Diego Olivares | 24 de março de 2016

Batman vs Superman: A origem da justiça

[img src=”http://saladadecinema.com.br/wp-content/uploads/2016/03/batmanvssuperman-3.jpg”] Dentre os tantos filmes de super-heroi que estrearam ou estrearão este ano “Batman vs Superman: A origem da justiça” era o mais repleto de expectativa e responsabilidade, afinal de contas, além de ser a primeira vez que duas das maiores figuras da cultura pop apareceriam juntos no cinema, tratava-se do filme que oficialmente […]

[img src=”http://saladadecinema.com.br/wp-content/uploads/2016/03/batmanvssuperman-3.jpg”]

Dentre os tantos filmes de super-heroi que estrearam ou estrearão este ano “Batman vs Superman: A origem da justiça” era o mais repleto de expectativa e responsabilidade, afinal de contas, além de ser a primeira vez que duas das maiores figuras da cultura pop apareceriam juntos no cinema, tratava-se do filme que oficialmente expandiria o universo cinematográfico da DC.

Dirigido por Zack Snyder, a trama principal apresenta e desenvolve o novo Batman (Ben Affleck) do cinema e acompanha um Superman (Henry Cavill) que, após as consequências de “O homem de aço”, divide opiniões. Enquanto uns o endeusam, outros o consideram uma ameaça. O morcego milionário definitivamente se encaixa na última categoria.

Mas BvS não poderia apenas contar uma história. Como já falado, ele precisava desenvolver um universo e este é seu principal problema. São acrescentadas ao enredo inúmeras subtramas que o tornam confuso e anti-climático em muitos momentos. Isto também se deve, e muito, à infeliz montagem do filme que, principalmente no primeiro ato, organiza sua linha narrativa de forma aleatória e apressada, falhando em prender o espectador e em criar momentos de tensão.

Se o roteiro falha em criar uma história concisa, ele acerta na maioria dos diálogos, principalmente naqueles entregues pelo excelente Lex Luthor de Jesse Eisenberg. O ator cria uma versão moderna do clássico vilão, cheio de manias e obcecado pelo poder. Além disso, apesar de seu arco estar repleto de conveniências para a trama, é o melhor desenvolvido e o que possui mais potencial para a franquia.

Mas Jesse não é o único estreante que se destaca. Gal Gadot, quando aparece à caráter como Mulher-Maravilha, rouba a cena e Ben Affleck é diferente de todos os morcegos que já vimos. Todo peso da idade e dos vários anos combatendo o crime são percebidos pela sua postura e pelas suas atitudes. É um Batman experiente e, acima de tudo, inescrupuloso.

O filme ainda conta com ótimos nomes como Jeremy Irons, Lawrence Fishburne e Holly Hunter que fazem um excelente trabalho.

Nas cenas de ação o diretor sabe o que faz. Em um embate entre Batman e Superman não tem como tudo não ser exagerado e grandioso e Zack Snyder é sinônimo destas palavras. Porém, se as sequências de luta ganham destaque graças a excelente fotografia de Larry Fong e a envolvente trilha sonora de Hans Zimmer e Junkie XL, é muito provável que elas logo se tornem datadas, pois há um uso exagerado de efeitos especiais.

Desde o anúncio de seus filmes, A Warner/DC deixou claro seu interesse em criar um universo mais sério, que se distanciaria o máximo possível de seu principal rival, a Marvel. Isso é muito perceptível em “Batman vs Superman”. Há pouquíssimo alívio cômico. O filme é denso e MUITO dramático. Confesso que prefiro uma abordagem mais despretensiosa em filmes de super-heróis.

No final das contas “A origem da Justiça” é principalmente a origem de um universo cinematográfico. Enquanto filme, agradará os fãs mais entusiasmados, principalmente nas referências visuais à algumas histórias clássicas dos quadrinhos. Para outros será apenas entretenimento passageiro, o que também não é nenhum demérito.