceiro de atuação em filmes, Johnny Depp, Tim Burton – desde o início da carreira – é responsável por um belo ‘dar o que falar’ entre críticos e adoradores do cinema. Burton desde jovem apreciava a literatura de Edgar Alan Poe, […]

Frequentemente comparado às temáticas sombrias e peculiares e sempre automaticamente relacionado com seu grande parceiro de atuação em filmes, Johnny Depp, Tim Burton – desde o início da carreira – é responsável por um belo ‘dar o que falar’ entre críticos e adoradores do cinema. Burton desde jovem apreciava a literatura de Edgar Alan Poe, o escritor dos contos assustadores, obscuros e, porque não, absurdamente estranhos. A inspiração do diretor começou a surgir claramente dos livros que lia.

Mas a carreira de Burton, no entanto, começou com um pouco de sorte. Ele ganhou uma bolsa para estudar no Instituto de Artes da Califórnia e, após alguns anos de estudo, foi chamado para trabalhar como animador nos Estúdios Disney. Apesar de ter feito alguns curtas e longas animados nesse período, foi com um live-action, em 1988, que Burton explodiu nos cinemas – acompanhado de Winona Ryder, Alec Baldwin, Michael Keaton e Geena Davis.

Sim, estamos falando de Beetlejuice, ou Os Fantasmas se Divertem, até hoje lembrado e adorado por milhares de crianças e adultos e extremamente característico da comédia de horror de Tim Burton. A partir daí surgiram uma série de filmes que acabaram se tornando blockbusters ou clássicos do diretor e que revelavam ainda mais a veia artística dele. Foram eles: Batman (1989) e Batman – O Retorno (1992), Edward Mãos de Tesoura (1990) – longa que deu início à parceria com Johnny Depp, que seguiu com Ed Wood (1994) – e Marte Ataca! (1996).

Foi em 1999 que Tim Burton fez seu primeiro filme de horror – ausente de comicidade – e mais uma vez acompanhado de Johnny Depp. A Lenda Do Cavaleiro Sem Cabeça teve roteiro baseado em um conto de terror de Washington Irving e contou com a atuação da prodígio Christina Ricci.

Foi na direção da refilmagem de O Planeta dos Macacos (2001) – criticado pela mídia, mas com ótimo número nas bilheterias – que Burton conheceu sua atual e excêntrica esposa: Helena Bonham Carter. A atriz, desde então, pode ser frequentemente vista nos filmes do diretor.

Seguiram dois filmes fantasticamente encantadores: Peixe Grande e Suas Histórias Maravilhosas (2003) – sobre um homem que conta suas histórias mirabolantes que se passaram ao redor do mundo – e o remake de A Fantástica Fábrica de Chocolate (2005), estrelando Johnny Depp como Willy Wonka. E desde então a parceria não acabou mais.

Tivemos a dublagem de Depp na animação A Noiva Cadáver (2005) – com esse nome, só poderia mesmo ser de Tim Burton – e a exibição musical do ator e de Helena Bonham Carter em Sweeney Todd – O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet (2007).

Ao tentar recriar o universo de Alice no País das Maravilhas (2010), Tim Burton recebeu severas críticas. Muitos dizem que esperavam mais do filme tão anunciado e da interpretação de Depp como Chapeleiro Maluco. Fato é: Burton criou um país completamente novo para uma Alice completamente nova. Um mundo sombrio imaginado antes somente pela perspectiva alegre da animação dos Estúdios Disney.

Tim Burton é especial. E imprevisível. Nunca acredite que ele chegou no topo da loucura; ele irá surprendê-lo!

Quem sabe em um de seus próximos longas (Dark Shadows ou na animação Frankenweenie)?