Andre D do C | 28 de março de 2015

Pedro Almodóvar

Nome: Pedro Almodóvar Caballero Nascimento: 24 de setembro de 1949, em Calzada de Calatrava, Espanha Três filmes essenciais: Carne Trêmula, Tudo Sobre Minha Mãe, Fale com Ela [img src=”http://saladadecinema.com.br/wp-content/uploads/2015/01/Pedro-Almodovar-014.jpg”] Que tal um pouco de cor, vibrantismo e sensualidade na vida? Sí, por supuesto! Essas, que são as mais notáveis características de seus filmes, foram alguns […]

Nome: Pedro Almodóvar Caballero
Nascimento: 24 de setembro de 1949, em Calzada de Calatrava, Espanha
Três filmes essenciais: Carne Trêmula, Tudo Sobre Minha Mãe, Fale com Ela

[img src=”http://saladadecinema.com.br/wp-content/uploads/2015/01/Pedro-Almodovar-014.jpg”]

Que tal um pouco de cor, vibrantismo e sensualidade na vida? Sí, por supuesto! Essas, que são as mais notáveis características de seus filmes, foram alguns dos acréscimos que Pedro Almodovar trouxe para o cenário cinematográfico espanhol da década de 70, logo depois da queda de Franco e do renascimento de uma cultura livre no país – mais conhecido como o movimento Movida Madrileña. Sua carreira, que se iniciou com longas produzidos em formato Super 8, teve seu primeiro lançamento comercial em 1980 (Pepi, Luci, Bom y Otras Chicas del Montón) e inaugurou o nome que iria se tornar o diretor espanhol mais conhecido e ronomado no cenário internacional depois de Luis Buñuel.

Porém não foi somente o seu nome que Almodovar elevou ao patamar internacional ao longo de sua carreira. Assim como muitos grandes diretores, seu trabalho também ficou conhecido pelas grandes parcerias que estabeleceu. A primeira delas foi com o ator, também espanhol, Antonio Bandeiras – que, podemos dizer, continua viva até hoje. Foi no longa de Almodovar, Labirinto das Paixões de 1982, que Bandeiras estreou no cinema; e sua última contribuição para a cinematografia do diretor foi em 2011, com o lançamento do excelente A Pele que Habito – provando que a carreira do diretor está ainda longe do declínio.

No entanto, seus trabalhos mais notáveis se fizeram ao redor de suas personagens femininas, como em Fale com Ela, Volver, Tudo Sobre Minha Mãe e, seu primeiro grande sucesso, Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos. Sejam elas casadas, solteiras, desquitadas, hétero, lésbicas, trans, mães ou filhas, as mulheres de Almodóvar sempre incorporam as características marcantes da estética de suas obras. São enérgicas, complicadas, cheias de facetas, provocantes, sem nunca perder o charme. E a essa altura de sua carreira, elas foram muitas – porém sempre na pele de poucas e seletas atrizes, como Cecilia Roth, Carmen Maura e, é claro, Penelope Cruz.

Segundo o próprio diretor, isso ocorre pois grande parte de suas histórias são inspiradas nas mulheres de sua vida. “Aprendi a contar histórias ouvindo minha mãe e minhas irmãs. Minha ficção vem delas.” O resultado é uma obra que evoluiu, amadureceu, sem perder as qualidades que o ressaltaram no início e o levaram ao patamar internacional. Almodovar é e, assim esperamos, continuará a ser sinônimo de originalidade, multiplicidade de cores e temas e, principalmente, liberdade no cinema internacional e latino. Que venham muitos mais!