Raphael Camacho | 21 de maio de 2015

cine nerd: Trilogia Mad Max

[img src=”http://saladadecinema.com.br/wp-content/uploads/2015/05/mad-max-beyond-thunderdomebot.jpg”] Olá Nerds! Depois de 30 anos, George Miller (As Bruxas de Eastwick – 1987 e Happy Feet: O Pinguim – 2006) retorna ao seu mundo pós-apocalíptico, desértico e violento com a mais nova aventura de ‘Mad’ Max Rockatansky. Em Mad Max: Estrada da Fúria (Mad Max: Fury Road, 2015), Tom Hardy revive o […]

[img src=”http://saladadecinema.com.br/wp-content/uploads/2015/05/mad-max-beyond-thunderdomebot.jpg”]

Olá Nerds!

Depois de 30 anos, George Miller (As Bruxas de Eastwick – 1987 e Happy Feet: O Pinguim – 2006) retorna ao seu mundo pós-apocalíptico, desértico e violento com a mais nova aventura de ‘Mad’ Max Rockatansky. Em Mad Max: Estrada da Fúria (Mad Max: Fury Road, 2015), Tom Hardy revive o herói anteriormente interpretado por Mel Gibson, ao lado de Charlize Theron (Monster: Desejo Assassino, 2003) e Nicholas Hoult (X-Men: Primeira Classe, 2011) contra o perigoso Immortan Joe (Hugh Keays-Byrne).

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Mas vamos relembrar as desventuras de Max Rockatansky, um policial australiano em um futuro pós-apocalíptico, onde a água e, principalmente, a gasolina valem a vida de inocentes assolados por terríveis gangues de marginais.
Mad Max (1979), o projeto pessoal de George Miller, que, médico de profissão, conseguiu todo o dinheiro da produção trabalhando em plantões de salas de emergência, foi filmado em 12 semanas nos arredores de Melbourne com apenas 350 mil dolares.

Mel Gibson não foi atrás do icônico papel que o lançou ao estrelato: ele acompanhava um amigo, mas por estar completamente desfigurado após uma briga de bar, ele foi convidado para as audições por seu visual ‘detonado’. Quando ele retornou, curado dos ferimentos, ninguém o reconheceu e ele acabou fazendo o teste para o papel principal. Por ser um desconhecido nos EUA, os trailers do filme por lá acabaram se focando na ação e nos acidentes, sem mostrar Gibson.

Por causa do dinheiro apertado de produção, carros de serviço da polícia de verdade (porém já fora de uso) foram usados nas filmagens. E apenas Steve Bisley, o Goose, e Mel Gibson usavam roupas com peças de couro de verdade, com todos os outros personagens usando imitações de vinil. Até as motocicletas, modelos de demonstração na verdade, foram doadas pela Kawasaki e acabaram ficando com alguns dos motoqueiros.

Motoqueiro de verdade, diga-se de passagem! A carta de “saída livre da prisão” que Goose dá a um dos motoqueiros é uma das piadas internas do filme, pois a gangue de motoqueiros é um grupo real de motoqueiros, que tinham que ir todo dia ao estúdio já caracterizados e com armas falsas a tiracolo. Por isso, a produção fez uma carta explicativa aos oficiais locais para que eles entende-sem e cooperassem com a produção.

Outro problema cultural entre Austrália e EUA foi a forma como os atores falavam no filme, dessa forma o filme foi todo “redublado” em seu lançamento nos Estados Unidos, sendo que somente em 2002, com a edição especial do DVD é que o som original ‘australiano’ foi lançado.

3 anos depois e com muito mais orçamento, Mad Max 2: A Caçada Continua (Mad Max 2 / The Road Warrior, 1981) era lançado. Novamente, no lançamento americano o filme foi renomeado como “O Guerreiro da Estrada”, pois o primeiro longa não foi lançado amplamente no país e o título “Mad Max 2” poderia confundir o público.

