Heitor Machado | 11 de outubro de 2015

DC no Cinema | Superman

[img src=”http://saladadecinema.com.br/wp-content/uploads/2015/10/Superman-1978.jpg”] O primeiro filme a retratar a vida do alienígena Kal-El, desde a destruição de seu planeta natal, Krypton, até a chegada a vida adulta, é de uma produção assombrosa. Escrito por ninguém menos do que Mario Puzo – sim, aquele que também fez a fabulosa trilogia do Poderoso Chefão – e com ninguém […]

[img src=”http://saladadecinema.com.br/wp-content/uploads/2015/10/Superman-1978.jpg”]

O primeiro filme a retratar a vida do alienígena Kal-El, desde a destruição de seu planeta natal, Krypton, até a chegada a vida adulta, é de uma produção assombrosa. Escrito por ninguém menos do que Mario Puzo – sim, aquele que também fez a fabulosa trilogia do Poderoso Chefão – e com ninguém menos que Marlon Brandon como o pai do nosso herói, o primeiro Superman parece que foi feito para a trilha sonora criada por John Williams.

Quando os créditos iniciais aparecem, a trilha nos brinda com notas inesquecíveis nas cabeças de todos os fãs de quadrinhos – e de John Williams. Dirigido por Richard Donner, responsável por alguns dos maiores clássicos da década de 80 (como Máquina Mortífera, Os Goonies e O Feitiço de Áquila), o filme conta como o pequeno Kal chega à família Kent e é adotado por Martha e John – e que emocionante é ouvir notas da famosa melodia de Williams quando ele levanta um carro sendo ainda um bebê – e como sofre bullying pelos colegas da escola.

Também nos mostra que, apesar de toda sua força e velocidade, ele não conseguiu salvar a vida do pai. Partindo em busca de autoconhecimento, e após passar 12 longos anos de aprendizado dentro da Fortaleza de Solidão, no Polo Norte, Kal-El retorna para ser a luz que guia o coração dos homens.

E para coroar esse exemplo de macho alfa, temos Christopher Reeve, um rapaz alto, moreno, de belos traços e dentes brilhantes, olhos azuis e que encaixa perfeitamente tanto com o desajeitado e aparentemente estúpido Clark Kent quanto o forte e sedutor Kal-El. Com pitadas de humor que nenhum filme da Marvel consegue hoje reproduzir, Superman é o pai de todos os super-heróis no cinema.

Mesmo sendo uma adaptação com algumas limitações de sua própria época (meramente tecnológicas e uma péssima Lois Lane), Superman é uma viagem ao interior de um homem cujos poderes sobrenaturais foram destinados a salvar vidas na nossa insignificante Terra. O vilão, é claro, não poderia ser outro além do arqui-inimigo de Kal: Lex Luthor, interpretado por Gene Hackman.

O mais curioso é ver como esse filme é a base primordial para o último, estrelado por Henry Cavill, e que quase podemos chamar de “remake”. Mas muito mais filosófico e profundo do que o moderno, Superman leva o jovem Kal-El a conhecer seu passado e presente através do espaço – o que, levando em conta os quadrinhos da editora, fazem todo o sentido.