Diego Olivares | 27 de setembro de 2016

Sete Homens e Um Destino

[img src=”http://saladadecinema.com.br/wp-content/uploads/2016/09/screen-shot-2016-09-23-at-9-09-06-am.png”] Não são poucos os remakes que Hollywood vêm lançando, e desses, uma grande parcela é/foi/será bastante desnecessária. “Sete homens e um destino”, remake do western de 1960 (que por sinal se tratava de uma refilmagem americana de “Os Sete samurais” de Akira Kurosawa), por divertir e ainda trazer à tona um gênero a […]

[img src=”http://saladadecinema.com.br/wp-content/uploads/2016/09/screen-shot-2016-09-23-at-9-09-06-am.png”]

Não são poucos os remakes que Hollywood vêm lançando, e desses, uma grande parcela é/foi/será bastante desnecessária. “Sete homens e um destino”, remake do western de 1960 (que por sinal se tratava de uma refilmagem americana de “Os Sete samurais” de Akira Kurosawa), por divertir e ainda trazer à tona um gênero a tanto tempo deixado de lado, está acima da média dos filmes desta tendência, ainda que seja uma média bem baixa.

Assim como em suas versões anteriores, a trama acompanha um grupo de homens que se reúnem para salvar uma pequena cidade que se vê na mão de um explorador que usa sua população e sua Terra em troca de uma mixaria. De cara, o que chama a atenção é a representatividade dos personagens, já que se trata de um elenco muito mais multiétnico que os antecessores ou até mesmo em relação às grandes produções americanas, a começar pelo seu protagonista negro, vivido por Denzel Washington.

O filme, que, através de sua divulgação, aparentava ser uma releitura moderna de um western, é surpreendentemente clássico. Sua trilha sonora, sua montagem e até seus personagens caricatos evocam as características tradicionais do gênero. Não só isso, a direção de Antoine Fuqua, de certa forma homenageando o gênero, “recria” momentos marcantes dos filmes de velho oeste: o close no coldre da arma, a apresentação do protagonista em um saloon e, na melhor cena do filme, uma troca de tiros marcadas pela tensão e criação de expectativa.

Se acerta a mão na nostalgia, o filme peca no desenvolvimento de seus personagens. Seja por falta de tempo de tela ou desinteresse por parte do roteiro, grande parte dos personagens possui arcos incompletos ou inexistentes. Caso claro do mexicano Vasquez (Manuel Garcia-Rulfo), que é deixado de lado na maior parte da trama, e do confederado Goodnight Robichaeux, vivido pelo excelente Ethan Hawke, mas cujo o desenvolvimento e motivações são muito previsíveis. Até mesmo o protagonista Chisolm (Denzel) tem boa parte de sua trama revelada de forma bastante apressada.
Além disso, algumas escolhas de atuação não parecem funcionar muito bem. Ethan Hawke vive uma espécie de covarde nada convincente e Vincent D’Onofrio, que vive o brutamontes da equipe, escolhe um tom de voz no mínimo esquisito. Chris Pratt é o Chris Pratt mais uma vez (saudades de Parks and Recreation), o que já está ficando repetitivo, mas que ainda me diverte.

Apesar de estar longe de ser um grande filme, “Sete Homens e um Destino” é nostálgico e diverte no ponto certo. Se isso não é o suficiente, leve em conta que o filme é capaz de acertar em algo que grande parte dos Blockbusters não vêm acertando: seu final épico.

Assista ao trailer de ‘Sete Homens e Um Destino’:

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