Felipe Curcio | 6 de março de 2017

cine mulher: Elle Woods, a heroína que o mundo precisa

[img src=”http://saladadecinema.com.br/wp-content/uploads/2017/03/6359327537046945031740463726_landscape-1430321720-elle-woods.jpg”] Ela é corajosa, ousada, confiante, inteligente, engraçada, leal, sincera, além de lógico, loira, maquiada e vestida de rosa dos pés à cabeça. Uma das personagens mais surpreendentemente feministas das comédias românticas quebra os rótulos, até mesmo aqueles que existem para as “feministas”. Falo, logicamente, de Elle Woods, a heroína de “Legalmente Loira”. Num […]

[img src=”http://saladadecinema.com.br/wp-content/uploads/2017/03/6359327537046945031740463726_landscape-1430321720-elle-woods.jpg”]

Ela é corajosa, ousada, confiante, inteligente, engraçada, leal, sincera, além de lógico, loira, maquiada e vestida de rosa dos pés à cabeça. Uma das personagens mais surpreendentemente feministas das comédias românticas quebra os rótulos, até mesmo aqueles que existem para as “feministas”. Falo, logicamente, de Elle Woods, a heroína de “Legalmente Loira”.

Num primeiro momento, o filme parece superficial: Elle (Reese Whiterspoon), uma patricinha de marca maior, decide entrar no curso de Direito em Harvard apenas para recuperar seu ex-namorado, Warner (Mathew Davis). E é quando entra em Harvard que a jornada de Elle muda e a personagem ganha poder e o filme, traços feministas.

Logo de cara, Elle fica amiga de Paulette (Jenifer Coolidge), e, é quando a garota ajuda a manicure recuperar o seu cachorro de um ex abusivo que Elle percebe a paixão pela advocacia. No lado da faculdade, Elle se espelha em Stromell (Holand Taylor), uma professora linha dura, que, no final, dá o empurrão que ela precisa para se livrar de um chefe abusador.

Outro ponto positivo, é que o filme desconstrói toda a ideia de rivalidade feminina, quando torna Elle e Vivian (Selma Blair) a atual de seu namorado, amigas quando ambas se unem na descoberta de que Warner é um cara sem conteúdo que, só por ter uma família rica, acredita que é um verdadeiro presente na vida de suas namoradas (qualquer semelhança com o heterossexual médio não é mera coincidência).

A cereja feminista do bolo que é esse filme é a ação de Elle para defender Brooke Taylor-Windham (Ali Larter), uma mulher bonitona que é acusada de matar seu marido mais velho. A diferença de Elle é que ela acredita em Brooke, acredita na palavra de outra mulher!

Com essa história e jornada toda, e a quantidade de personagens femininos importantes que quebram o rótulo, qual a surpresa em eu dizer que o filme foi escrito por duas mulheres? Kristen Smith e Karen McCullah Lutz, as mesmas escritoras de “10 coisas que eu odeio em você” foram as mentes responsáveis pela criação de Elle.

Complexa e completamente divertida, Elle é a mostra de que é possível se fazer uma comédia romântica sem precisar focar apenas nos relacionamentos amorosos. Além de ser um reflexo da diferença que faz quando mulheres participam da criação de personagens femininos.