Também com esse propósito de ligar o primeiro longa e este, a narração e cenas retiradas de Mad Max foram usadas para explicar o por que de um mundo tão destruído e com falta de combustível, com gangues e pós-guerra nuclear.
O cachorro usado no filme, chamado apenas de “Cão”, foi retirado de um canil público, no mesmo dia em que ele sofreria eutanásia, e foi treinado para atuar. Mas como o som dos motores dos carros deixavam-no incomodado (a ponto de em uma grande cena de acidente ele mijar todo o cenário), foram feitos tampões de ouvido especiais para ele. Logo depois das filmagens, ele foi adotado por um dos operadores de câmera.

The dog used in the film, named simply “Dog”, was obtained from a local dog pound and trained to perform in the film. Because the sound of the engines upset him (and in one incident, caused him to relieve himself in the car), he was fitted with special earplugs. After filming was complete, he was adopted by one of the camera operators.
No roteiro original, Humungus (Kjell Nilsson) seria Jim Goose, o parceiro de Max no filme anterior, porém eles cortaram esta ideia, mas deixaram pequenas pistas como as terríveis marcas de queimaduras de Humungus por trás de sua máscara, seus capangas usando carros de polícia e sua arma, semelhante a uma pistola policial.

Quando o primeiro ‘Mad Max’ foi encerrado, todos os carros deveriam ser destruídos. Porém o Intercetor preto de Max sobreviveu de alguma forma, e os produtores foram atrás dele e o compraram de volta para poder a continuação.
Quando vemos o pequeno girocóptero o Capitão Gyro (Bruce Spencer) em voo carregando 2 pessoas, uma delas sempre é um boneco, pois o peso de duas pessoas de verdade seria demais para a pequena aeronave.

Podendo abusar de um orçamento melhor, Mad Max 2 acabou construindo o mais caro set de filmagens na história do cinema Australiano até então: o complexo da refinaria, construído no deserto de Broken Hill em Nova Gales do Sul. Isso também incluiu a maior explosão já feita em uma filme Australiano, quando eles explodiram este set.

A cena do tombamento do caminhão tanque era tão perigosa, que o dublê piloto teve que ficar em jejum de 12 horas antes da filmagem caso ele sofresse algum ferimento e tivesse que ser levado as pressas para a cirurgia.

E 4 anos depois, Mad Max – Além da Cúpula do Trovão (Mad Max Beyond Thunderdome, 1985) veio para ser, até este ano, a última aventura de Max nos cinemas. George Miller havia perdido o interesse em continuar com as filmagens quando seu amigo e produtor do filme Byron Kennedy morreu em um acidente de helicóptero enquanto procurava por locações. Assim, ele acabou dirigindo apenas as cenas de ação, sua primeira paixão, enquanto George Ogilvie foi contratado para dirigir as cenas de diálogos e interação de personagens.

Este foi o primeiro filme da série a ter financiamento americano, o que explica o destaque a personagens interpretados por estrelas dos Estados Unidos, como Tina Turner.

Os olhos de Max tem pupilas diferentes, com a da esquerda permanentemente dilatada. Isso é uma referência direta ao filme anterior, onde Max sofre um acidente com seu carro e sai gravemente ferido, principalmente seu olho esquerdo.

O vestido da Titia (Tina Turner) feito de malha de aço pesava mais de 55 quilos. No roteiro, Titia era chamada de Titia Entity, porém seu nome nunca é dito por completo no filme, somente nos créditos. Titia também dirigia um carro em cena, mas como a atriz e cantora não sabia dirigir carros com embreagem manual, o seu foi adaptado e é único automático no elenco.

A grande tempestade de areia que vemos no final do filme era de verdade e uma câmera-avião foi colocada em meio a ela para filmagens. A tempestade foi tão intensa que a equipe foi atingida e teve que correr para fora dela e se esconder onde possível.

Agora é só conferir Mad Max: Estrada da Fúria nos cinemas e curtir!

Até a próxima com mais Cine Nerd!