André Sobreiro | 15 de novembro de 2017

Crítica | Liga da Justiça

Ah DC… como vocês gostam de brincar com os nossos corações, não é? Por anos e anos, Batman e Superman eram, pelo menos para mim, sinônimos de super-heróis. O único representante da Marvel era o Aranha. E eis que a Marvel decidiu entrar na corrida das telonas e roubou a cena. Junte a isso o […]

Ah DC… como vocês gostam de brincar com os nossos corações, não é? Por anos e anos, Batman e Superman eram, pelo menos para mim, sinônimos de super-heróis. O único representante da Marvel era o Aranha.

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E eis que a Marvel decidiu entrar na corrida das telonas e roubou a cena. Junte a isso o fim da era Nolan do Batman e pronto: a derrocada. Os filmes do Superman, aquele Batman vs Superman, Esquadrão Suicida, tantos erros reunidos. Mas em 2017 parece que a batalha não estava tão ganha assim. Para começar, a azarona do rolê: Mulher-Maravilha chegou com um filme espetacular e roubando a cena em um universo dominado por homens.

E aí surgiu a ansiedade: seria Patty Jenkins e Gal Gadot um ponto fora da curva? Liga da Justiça quer provar que não. O filme, depois da morte do Superman, surge com uma ameaça que precisa de uma força maior. E é daí que Bruce Wayne decide reunir outros heróis: Diana Prince, já sua amiga, Arthur Curry, o Aquaman, Barry Allen, o Flash e Victor Stone o Ciborgue. Era esse o time que ele planejava.

E não é que funcionou? Eu assumo: a obsessão de Zack Snyder por cenas extremamente lentas e pelo tom pesado me cansam um pouco em todos os projetos dele. Mas aqui funcionou bem e isso se deve também ao acaso. A saída prematura do diretor e a entrada de Joss Whedon (então o grande nome da Marvel) trouxeram cor, leveza e humor para o filme.

Vale destacar as estrelas reais do filme: Gal Gadot e Ezra Miller. Ela, mesmo não sendo um primor de atuação, segue emprestando uma altivez à personagem, mesmo com algumas concessões de gosto duvidoso que as Amazonas passaram aqui. É a verdadeira líder do universo. E Ezra, como Flash, traz um humor, um ar de deslumbramento por estar ali, que faz com que cada um dos nerds na poltrona se sinta representado. É como se eu fosse um herói e me chamassem para a Liga. Eu reagiria da mesma maneira!

Jason Momoa e Ray Fisher cumprem seus papéis, mas sem nada que seja exatamente memorável. Já Ben Affleck, mal começou e já deu, né? O discurso do Batman velho demais já estava chato no filme anterior.

É o melhor filme da DC dos últimos anos? Não, a honra segue da Mulher-Maravilha, mas é bastante superior aos seus antecessores masculinos e uma boa promessa de uma necessária renovação.

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