Star Wars – O Despertar Da Força
[img src=”http://saladadecinema.com.br/wp-content/uploads/2015/12/storm-troopers-10-was-star-wars-prequels-improve-series.jpg”] A responsabilidade de J.J. Abrams era grande. Não lembro de nenhum filme cercado por tamanha expectativa como “O despertar da força”. Não é por menos, afinal tratava-se do novo capítulo de um dos maiores fenômenos da cultura pop de todos os tempos. É com alívio e segurança que afirmo que o novo filme […]
[img src=”http://saladadecinema.com.br/wp-content/uploads/2015/12/storm-troopers-10-was-star-wars-prequels-improve-series.jpg”]
A responsabilidade de J.J. Abrams era grande. Não lembro de nenhum filme cercado por tamanha expectativa como “O despertar da força”. Não é por menos, afinal tratava-se do novo capítulo de um dos maiores fenômenos da cultura pop de todos os tempos. É com alívio e segurança que afirmo que o novo filme é um dos melhores da franquia.
Como fã de Star Wars que é, J.J. sabia que devia se aproximar o máximo possível da primeira trilogia. E assim fez. Trouxe para sua equipe criativa nomes como Lawrence Kasdan (o roteirista de “O império contra-ataca”) e John Williams, além de trazer de volta o elenco original. Juntos fizeram um filme que é a mistura perfeita entre o nostálgico e o contemporâneo. Sim, a nostalgia toma conta em alguns momentos. O próprio corpo narrativo se assemelha e muito com “A nova esperança”, mas é algo que não chega perto de atrapalhar a experiência sensível e divertida que é “O despertar da força”.
Repleto de humor inteligente, o enredo evita diálogos expositivos e desenvolve seus personagens e a trama através da ação, o que deixa muita coisa para ser explicada nos próximos filmes da trilogia e outras para a imaginação do público, afinal de contas, ao contar uma história, muitas vezes o menos é mais.
O destaque do filme está nos personagens. A forma com que o elenco original foi apresentado não poderia ser melhor. O fato deles não serem simples objetos de nostalgia e sim, personagens fundamentais para a trama, dá a eles a importância que mereciam. Mas quem rouba a cena são os novos protagonistas. Finn (John Boyega) e, principalmente, Rey (Daisy Ridley), são incríveis. Poe Dameron, vivido por Oscar Isaacs é carismático e até o novo droid, BB-8, é divertidíssimo.
É importante destacar que ao fugir do tradicional e apresentar um negro, uma mulher e um latino como protagonistas neste, que será um dos filmes com maior público de todos os tempos, o longa ganha relevância social.
É tão raro ver um vilão bem trabalhado nos Blockbusters de hoje em dia que me surpreendi com Kylo Ren (Adam Driver). Ele pode não ter a imponência que Darth Vader tinha, mas suas motivações e conflitos internos fazem dele um personagem interessante, tridimensional e com espaço para crescer na nova trilogia.
Do ponto de vista estético o filme também acerta em cheio. A escolha por filmar em locações e usar efeitos práticos na maioria das criaturas traz uma vivacidade de encher os olhos ao mundo de Star Wars. Além disso, a fotografia é inspiradíssima. Longos planos abertos engrandecem a tela e o uso da iluminação acresce positivamente à dramaticidade de cenas fundamentais do filme.
“O despertar da força” é um excelente início à nova trilogia Star Wars. Respeita o antigo, diverte e emociona aos fãs e traz um espírito atual à um universo encantador. Não vejo a hora de assistir ao episódio VIII.