Ricardo F. Santos | 14 de janeiro de 2015

Uma Noite no Museu 3: O Segredo da Tumba

[img src=”http://saladadecinema.com.br/wp-content/uploads/2015/01/museu.jpg”] Eu gosto bastante dos primeiros exemplares da agora trilogia Uma Noite no Museu. São duas aventuras assumidamente familiares e até infantis, mas que trazem divertidas citações históricas e uma sensação nostálgica que me faz pensar no hit da Sessão da Tarde Jumanji. Com um terceiro filme que eu não fazia ideia de que […]

[img src=”http://saladadecinema.com.br/wp-content/uploads/2015/01/museu.jpg”]

Eu gosto bastante dos primeiros exemplares da agora trilogia Uma Noite no Museu. São duas aventuras assumidamente familiares e até infantis, mas que trazem divertidas citações históricas e uma sensação nostálgica que me faz pensar no hit da Sessão da Tarde Jumanji. Com um terceiro filme que eu não fazia ideia de que ia ser lançado, Shawn Levy e sua turma ficam aquém das expectativas com O Segredo da Tumba.

A trama começa quando a Tábua de Ahkmenrah, artefato egípcio responsável por dar vida às obras do museu, começa a falhar, afetando a existência de todas as figuras icônicas que agora são a atração principal do estabelecimento. O vigia noturno Larry Daley (Ben Stiller) precisa então viajar até Londres, onde o Museu Britânico teria a chave para consertar a situação.

É espantoso que O Segredo da Tumba seja inferior aos anteriores, já que é basicamente o mesmo filme; a mesma fórmula. Até me divirto ao imaginar o tratamento Anjos da Lei aqui na franquia, criando infinitas continuações (“Uma Noite no Museu 8: Deu a Louca no MASP”, “Uma Noite no Museu 12: I Love Louvre” ou “Uma Noite no Museu 27: O Enigma de Madame Tussauds”), já que a estrutura permaneceria a mesma, independente do cenário. Aqui, a dupla de roteiristas David Guion e Michael Handelman apela se vez ao infantilóide, piadas com barulho de boca, caretas e britânicos. Nada muito empolgante. Sem falar que assustadoramente incita a zoofilia.

Aqui, as novas figuras históricas não são tão carismáticas (além de serem poucas adições), limitando-se a um inspirado Dan Stevens como Lancelot, que aceita completamente a palhaçada em que está metido. A sempre irritante Rebel Wilson permanece portadora do estereótipo da “mulher gorda” e Ben Kinglsey tem uma participação esquecível. O grande destaque de elenco inédito fica com duas cameos divertidas, que envolvem uma inesperada piada com X-Men.

Não que o filme não tenha seus momentos, sejam eles quando Ben Stiller se transforma num implacável herói de ação para enfrentar um dragão de múltiplas cabeças com Lancelot, uma pequena visita a Pompéia ou uma luta dentro do quadro paradoxal de M. C. Escher (que também inspirou o design onírico de A Origem). Ver também Robin Williams em um papel que explora suas habilidades como comediante, é sempre agradável, e triste por sabermos que é uma de suas performances finais.

Uma Noite no Museu 3: O Segredo da Tumba não é a conclusão que a série merecia, fadada à piadas infantis e poucas novidades realmente empolgantes. Tem seus méritos, mas é uma infeliz decepção.

Obs: A dedicatória a Robin Williams talvez seja o momento mais emocionante de toda a projeção.