| 22 de maio de 2011

‘Árvore da Vida’ conquista o Palma de Ouro 2011

Neste domingo, o Festival de Cannes anunciou o novo trabalho de Terrence Malick, “Árvore da Vida” como o vencedor do Palma de Ouro, prêmio concedido ao filme pelo júri da mostra competitiva, presidido pelo ator Robert De Niro. Quem foi buscar o prêmio, contudo, foi o produtor Bill Pohlad, que disse: “Sempre quis falar francês, […]

Neste domingo, o Festival de Cannes anunciou o novo trabalho de Terrence Malick, “Árvore da Vida” como o vencedor do Palma de Ouro, prêmio concedido ao filme pelo júri da mostra competitiva, presidido pelo ator Robert De Niro. Quem foi buscar o prêmio, contudo, foi o produtor Bill Pohlad, que disse: “Sempre quis falar francês, e esta noite mais do que nunca. Devo ocupar o lugar de um gigante esta noite. Terrence Malick é extremamente tímido e discreto. Mas falei com ele hoje, e sei que está encantado por receber esta distinção. The Tree Of Lifefoi um percurso muito longo, mas o jogo valia a pena. Gostaria de agradecer particularmente o Festival de Cannes”.

O prêmio de interpretação feminina foi dado a Kirsten Dunst por sua atuação em Melancholia, de Lars von Trier. Depois de receber as honrarias, a atriz agradeceu o diretor: “Que semana! Agradeço ao Júri, é uma honra. Obrigada ao Festival por ter mantido o filme em Competição. Os meus agradecimentos a Lars Von Trier por me permitir atuar com tanta liberdade”. Coincidência ou não, dois anos antes, Charlotte Gainsburg também ganhava seu Palma de Ouro por atuação em filme do mesmo diretor, na ocasião, “Anticristo”.

O prêmio de interpretação masculina foi para Jean Dujardin pelo seu papel em “The Artist” de Michel Hazavanicius. “Partilho este prêmio com Bérénice Béjo, a minha parceira no filme. Obrigado pelo teu olhar benevolente, a tua generosidade e a tua força”, declarou.

Os outros prêmios concedidos neste domingo:

Prêmio do Júri: “Polisse”, da diretora francesa Maïwenn;

Grand Prix: Nuri Bilge Ceylan por “Once Upon a Time in Anatolia” e a Jean-Pierre et Luc Dardenne porLe Gamin au vélo”;

Melhor direção: Nicolas Winding Refn por “Drive”;

Melhor roteiro: Joseph Cedar por “Hearat Shulaym”;

Curtas-metragens:

Palma de Ouro

“Cross” realizado por Maryna Vroda;

Prêmio do Júri

“Badpakje 46” (Maillot de bain 46) realizado por Wannes Destoop.

Robert De Niro, no fim do festival explicou os motivos que levou ele e o júri escolher “Árvore da Vida” como o vencedor: “Não quero entrar em todos os pormenores, mas sentimos que era um filme com uma amplitude e intenções que correspondiam mais ao Palma de Ouro . Esta decisão foi difícil de tomar porque os outros filmes eram igualmente muito bons, apesar de serem muito diferentes. Tivemos que encontrar um compromisso”. De Niro revelou quais os filmes que originaram as discussões mais densas: “Houve debates intensos sobre vários filmes, dos quais três mais particularmente: “Pater”, “Sleeping Beauty”, e “Le Havre”. Mas “Habemus Papam”, e “La Piel Que Habito”, também originaram discussões”. Em entrevista para imprensa, o ator disse: “Fiquei muito honrado que esta oportunidade que me foi concedida. Disseram que seria uma experiência única. Posso desde já afirmar que é uma lembrança extremamente agradável que ficará para sempre”.

Galeria de fotos:

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Por Fernando Império, editor-chefe