Andre D do C | 29 de janeiro de 2015

Caminhos da Floresta | As “bruxas” da carreira de Meryl Streep

Quem aí tem medo de Meryl Streep? Pois, se você não tem, deveria ter. Se com um simples olhar, ela consegue deixar todo o público do cinema, um grupo de jornalistas e uma pobre assistente de revista de moda completamente apavorados, não duvide do que ela possa fazer na pele de uma verdadeira bruxa de […]

Quem aí tem medo de Meryl Streep? Pois, se você não tem, deveria ter. Se com um simples olhar, ela consegue deixar todo o público do cinema, um grupo de jornalistas e uma pobre assistente de revista de moda completamente apavorados, não duvide do que ela possa fazer na pele de uma verdadeira bruxa de contos de fadas.

Piadas à parte, não é segredo que a atriz mais premiada da história do cinema não se acanha diante de personagens controversas, fortes e até mesmo completamente malignas (até certo ponto rs). Aliás, há quem diga que é praticamente um padrão que ela mesma determina: que todos os seus papéis sejam de mulheres de ação, corajosas e poderosas. E, assim que Meryl Streep as incorpora, poder é pouco para descrever o fenômeno em que elas se transformam. Vamos a elas:

Miranda Priestly (O Diabo Veste Prada)

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É a primeira que veio à cabeça? Pois se você procura por “bruxas” sem poderes mágicos (com exceção de uma encarada fusilante) essa é a que mais aterroriza os subordinados de todo o mundo. Com uma interpretação que lhe rendeu (mais uma) indicação ao oscar, Meryl Streep subiu nas tamancas e ensinou ao mundo o verdadeiro poder de um olhar blazê.

Eleanor Shaw (Sob o domínio do mal)

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O que uma mãe não faria pelo seu filho, certo? Pois a mãe implacável de Raymond Shaw seria capaz de ir muito além do certo e do errado (e da vida e da morte) para garantir o sucesso do seu filho. Uma verdadeira vilã, digna de habitar pesadelos, Eleanor Shaw é, na pele de Meryl Streep, uma maníca obcecada e louca, ao mesmo tempo em que é mãe super-protetora e gênia política.

Violet Weston (Álbum de Família)

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Quem aí também não tem ou nunca conheceu uma matriarca de família que poderia ser facilmente uma bruxa disfarçada de vovó rabugenta? Adicione à mistura o vício em drogas e outras medicações pesadas. O resultado é o terror do jantar em família, e uma figura que adiciona loucura e tempero, no já ácido drama familiar da casa dos Weston. Em mais uma performance impecável, é claro.

Josephine Anwhistle (Desventuras em Série)

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As vezes, tudo o que você precisa para se tornar uma bruxa é simplesmente não fazer nada. Ou, neste caso, colocar a vida dos seus sobrinhos em risco, e se deixar manipular pelo vilão malvado e caricato que deseja roubar sua fortuna. Mesmo sendo mais uma ingênua do que exatamente uma vilã, a nem tão querida tia Josephine, imersa no ambiente ultra-estilizado e caricato do filme, até que poderia ser confundida com uma bruxa de uma filme de Tim Burton.

Irmã Aloysius Beauvier (Dúvida)

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Nenhum disfarçe é melhor para uma vilã maligna do que o manto sagrado de freira. E, se nesse caso não ficamos sabendo ao certo se a irmã Aloysius é mesmo a vilã da história ou não, a personagem não dispensa “escrever por linhas tortas” e, de vez em quando, se desviar dos mandamentos sacrossantos para manipular opiniões alheias ao seu favor.

Margaret Tatcher (A Dama de Ferro)

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Ok, bruxa ela não é. No entanto, a mera menção do seu nome em algum dos quatro cantos da Inglaterra já gera uma discussão e tanto. E, de fato, ela está bem longe de ter sido uma líder estado unânime, mesmo com todo o seu apelo de primeira mulher a alcançar o posto. No entanto, é exatamente por isso que ela está mais perto do modelo de papel que Streep procura. Longe de ser perfeita, controversa, extremamente relevante e humana.

Talvez um pouco como a própria Streep? Pelo menos, quando se trata dela mesma, podemos respirar aliviados e deixar a palavra “bruxa” de lado. S2