Gisele Santos | 28 de dezembro de 2019

Leandra Leal: o legado continua vivo

Nome completo: Leandra Rodrigues Leal Braz e Silva. Nascimento: 08 de setembro de 1982, no Rio de Janeiro. Três trabalhos essenciais: “A Ostra e o Vento” (1997), “O Homem Que Copiava” (2003) e “Divinas Divas” (2016). Quando pensamos em Leandra Leal, a primeira coisa que vem à mente é o excelente “O Homem Que Copiava”, […]

Nome completo: Leandra Rodrigues Leal Braz e Silva.
Nascimento: 08 de setembro de 1982, no Rio de Janeiro.
Três trabalhos essenciais: “A Ostra e o Vento” (1997), “O Homem Que Copiava” (2003) e “Divinas Divas” (2016).

Leandra Leal

Quando pensamos em Leandra Leal, a primeira coisa que vem à mente é o excelente “O Homem Que Copiava”, drama com toques de comédia que foi reprisado diversas vezes na TV brasileira. Na trama, a atriz encarna Sílvia, funcionária de uma loja de roupas e vizinha de André, vivido por Lázaro Ramos. André quer chamar atenção dela comprando algo da loja, porém não tem dinheiro suficiente. Então, o rapaz descobre um jeito de falsificar notas na fotocopiadora onde trabalha.

A atriz e diretora Leandra Leal iniciou a carreira bem cedo, aos oito, com uma participação no último capítulo da novela Pantanal, nos anos 1990, ao lado da mãe, Ângela Leal, também atriz. A veia artística corre na família há três gerações. O avô de Leandra, Américo Leal, era produtor cultural e fundou o Teatro Rival, localizado no Rio de Janeiro, em 1934. É o teatro de iniciativa privada mais antigo do Brasil. Com a saída de Américo, a mãe administrou o local para dar continuidade ao legado. Desde 2016, a casa de espetáculos está sob o comando da própria Leandra.

A atriz cresceu neste ambiente rico e logo se encantou com a arte da atuação. Em uma entrevista bem antiga concedida ao canal Multishow, Leandra Leal explica que a mãe teve impacto em seu desenvolvimento, mas ela sempre deixou a filha muito livre para escolher o futuro. A iniciativa de seguir a estrada da intepretação partiu mesmo de Leandra, que decidiu começar o curso de teatro.

Em 1994, Leandra Leal apareceu na minissérie “Confissões de Adolescente”, exibida pela Band e TV Cultura. No entanto, o primeiro grande destaque ocorreu três anos depois, no cinema, quando brilhou em “A Ostra e o Vento”, contracenando com Fernanda Torres e Lima Duarte.
Na esteira do sucesso, podemos citar diversos trabalhos em telenovelas, como “A Indomada”, de 1997, “O Cravo e a Rosa”, de 2000, além de “Passione”, de 2010. Outro trabalho relevante da atriz é sem sombra de dúvida “Bingo: o Rei das Manhãs”, baseado na história do palhaço Bozo. Ela vive Lúcia, produtora e diretora do programa infantil apresentado pelo protagonista, e o ajuda a superar o vício no álcool e nas drogas.

Leandra Leal se aventurou na direção em 2016, com “Divinas Divas”. Durante entrevista no programa Espelho, apresentado por Lázaro Ramos, ela revela que “secretamente sempre quis dirigir”, mas buscava uma história bem pessoal capaz de motivá-la. Acostumada a conviver com diversos talentos no Teatro Rival, quis fazer um documentário sobre a primeira geração de artistas travestis no Brasil, na década de 1960. Todas personagens do documentário passaram pelo Rival em algum momento. Originalmente, “Divinas Divas” era um espetáculo para os palcos, mas foi adaptado para o cinema.

As divas fizeram parte não só da história do teatro, mas também da família de Leandra. A atriz acredita que família não é imposta, é escolhida; muitas vezes é estendida para dar conta de todos os laços importantes em nossas vidas.