| 16 de outubro de 2017

Crítica | A Morte te dá Parabéns

Como em todo outubro, uma penca de filmes de terror/horror/suspense são lançados na tentativa de serem o novo hit do gênero por conta do Halloween. Por mais que a grande maioria falhe miseravelmente ano após ano, de vez em quando surge um filme que merece um pouco mais de atenção. Neste ano talvez o filme […]

Como em todo outubro, uma penca de filmes de terror/horror/suspense são lançados na tentativa de serem o novo hit do gênero por conta do Halloween. Por mais que a grande maioria falhe miseravelmente ano após ano, de vez em quando surge um filme que merece um pouco mais de atenção. Neste ano talvez o filme seja A Morte te dá Parabéns!. O enredo é simples: uma patricinha de fraternidade é assassinada no dia do seu aniversário. Porém ela não morre, ela reinicia o dia até ser assassinada novamente, e é a única que lembra de tudo o que aconteceu. No segundo “continue”, ela se dá conta que isso se repetirá provavelmente até descobrir quem é seu misterioso assassino.

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A produção apostou na mesma receita de filmes como “Pânico” e “Eu Sei o Que Vocês Fizeram no Verão Passado” na escolha de um elenco jovem e desconhecido do grande público. A protagonista, Tree, é interpretada pela jovem atriz Jessica Rothe, que antes deste filme fez apenas uma pequena participação em “La La Land – Cantando as Estações” e foi protagonista de um seriado na MTV americana chamado “Marry+Jane”, cancelado com apenas 10 episódios. Em muitos momentos ela lembra Emma Roberts em papéis como de “Scream Queens” e “AHS: Covenant”, não só na aparência, mas principalmente na qualidade de sua atuação. Já Carter, a primeira pessoa que Tree vê todo o dia ao acordar do seu pesadelo particular, é interpretado por Israel Broussard, que fez “Bling Ring: a Gangue de Hollywood”.

E essa aposta não foi só de elenco, mas também de enredo. O assassino usa uma máscara, dessa vez com cara de bebê, e ataca das maneiras mais improváveis e sorrateiras possíveis. A história brinca com diversos clichês do gênero, de forma inteligente, e a personagem que supostamente seria uma garota comum, mostra-se com força e sangue frio mais do que suficientes para lidar com as situações em que é colocada. O roteiro de Scott Lobdell, que em diversos momentos propositalmente não se leva a sério, é bem construído e possui diversas reviravoltas inesperadas, fazendo com que o espectador nunca consiga montar um perfil do assassino. Já a direção ficou por conta de Christopher Landon, um pouco mais conhecido por roteiros como “Paranóia” e alguma sequências de “Atividade Paranormal”, além de diretor do excelente “Sobreviver a Um Ataque Zumbi” (assistam!). Landon consegue dar um tom leve e divertido à história, mantendo o mistério sobre o assassino e sua real motivação, num ritmo certeiro que prende a atenção do espectador 100% do tempo no desenrolar de suas pouco mais de uma hora e meia de filme.

Não vá para o cinema esperando uma reinvenção gênero, até porque o filme flutua entre terror, comédia e suspense. Porém “A Morte te dá Parabéns!” é excelente, proporcionando um perfeito equilíbrio entre sustos, risadas e momentos de tensão. E, principalmente, deixa o espectador quebrando a cabeça tentando descobrir quem é o assassino. Diversão garantida.

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