Gisele Santos | 1 de abril de 2015

Vício Inerente | Paul Thomas Anderson e Radiohead, tudo a ver?

[img src=”http://saladadecinema.com.br/wp-content/uploads/2015/03/Paul-Thomas-Anderson-As-a-011.jpg”] Com 6 indicações ao Oscar de Melhor Diretor no currículo, o norte-americano Paul Thomas Anderson nunca terminou a faculdade de cinema. Na verdade, largou a Universidade de Nova York depois de 2 dias. Isso não desmerece nem um pouco seu trabalho. Assim como Quentin Tarantino e outros grandes cineastas da atualidade, sua cinefilia, […]

[img src=”http://saladadecinema.com.br/wp-content/uploads/2015/03/Paul-Thomas-Anderson-As-a-011.jpg”]

Com 6 indicações ao Oscar de Melhor Diretor no currículo, o norte-americano Paul Thomas Anderson nunca terminou a faculdade de cinema. Na verdade, largou a Universidade de Nova York depois de 2 dias. Isso não desmerece nem um pouco seu trabalho. Assim como Quentin Tarantino e outros grandes cineastas da atualidade, sua cinefilia, empenho e visão já dão conta do recado.

Além disso, os talentos que ele consegue reunir com facilidade, desde seus primeiros filmes, deixariam qualquer rede de contatos universitária obsoleta. Por exemplo, o eterno e competente Philip Seymour Hoffman esteve no primeiro longa de Anderson, “Jogada de Risco” (1996), e trabalhou em mais 4 longas-metragens ao lado do diretor.

Uma outra parceria prolífica é com o músico Jonny Greenwood, integrante da banda Radiohead e considerado um dos 100 melhores guitarristas modernos pela crítica especializada. Greenwood compôs a trilha sonora de “Sangue Negro” (2007), “O Mestre” (2012) e agora, mais recentemente, “Vício Inerente” (2014).

Ambientado na psicodélica década de 70, o Vício acompanha um detetive chapado que acaba entrando em intrigas bizarras após receber um pedido de ajuda de sua ex-namorada. Os temas envolvem prostituição, cultos, política e vão percorrendo caminhos obscuros. Jonny empresta seu treinamento clássico e os arranjos orquestrais bem elaborados para a trama, concedendo um pano de fundo musical à altura da visão cinematográfica de Anderson.

Além de ler e escrever partituras com autoridade, Greenwood é multi-instrumentista. Domina o violino, o piano e sempre experimenta coisas novas. A verdade é que a música, durante o tempo todo, corre em suas veias. É sua alimentação. É seu vício. A utilização de efeitos e sons incomuns também são sua praia. Segundo ele, suas maiores influências são o jazz e o trabalho do compositor polonês de vanguarda Krzystof Penderecki. Novamente, Paul Thomas Anderson não errou na escolha de seus amigos.