Guilherme Barreto | 18 de fevereiro de 2016

Deadpool

[img src=”http://saladadecinema.com.br/wp-content/uploads/2016/02/deadpool2.jpg”] Quando foi anunciado “Deadpool” muitos se perguntaram sobre o que esse filme poderia inovar para o gênero (Sim, está se tornando um gênero) de filmes de super heróis. Em termos de estrutura narrativa “Deadpool” não inova em nada, a mesma vista em filmes da Marvel Studios é utilizada aqui. Mas tem algo em […]

[img src=”http://saladadecinema.com.br/wp-content/uploads/2016/02/deadpool2.jpg”]

Quando foi anunciado “Deadpool” muitos se perguntaram sobre o que esse filme poderia inovar para o gênero (Sim, está se tornando um gênero) de filmes de super heróis. Em termos de estrutura narrativa “Deadpool” não inova em nada, a mesma vista em filmes da Marvel Studios é utilizada aqui. Mas tem algo em que esse filme acerta e muito bem: o humor ácido do seu protagonista. E esse fato acaba se tornando o que faz desse filme um diferencial dos outros de heróis.

A trama é básica: Wade Wilson (Ryan Reynolds) é um assassino de aluguel que descobre que está com câncer e está em estado terminal. Até que em um dia, Wade recebe a proposta para ser cobaia em uma experiência científica, a qual irá curar a sua doença. Após submetido a experiência e ser deformado pelo vilão Francis (Ed Skrein), Wade parte para se vingar do vilão e cria um alter ego para si: um matador conhecido como Deadpool.

Como deu para perceber é uma trama básica de filme de herói, mas o senso de humor de “Deadpool” é tão acertado que nos faz esquecer da simplicidade da trama. As quebras de quarta parede (Ou seja, quando Deadpool fala diretamente com o espectador), funcionam muito bem; as tiradas do protagonista são excelentes; o humor negro é muito bem utilizado. Esse êxito se consegue não apenas pelo texto muito bem escrito de Rhett Reese e Paul Wernick (Zumbilândia), mas pelo ótimo trabalho de Ryan Reynolds.

Aliás, do elenco em geral do longa, Reynolds é o que merece mais destaque. Aqui temos o grande trabalho do ator, o qual tira sarro várias vezes sobre os rumos de sua carreira e admite sua limitação para papéis mais complexos. Mas em compensação, Reynolds mostra um excepcional timing cômico: tanto na parte física (nas cenas de ação), como as que utilizam mais diálogos (como as já faladas excepcionais tiradas), Reynolds consegue fazer o público sentir grande simpatia por Deadpool. Pode ser dito que esse trabalho sirva como a redenção para a sua complicada carreira.

A direção de Tim Miller se mostra muito segura, para um diretor estreante. Embora o diretor não mostre muita habilidade nas cenas de ação, ele sabe como contar a história e acerta na direção de atores.

Enfim, estamos diante de um dos filmes mais divertidos do ano e um dos mais inusitados. Recomendo “Deadpool”. Embora o longa seja tecnicamente limitado, é feito por tanto carinho que o expectador sente o cuidado dos realizadores com o material, e principalmente, com o personagem. Uma pipoca mais que recomendável.

(P.S: A cenas pós-créditos é hilária. Veja até o fim!)