Diego Olivares | 18 de dezembro de 2016

Rogue one: uma história Star Wars (2016)

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Desde que a Disney comprou a LucasFilm esperou-se que a produtora ampliasse substancialmente o universo oficial de Star Wars. Além de uma nova trilogia, muito bem iniciada com “O despertar da força” do ano passado, foi anunciado uma série de filmes derivados, como uma espécie de antologia, no intuito de expandir o universo das histórias que aconteceram há muito tempo, em uma galáxia muito, muito distante. “Rogue one” é o primeiro destes filmes e comprova a qualidade e o carinho com que a Disney está lidando com este produto. Sem perder o escopo das produções da saga, “Rogue one” é capaz de ampliar e enriquecer a mitologia Star Wars, e ainda funciona muito bem sozinho, como uma excelente ficção/fantasia de ação, com uma pegada muito interessante de filmes de guerra.

Se passando instantes antes de “Uma nova esperança” (o primeiro filme da franquia), “Rogue one” conta a história dos rebeldes que conseguiram roubar os planos da Estrela da Morte. O responsável pela direção é Gareth Edwards, diretor do subestimado “Godzilla” de 2014. Edwards apresenta uma identidade visual própria, com uma fotografia menos contemplativa e muito mais próxima da ação e dos personagens, além de ser adepto de efeitos práticos, característica bastante presente nesta fase de Star Wars, o que dá aos cenários e às criaturas um aspecto muito mais palpável.

Acompanhamos Jyn Arso (Felicity Jones), filha de Galen (Mads Mikkelsen), homem forçado pelo Império a ajudar na construção da Estrela da Morte, o que a torna uma figura de interesse para a Aliança Rebelde. Vemos sua jornada passar de algo individual para algo maior, mas sem perder a especificidade de suas decisões, culminando na evolução de alguém alheia e apática ao totalitarismo à uma figura extremamente engajada e relevante para a causa.

Outra questão que os filmes deste universo estão acertando é a formação de um elenco diversificado. Encabeçado, mais uma vez, por uma protagonista feminina, o filme ainda conta com atores latinos, muçulmanos, negros e chineses em papéis de destaque, mostrando que os produtores de Star Wars estão entendendo que a representatividade é de grande importância, ainda mais em filmes de tamanha visibilidade como este.

“Rogue one”, além de acertar em cheio na escalação do elenco, cria personagens que individualmente funcionam muito bem, principalmente o android K2SO (Alan Tudyk), extremamente cínico e carismático, e o monge Chirrut (Donnie Yen), que é o epicentro de uma das grandes qualidades do filme: sua abordagem mística e religiosa em relação à Força. Porém, um dos poucos problemas do filme está na construção de uma relação mais forte entre estes personagens, algo que faltou diante do ritmo intenso que o longa emprega do começo ao fim. Outro problema está nos diálogos, que muitas vezes soam expositivos demais e pouco naturais.

Vale destacar a maneira com que Edwards trata o público. O filme entregue pelo diretor é capaz de agradar tanto o espectador comum, com um enredo fechado e criativo, quanto o fã de Star Wars, uma vez que há a quantidade correta de fan service e que, principalmente, está incorporado à trama do início à conclusão, que por sinal é tão bem construída que no final da seção em que assisti ao filme todos aplaudiram efusivamente, algo que vi poucas vezes na minha vida.

No pouco tempo em que esteve responsável, a Disney enriqueceu o universo e entregou dois excelentes filmes de algo tão importante para a cultura pop. “Rogue one” não é só um dos melhores Blockbusters dos últimos anos, é também a comprovação de que Star Wars está em boas mãos.

Assista ao trailer de ‘Rogue One: Uma História Star Wars’:

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