Gabi Mendonca | 3 de outubro de 2016

O Lar das Crianças Peculiares | Os órfãos de Tim Burton

Falar sobre os filmes de Tim Burton remete automaticamente aos consagrados personagens de Johnny Depp e Helena Bonham Carter. O próximo pensamento sobre os filmes do cineasta pode ser a incrível capacidade transformar a história de crianças abandonas, independente da circunstância, em algo mágico e com um forte recado para todas as idades. Afinal, se […]

Falar sobre os filmes de Tim Burton remete automaticamente aos consagrados personagens de Johnny Depp e Helena Bonham Carter. O próximo pensamento sobre os filmes do cineasta pode ser a incrível capacidade transformar a história de crianças abandonas, independente da circunstância, em algo mágico e com um forte recado para todas as idades. Afinal, se uma criança é capaz de peripécias e reviravoltas como em João e Maria, A Fantástica Fábrica de Chocolate, Alice no País das Maravilhas e O Lar das Crianças Peculiares, porque não nós?

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A mensagem é quase sempre a mesma, mas a criatividade em aborda-la é o que garante o sucesso de bilheteria e a conquista de tantos fãs.

Em 1982, Burton nos mostrou uma versão um tanto quanto obscura da famosa história de João e Maria. O filme tem apenas 30 minutos e foi exibido pelo Disney Channel no Dia das Bruxas de 1983. Com atores de origem japonesa nos papéis principais, o cineasta já mostrava suas marcas autorais, como listras, espirais, olhos monstruosos e dentes afiados.

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Com Edward Mãos de Tesoura (1991), interpretado por Johnny Depp, mesmo que não tenhamos uma criança no papel principal, é possível identificar a semelhança com as outras histórias quando tudo gira em torno de um personagem solitário e diferente dos demais. A história de superação e de amor é a lição dada pelo longa.

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Também com Johnny Depp, em A Fantástica Fábrica de Chocolate (2005), a mensagem trazida por crianças ganha força total. Cinco crianças (de sorte) totalmente diferentes são escolhidas para visitar a fábrica do chocolate Wonka, que há 15 anos não era visitada por ninguém. A inteligência e astucia dos personagens provam do que as crianças são capazes na mente de Tim Burton e do quanto podemos aprender com elas.

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A clássica história de Alice no País das Maravilhas ganhou ainda mais destaque com as características peculiares de Burton em 2010, ao unir Johnny Depp e criaturas ainda mais místicas, com formas e cores vivas e diferentes. O contexto da menina que não sabe se cresce ou não (Oi Peter Pan, beijo), que cresce e encolhe, hora é pequena demais para certas cosias e na hora seguinte já é grande demais para certas responsabilidades, reflete o drama vivido por todos em algum momento da vida. Fazendo uma ponte com o lançamento O Lar das Crianças Peculiares, é possível identificar semelhanças quando Alice e Jacob se deparam em um lugar totalmente novo e desconhecido e se identificam com seus moradores.

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Sobre o mais recente filme de Tim Burton, o filme conta a história de Jacob (Asa Butterfield), um garoto que viaja para uma ilha galesa depois que seu avô falece, deixando pistas sobre um lugar mágico. Lá encontra um orfanato, onde o mistério e o perigo se intensificam quando ele começa a conhecer o local e os seus moradores: crianças com poderes especiais e a Senhorita Peregrine (Eva Green), que comanda o orfanato. Jacob também conhece os inimigos poderosos de seus novos amigos, e, em última análise, descobre que apenas a sua própria peculiaridade especial pode salvá-los.

Samuel L. Jackson também está no elenco como o misterioso Barron, ao lado de Ella Purnell, Chris O’Dowd, Allison Janney, Terence Stamp, Kim Dickens, Rupert Everett e Judi Dench.

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