Meryl Streep

Nome: Mary Louise Streep Data de nascimento: 22 de Junho de 1949, em Summit, Nova Jersey, EUA. Filmes essenciais: Kramer vs. Kramer, A Escolha de Sofia, O Diabo veste Prada (e INFINITOS mais) [img src=”http://saladadecinema.com.br/wp-content/uploads/2014/10/Meryl-560×350.jpg” alt=”Meryl”] Escrever sobre Meryl Streep é quase tão intimidante quanto a admiração que ela inspira. Normalmente qualificada como algo entre […]

Nome: Mary Louise Streep
Data de nascimento: 22 de Junho de 1949, em Summit, Nova Jersey, EUA.
Filmes essenciais: Kramer vs. Kramer, A Escolha de Sofia, O Diabo veste Prada (e INFINITOS mais)

[img src=”http://saladadecinema.com.br/wp-content/uploads/2014/10/Meryl-560×350.jpg” alt=”Meryl”]

Escrever sobre Meryl Streep é quase tão intimidante quanto a admiração que ela inspira. Normalmente qualificada como algo entre “força da natureza” e diva suprema, ela é com certeza a atriz de maior reconhecimento em Hollywood, e uma das mulheres mais admiradas do mundo. Fora que manter todo esse status inabalado ainda aos 65 anos de idade é, por si só, um feito raro no showbusiness. Mas a versão contada pelos incontáveis perfis e por aqueles que a conhecem é bem diferente da ideia de acima-de-tudo-e-todos que temos de celebridades tão consagradas quanto ela.

Streep é uma atriz que começou tarde a fazer cinema. Seu primeiro longa lançado nas telonas foi Julia (1977), quando ela já tinha 28 anos de idade e quase 10 de carreira no teatro. Muito diferente de uma ascensão meteórica e do sucesso instantâneo e precoce, que hoje em dia parece causar tanto fascínio e a mídia tanto exalta e valoriza. Próximo a essa época, teve o único relacionamento amoroso “midiático” até então, com o também ator John Cazale, cujo único fator extraordinário foi justamente a morte dele, em 1978. No mesmo ano, a atriz conheceria Don Gummer, com quem é casada até hoje.

E por fim, apesar de ser reivindicada como uma de suas maiores estrelas, até hoje se refere a Hollywood como uma entidade alheia a sua vida e personalidade. “Para mim, Hollywood é o mesmo que é para você”, afirma ela. “E algo fora do que eu sou, e me coloco fora dela.” Para testamentar isso, ela afirma que os 4 anos que morou em Los Angeles foram simplesmente “desconcertantes” e mora em Nova York até hoje, a mais de 3.900 km do coração da indústria cinematográfica do país.

O que resta de superlativo sobre Meryl Streep? Os números! Por desencargo, aí vão eles: 18 indicações ao Oscar, 3 vitórias; 28 indicações ao Globo de Ouro, 8 vitórias; 14 indicações ao Bafta, 2 vitórias. Todos conquistados por meio de uma extensa galeria de mulheres reais e de personalidade – disso, ela faz questão. Algumas escolhas polêmicas, como a de viver Margaret Thatcher, Miranda Priestley e Donna (de Mamma Mia!). Outras inquestionáveis, como a repórter de Adaptation a freira desconfiada de Dúvida e Sophie (a da escolha, lembra? rs). A única certeza é que ela arrasou na pele de todas elas. Como Tina Fey diria, a prova de que ainda há bons papéis para Meryl Streeps com mais de 60 anos.

Alguns questionam, com certa lucidez, se a suposta “hegemonia” da atriz entre as indicações, os prêmios e os próprios papéis vêm de uma supremacia de fato, ou se foi criada da escassez de bons papéis para mulheres em Hollywood – que não mudou, estatisticamente falando, desde que Streep começou a atuar em filmes. Mas ninguém pode negar que ela está fazendo a sua parte, muito bem, obrigada. E para ela, muita coisa mudou, sim. Por exemplo, ela cita seu papel em Simplesmente Complicado, em que sua personagem, uma mulher de meia-idade dispensa o ex-marido para ficar com outro homem. “Isso jamais seria aceito na década de 70”, afirma.

E quando questionada sobre o cinema, se sob o seu ponto de vista, é ainda uma indústria gerida por uma “rede de garotões”, ela responde: “Esses homens costumam tomar decisões com base no que eles querem ver, ou no que eles gostariam de ver quando tinham 14 anos. O que você acha? Não é tudo uma confraternização de garotões? A indústria cinematográfica. O Senado. A Câmara dos Deputados. Os altos escalões do mundo de negócios. O que não é?” A nós, só nos resta ouvir e refletir. E saudar! ALL HAIL