Andre D do C | 26 de abril de 2015

Marvel No Cinema | Os Vingadores

[img src=”http://saladadecinema.com.br/wp-content/uploads/2015/04/Os-Vingadores.jpg”] O filme que angariou a terceira maior bilheteria do mundo, quebrou recordes de lançamento no mundo todo, e é o filme baseado em quadrinhos mais rentável de todos os tempos, também é a prova de que não importa quanto grana entre para o departamento de efeitos especiais, fantasias brilhantes, e cenários suntuosos. O […]

[img src=”http://saladadecinema.com.br/wp-content/uploads/2015/04/Os-Vingadores.jpg”]

O filme que angariou a terceira maior bilheteria do mundo, quebrou recordes de lançamento no mundo todo, e é o filme baseado em quadrinhos mais rentável de todos os tempos, também é a prova de que não importa quanto grana entre para o departamento de efeitos especiais, fantasias brilhantes, e cenários suntuosos. O que faz um filme ser bom e apreciado pelo público em geral, é um roteiro bem escrito e um punhado de atores que saibam representa-lo.

Ao contrário de tramas mirabolantes e reviravoltas surpreendentes (sqn), o roteiro se aproveita da grande mamata de seus 5 outros filmes prólogos, e sem se preocupar em apresentar e dar boas-vindas a ninguém, já começa a introduzir a trama em ritmo acelerado e sem se dar ao trabalho de explicar no que consiste o quadrado azul do destino, que parece ser o elemento catalizador da história toda. Mas tudo bem, porque especialmente nesse caso, a trama do filme é só adereço.

Ao todo, são seis vingadores (jura?), unidos pela toda e poderosa S.H.I.E.L.D. para enfrentar uma ameaça alienígena que pretende destruir o planeta Terra (a começar por Nova York, claro). Mas de fato, o drama consiste em um microcosmos muito mais simples. O arquiteto da destruição é ninguém menos do que Loki, velho conhecido meio-irmão do semi-deus Thor. E claro, a relação familiar entre ambos é muito mais do coincidência. E tudo fica a cargo (seja a defesa ou, em último caso, a vigança do planeta) da dinâmica e da química (explosiva) entre o assembleia título do filme.

Daí nasce a quase unanimidade do filme. Sendo fã de carteirinha ou não do personagem de Robert Downey Jr., não há como não se divertir ao ve-lo provocando um Chris Evans vestido de spandex azul e vermelho. E para quem é fã dos quadrinhos, a satisfação é completa ao ver Thor sendo subjulgado por Hulk (nessa versão, maior e mais verde, e realmente parecendo invencível).

Aos dois remanescentes que não tiveram o privilégio de um filme anterior de boas-vindas, resta muito mais do que serem heróis a reboque. Scarlet Johanssen consegue a proeza de emergir como o personagem mais sólido do filme, e mesmo sem nenhum poder extra-humano, ganha algumas das cenas de ação mais expressivas do filme. Já o Gavião Arqueiro, que tem a função de peão abduzido durante grande parte da narrativa, é de fato injustiçado em méritos de heroismo na tela. Mas é compensado com bons diálogos entre ele e Viúva Negra, e a sempre confiável interpretação de Jeremy Renner.

Em suma, os Vingadores poderia ser um estudo de caso sobre vários aspectos do cinema contemporâneo. Ao mesmo tempo em que a sua realização reflete toda a injustiça e tudo o que há de errado na indústria hoje em dia (mais zilhões de dólares para mais um filme de quadrinhos… #zzzZZZ), é também uma obra que sintetiza todas as características que tornam uma ida ao cinema algo especial e significante. Enfim, que originalidade e inteligência, no fim, valem mais dinheiro do que tecnologias mirabolantes.