Felipe Curcio | 22 de maio de 2017

cine mulheres: Anti-heroínas sim, por que não?

[img src=”http://saladadecinema.com.br/wp-content/uploads/2017/05/9.jpg”] Não adianta defender uma presença maior e melhor de mulheres nas telas e torcer o nariz quando elas aparecem com características pouco louváveis. Não adianta discutir a profundidade – ou a falta dela – em papéis femininos e reclamar quando anti-heroínas protagonizam filmes e séries. Se queremos assistir a mais mulheres, também temos […]

[img src=”http://saladadecinema.com.br/wp-content/uploads/2017/05/9.jpg”]

Não adianta defender uma presença maior e melhor de mulheres nas telas e torcer o nariz quando elas aparecem com características pouco louváveis.

Não adianta discutir a profundidade – ou a falta dela – em papéis femininos e reclamar quando anti-heroínas protagonizam filmes e séries.

Se queremos assistir a mais mulheres, também temos que abrir espaço para as anti-heroínas. Afinal, o que seria do cinema se não fossem os heróis de moralidade dúbia? Onde estaria o cinema sem Michael Corleone, Charles Foster Kane, Travis Bickle, Ferris Bueller? Onde estaria a TV sem Tony Soprano, Walter White, Don Draper e Dexter Morgan?

Então, por que nos incomoda tanto uma Sophia Amoruso, uma Hannah Horvath, uma Miranda Priestly, uma Lisbeth Salander? E, principalmente, por que não há mais mulheres atuando nesse tipo de papel? Cadê o espaço das personagens absurdamente odiosas e carismáticas?

Faço aqui um manifesto, um apelo (de coração e alma) em favor das heroínas convencidas, confiantes, mimadas, egoístas, inescrupulosas, vaidosas, manipuladoras e moralmente duvidosas!