Raphael Camacho | 16 de março de 2012

cine nerd: O Quinto Elemento

“Mul-ti-pass!” Olá Nerds! Vocês gostam de filmes de ação? E filmes de ação que se misturam com ficção científica? Ação, ficção científica e futurismo? O Quinto Elemento (1997) reúne tudo isso e muito mais. Estrelado por Bruce Willis (Korben Dallas) e Milla Jovovich (Leeloo), o longa conta ainda com o fantástico Gary Oldman (fazendo o […]

O Quinto Elemento

“Mul-ti-pass!”

Olá Nerds!

Vocês gostam de filmes de ação? E filmes de ação que se misturam com ficção científica? Ação, ficção científica e futurismo?

O Quinto Elemento (1997) reúne tudo isso e muito mais. Estrelado por Bruce Willis (Korben Dallas) e Milla Jovovich (Leeloo), o longa conta ainda com o fantástico Gary Oldman (fazendo o vilão Zorg) e a participação de Chris Tucker como o hilário apresentador Ruby Rhod. Dirigidos por Luc Besson, o filme tem uma incrível mistura futurista, anacrônica, científica e divinal.

Contanto a estória de Korben Dallas, um ex-militar e agora taxista da Nova York de 250 anos no futuro, que encontra a alienígena Leeloo, que é perseguida pelos capangas do vilanesco Zorg, que quer ajudar o Mal a chegar a Terra e destruir tudo, sendo que ela é a única coisa que pode salvar o mundo.

Além da Nova York futurista, o filme chega também ao “cruzeiro espacial” Fhloston Paradise onde cruzamos com o excêntrico apresentador de rádio/TV Ruby Rhod (Tucker) um ser andrógino inspirado pesadamente em Prince e Lenny Kravitz. O look de Milla foi um problema para a produção: seus cabelos castanhos passaram por química para ficarem alaranjados, mas o processo os deixou frágeis e precisava ser repetido constantemente. A solução foi colocar uma peruca na atriz, com o mesmo tom e corte do original.

Visual aliás é um grande trunfo desse filme. Luc Besson escreveu este roteiro em sua adolescência e como grande fã de quadrinhos, sempre imaginou que dois ilustradores poderiam trabalhar em um futuro filme com ele: Jean-Claude Mézières e Jean Giraud (o ilustrador conhecido como Moebius). E ambos participaram da criação dos conceitos, apesar de não creditados no final da produção, e trouxeram os conceitos dos carros voadores, ambientes e vestimentas de diversos personagens.

Visualmente falando, podemos indicar algumas repetições de conceitos em cenas durante todo o filme: Zorg (Oldman) invariavelmente aparece em cena com um círculo circundando sua cabeça, assim como em alguns cenários, círculos são bem presentes. Já Korben (Willis) aparece bastante sendo enquadrado por uma porta ou passagem retangular. Já triângulos são temas constantes dos ambientes que envolvem os alienígenas e o “quinto elemento”, nas ruínas egípcias, no alinhamento planetário, além das pedras elementares que são prismas triangulares.

O cuidado e preciosismo de Luc Besson com sua criação é tamanha que a língua que Leeloo fala foi criada por ele e foi refinada junto com Milla. Eles conseguiam ter conversas inteiras na ‘linguagem divina’. Falando em língua e palavras, um dos nomes mais marcantes do filme é o da diva interplanetária Plavalaguna, em idiomas balcânicos o nome se traduziria mais ou menos como Lagoa Azul. Seria uma referência a protagonista, Milla Jovovich que estrelou o filme De Volta à Lagoa Azul (1991)?

O filme conta com algumas marcas interessantes: Oldman e Willis, apesar de interpretarem o vilão e mocinho da película, não se encontram durante todo o filme, o antagonismo ficando marcado através da intervenção de outros personagens. A explosão no Paraíso Fhloston foi a maior explosão dentro de um estúdio fechado a ser feita, sendo que o fogo resultante quase saiu de controle. No tempo de sua produção (1997) o filme foi o mais caro feito fora de Hollywood (com locações na Inglaterra e Islândia), bem como o mais caro produzido pela francesa Gaumont. Com orçamento de US$80 milhões em efeitos especiais também foi o maior de sua época. Tantas marcas acabaram fazendo com que ele fosse escolhido para abrir o Festival de Filme de Cannes em 1997.

Uma curiosidade final: O filme tem muitas referências ao número “5” – Obviamente os 5 elementos: terra, fogo, água, ar e… Leeloo?; a licença de taxi de Korben tinha 5 pontos sobrando; Zorg para sua bomba com 5 segundos restando, enquanto a bomba Magalore começa com 5 segundos; o show de Ruby Rhod é as 5 horas e quando Leeloo chega ao Paraíso Fhloston ela vai até a janela “5” e se impresiona com a vista; perto do final Ruby grita “Uma bomba explodindo a cada 5 minutos!”, e o cientista dá a Korben e Leeloo mais 5 minutos de privacidade.

Mas afinal, o que é o “quinto elemento”? O Diretor Luc Besson, confirmou em diversas entrevistas que é nada mais, nada menos, do que o coito sexual.

Até semana que vem com mais Cinema Nerd!