Heitor Machado | 10 de abril de 2011

A evolução de Jim Carrey

Você provavelmente se lembra dos carismáticos personagens Johnny Squares eLloyd Christmas, dos respectivos filmes “Dirty Harry na Lista Negra” (1988) e “Débi & Loide” (1994). Se você não lembra… bem, quer dizer que sua infância não foi agraciada pela presença destes dois ícones da comédia, ambos interpretados pelo gênio do gênero: o inigualável Jim Carrey. […]

Você provavelmente se lembra dos carismáticos personagens Johnny Squares eLloyd Christmas, dos respectivos filmes “Dirty Harry na Lista Negra” (1988) e “Débi & Loide” (1994). Se você não lembra… bem, quer dizer que sua infância não foi agraciada pela presença destes dois ícones da comédia, ambos interpretados pelo gênio do gênero: o inigualável Jim Carrey.

Ele já participou de coisas péssimas – desculpem, mas é impossível dizer que “O Pentelho” (1996) e “Eu, Eu Mesmo e Irene” (2000) sejam filmes bons, até mesmo para crianças. Mas a carreira cômica de Jim Carrey vai muito além de alguns papeis mal-sucedidos. Desde jovem o pequeno James fazia pequenos showzinhos de stand-up comedy para os amiguinhos ao final de cada aula, e ele era a principal atração dos Natais da família Carrey – ok, essa última parte eu inventei, mas dá para imaginar, não dá?

Além de papeis icônicos – e maravilhosamente cômicos – dos dois “Ace Ventura” (1994 e 1995), “O Máskara” (1994) e “O Mentiroso” (1997) – o qual particularmente considero o mais engraçado de todos -, Carrey tem um talento nato para a extroversão. Grande imitador (ele faz Clint Eastwood e Stevie Wonder como ninguém), o ator sofreu uma revolução em sua carreira de alguns anos para cá.

Mesmo tendo participado de filmes dramáticos e muito mais densos, como é o caso dos excelentes “O Show de Truman” (1998), “O Mundo de Andy” (1999), “Cine Majestic” (2001) e (o mais significativo) “Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças” (2004), Jim Carrey nunca abandonou sua veia cômica, fosse participando de infantis como “O Grinch” (2000), “Desventuras Em Série” (2004) e “Horton e o Mundo dos Quem” (2008), ou voltando aos roteiros interessantes (e hilários, é claro), como o de “Todo-Poderoso” (2003), “As Loucuras de Dick e Jane” (2005) e “Sim, Senhor!” (2008).

Seu último longa nos cinemas foi “O Golpísta do Ano” (2009), que inteligentemente narrava a história real de um falsificador maníaco e homossexual. E repito, mesmo entrando em temas áridos, Jim nunca abandonou sua faceta caricata e sempre entregou personagens engraçados – ainda que nem todos fossem exemplos de maturidade emocional. Cada uma de suas produções tem seu toque pessoal, seja a careta que o fez consagrado, seja aquela ponta emocional que guinou sua carreira como o ingênuo Truman.

Jim Carrey é um dos ícones da comédia atual. Mesmo aqueles que não são tão fãs de suas caretas exageradas são obrigados a admitir que seus filmes vão além das caretas – antes de tudo, ele sabe escolher as produções das quais participa (salvo alguns poucos deslizes). E não posso jamais deixar de prestar homenagem ao dono do espírito do mentiroso advogado Fletcher Reed, talvez um dos personagens que mais me tenha feito rir na vida.

Por Maira Giosa

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